LIII. PAI DO ANO

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𝐅𝐄𝐑𝐍𝐀𝐍𝐃𝐀 𝐃𝐈𝐋𝐔𝐀

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.𝐅𝐄𝐑𝐍𝐀𝐍𝐃𝐀 𝐃𝐈𝐋𝐔𝐀.

21 DE DEZEMBRO

SOLSTICIO DE INVERNO


Nem todas as histórias têm finais felizes. A maior parte das histórias nem ao menos não tem um final. As vidas continuam e seguem mesmo após o ponto final. Apenas se tornam a parte da história não contada. Mas sinto que essa história não teve um começo. O começo certo, entao vamos tentar de novo.

Olha, eu não queria ser uma meio-sangue.

Se você está lendo isto porque acha que pode ser um, meu conselho é o seguinte: feche este aplicativo,agora mesmo. Acredite em qualquer mentira que sua mãe ou seu pai lhe contou sobre seu nascimento, e tente levar uma vida normal.

Ser um meio-sangue é perigoso. É assustador. Na maioria das vezes, acaba com a gente de um jeito penoso e detestável.

Se você é uma criança normal, que está lendo isto porque acha que é ficção, ótimo. Continue lendo. Eu o invejo por ser capaz de acreditar que nada disso aconteceu.

Mas, se você se reconhecer nestas páginas - se sentir alguma coisa emocionante lá dentro -, pare de ler imediatamente. Você pode ser um de nós. E, uma vez que fica sabendo disso, é apenas uma questão de tempo antes que eles também sintam isso, e venham atrás de você.
Não diga que eu não avisei.

Meu nome é Fernanda Dilua.
Tenho dezesseis anos de idade, faltavam apenas alguns dias para fazer dezessete. Até alguns dias atrás estava correndo por Nova York, e outros lugares, tentando ocupar a cabeça para não pensar nas perdas que ser semideusa me trouxe.

Quando digo que a vida de semideus pode acabar com você, a morte é uma hipótese provável, mas tem coisas pior que a morte também.
Os dois aconteceram comigo.

Esse mundo me destruiu e tirou tudo que eu tinha.
Então eu encontrei alguém que achava que nenhum problema era tão grande que não poderia ser consertado, ele adorava resolver problemas, e eu acho que eu fui o maior problema dele. Mas ele conseguiu, tentou tanto, que conseguiu me consertar com piadas idiotas, e as bobeiras mais ridículas que se pode pensar.
Leo valdez me fez querer viver.

O ar era frio, não congelante, mas não completamente agradável. A brisa agitava a grama e as poucas flores do jardim de Perséfone. Reconheceria cada canto do mundo inferior apenas pelo puxão no estômago que sentia pelo lugar. Os campos do elísio, não me passavam sensação diferente.

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐬- 𝐋𝐞𝐨 𝐕𝐚𝐥𝐝𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora