XXI SEGUIR E VER O QUE ACONTECE

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𝐉𝐀𝐒𝐎𝐍 𝐆𝐑𝐀𝐂𝐄

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.𝐉𝐀𝐒𝐎𝐍 𝐆𝐑𝐀𝐂𝐄.

𝟑 𝐃𝐈𝐀𝐒 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐒𝐓𝐈𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐈𝐍𝐕𝐄𝐑𝐍𝐎

Jason acordou gritando:
-Ciclopes!

- Calma ia dorminhoco - disse Piper, sentada logo atrás dele no dragão de bronze, segurando-o pela cintura para que não caísse.

Leo estava na frente, guiando Festus com atenção redobrada. Nos voavam tranquilamente pelo céu de inverno, como se nada tivesse acontecido,mas todos nós sabíamos que muita coisa está acontecendo.

- D-Detroit - murmurou Jason. - Nós caímos, certo? Eu pensei...

- Está tudo bem - disse Leo. - Nós conseguimos fugir, mas você bateu seriamente com a cabeça. Como está?

- Como vocês... Os ciclopes...

- Leo acabou com eles - disse Piper orgulhosa. - Foi incrível. Ele consegue produzir fogo...

- Não foi nada - disse Leo rapidamente. Fernanda riu.

- Cale a boca, Valdez. Aceite um elogio, pelo menos dessa vez -ela disse e Piper concordou.

-Vou contar tudo a ele. Deixe disso-completou Piper. E assim ela fez.

Contou que Leo, sozinho, venceu a família de ciclopes, que eles soltaram Jason e, depois, notaram que os monstros estavam se recompondo, que Leo consertou os estragos no dragão e colocou-o de volta no ar no exato momento em que eles escutaram os ciclopes dentro do armazém, esbravejando por vingança.

Jason ficou impressionado. Mas quando Piper contou sobre o outro garoto que os ciclopes disseram ter comido, o que usava camiseta roxa e falava latim, Jason quase caiu do dragão.

- Não estou sozinho, então - ele disse. - Existem outros como eu.

- Jason - disse Piper. - Você nunca esteve sozinho. Estamos com você.

- Eu... eu sei... Mas Hera disse algo. Foi em um sonho...

Jason contou aos amigos o que viu, e o que a deusa lhe dissera dentro da cela.

- Uma barganha? - perguntou Piper. - O que isso significa?

Jason balançou a cabeça.

- Hera está jogando comigo. Sou eu a barganha. Ao me enviar ao acampamento Meio-Sangue, imagino que ela tenha quebrado alguma regra, algo que poderia dar muito errado...

- Ou nos salvar - disse Piper, esperançosa. - Essa história sobre o inimigo adormecido... Parece ter ligação com a senhora que apareceu para Leo.

Leo pigarreou, não parecia querer contribuir para essa conversa.

- E quanto a isso... Ela apareceu mais uma vez em Detroit, numa poça com sujeira de banheiros químicos.

- Você disse banheiros químicos?

Fernanda poupou Leo o trabalho, contando a Jason e Piper sobre o grande rosto que surgiu no canteiro da fábrica.

- Não sei se ela é completamente indestrutível, mas não vamos conseguir vencê-la com assentos de vasos sanitários. Isso, eu garanto. Ela queria que eu traísse vocês, e eu pensei: "Certo, não vou dar ouvidos a um rosto falante numa poça de sujeira de privada." -falou ele tentando fazer a voz soar com divertimento, mas tinha um pouco de armadura na voz.

- Ela está tentando nos dividir - disse Piper, tirando seus braços da cintura de Jason, que mesmo sem olhá-la notou seu nervosismo.

- O que foi? -Jason perguntou

- Eu só... Por que eles estão nos usando? Quem é essa mulher e de que forma está conectada a Encélado?

- Encélado? - Jason achava que nunca ouvira aquele nome.

- É... - A voz de Piper falhou. - Um dos gigantes. Um dos nomes de que me lembro.

Jason notou que ela sabia mais, mas não quis pressioná-la. Piper tivera uma manhã difícil. E imaginava que estava cansada depois do "treino homicida" com Fernanda.

Leo coçou a cabeça.

- Bem, eu não sei nada sobre enchilada...

- Encélado - corrigiu Piper.

- Não importa. Mas a boa e velha Cara de Sanitário mencionou outro nome. Porfélio, algo assim...

- Porfírio- corrigiu Fernanda. - Era o rei gigante.

Jason lembrou da espiral de terra no espelho-d'água vazio, que aumentava ao mesmo tempo em que Hera enfraquecia.

- Vou dizer uma coisa um pouco louca. Nas velhas histórias, Porfírio sequestrou Hera. Foi o estopim da guerra entre os gigantes e os deuses.

Fernanda também parecia esconder algo, saber mais do que falava, por que sinceramente a garota não falava nada para eles, nenhuma informação.

- Acho que sim - disse Piper. - Mas esses mitos são confusos, incoerentes. Às vezes, parece que não queriam que essa história fosse lembrada. Recordo apenas que houve uma guerra, e que era quase impossível matar os gigantes.

- Heróis e deuses tiveram que agir juntos - disse Jason. - Foi o que Hera me contou.

- Isso vai ser difícil - murmurou Leo -, já que os deuses não querem falar conosco.

Eles voavam para oeste, e Jason continuava perdido em seus pensamentos - todos ruins. Não saberia dizer quanto tempo passou até que o dragão mergulhasse em um clarão entre as nuvens e, logo abaixo, brilhando sob o sol, eles avistassem uma cidade à beira de um lago enorme. Uma fileira de arranha-céus margeava a água. Atrás deles, esparramada no horizonte, uma vasta mancha cinzenta e coberta de neve, com bairros e estradas.

- Chicago - disse Jason.

Pensou no que Hera lhe dissera no sonho. Sua inimiga mortal o esperava ali.

Caso fosse morrer, seria pelas mãos dela.

- Menos um problema: chegamos vivos - disse Leo. - Mas, agora, como encontrar os espíritos da tempestade?

Jason notou um movimento rápido logo abaixo deles. Primeiro, imaginou ser um jatinho, mas era pequeno demais, muito escuro e muito ágil. A coisa dava voltas nos arranha-céus, oscilando e mudando de forma. Por um momento, ganhou os contornos de um cavalo enfumaçado.

- Que tal seguirmos aquele lá - sugeriu Jason - e vermos para onde vai?

-Planinho de merda hein- Fernanda resmungou mas todos estavam pensando o mesmo- é o melhor que temos então vamos seguir os espíritos inrritados da tempestade e ver no que dá.

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐬- 𝐋𝐞𝐨 𝐕𝐚𝐥𝐝𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora