ESTRELAS NATALINAS

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.⋆UMA NARRADORA CONFIÁVEL⋆.

Talvez você já tenha olhado para o céu e buscado nos astros uma resposta para o universo. Talvez você já tenha se sentido tão sozinha que pediu a lua por companhia. Ou até mesmo pedido aos céus por um amor verdadeiro, saído das páginas amareladas de algum livro, e pode ser que você ainda espere por esse grande amor. Mas quando se sentir sozinha, se lembre de que as estrelas guardam algo para todos nós. Ninguém merece viver sozinho.

E as estrelas amam ver desejos de realizarem.


25 DE DEZEMBRO

ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE
PELA VISÃO DAS ESTRELAS

Naquela noite Leo Valdez não dormiu. Uma palavra o atordoou "amigos" isso o deixava de estômago embrulhado. Ficava amargurado em lembrar que ele não disseram nada. Que não discordou e disse que não desejava ser amigo de Fernanda, que queria ser a pessoa que a beijava, que a fazia rir, que a assistia cozinhar. Que desejava a agarrar e não a soltar nunca mais.

Mas Leo não fizeram isso, ele foi quem interrompeu o beijo em ver um único sinal de hesitação em Fernanda. Sabia que não deveria ter a beijado, não queria que quando acontecesse algo entre os dois ela tivesse qualquer dúvida.

Leo não via para onde estava indo, não entrou no chalé 9, achava que iria para o bunker, construir algo o ajudaria a pensar, mas quando seus passos ecoaram na madeira, percebeu que havia voltado a grande casa, voltado para a cozinha que ainda emanava o cheiro dos biscoitos recém-assados.

Sentiu um arrepio se alastrar por seu corpo ao lembrar do gosto dos lábios da garota que a pouco esteve em seus braços.

Leo se dirigiu a bancada, sentido o formigamento da lembrança tomando seu corpo. A forma de biscoitos meio-queimados observaram Leo, poderia ser paranóia mas o garoto jurou ter visto julgamento nos olhos dos bonecos de neve.

Leo revirou os olhos e exalou passando os dedos pelos cabelos na tentativa mais idiota e frustrada de afastar dos pensamentos Fernanda Dilua. A garota seria a ruína de Leo, e isso deveria o assustar. Mas ele não conseguia pensar em nada além de sua risada, pura e contagiante, ao sorriso sarcástico e o humor ácido. Não conseguia fechar os olhos e não ver seu rosto tão perto do dele, e como ela ficava fodidamente linda com os lábios inchados pelo beijo, o cabelo bagunçado, os olhos brilhando para ele enquanto soltava um suspiro tão próximo dos lábios de Leo que ele sentiu o suspiro entrando doce pela sua boca, descendo pela garganta e explodindo dentro dele como uma galáxia inteira eclodindo.

Leo pegou um dos biscoitos ainda mornos e levou aos lábios só para pegar um guardanapo e cuspir o doce que impregnou em seu paladar. Fernanda havia avisado que era um desastre na cozinha, Leo não acreditou, mas agora não tinha mais dúvida. E nem isso foi visto como defeito aos olhos de Leo que soltou um riso com a lembrança da garota assumindo ser uma péssima cozinheira.

As lembranças vieram acompanhadas de todas as vezes durante a missão que ele cozinhou para ela, viajou para ver como ela cozinhava e ele se perdia em cada um dos seus movimentos.

O som dos sinos ao longe fez Leo ter um súbito sentimento de esperança subindo por seu peito. Ele não desistiria tão fácil.

Aquela noite, pelo que os irmãos Stoll haviam contado para Leo, teria a festa na clareira. A festa de natal sem supervisão. e Leo sabia que Fernanda iria, nem que fosse arrastada por Monique, Fernanda estaria naquela festa e Leo iria arrumar as coisas. Ele iria concertar tudo.

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐬- 𝐋𝐞𝐨 𝐕𝐚𝐥𝐝𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora