XLIX A GUERRA QUE BATE NA PORTA

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𝐅𝐄𝐑𝐍𝐀𝐍𝐃𝐀 𝐃𝐈𝐋𝐔𝐀

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.𝐅𝐄𝐑𝐍𝐀𝐍𝐃𝐀 𝐃𝐈𝐋𝐔𝐀.

𝐒𝐎𝐋𝐒𝐓𝐈𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐈𝐍𝐕𝐄𝐑𝐍𝐎

A CASA DOS LOBOS

Quando você pensa que o mundo já está desabando, lembre: pode piorar, porque sempre pode piorar.

Em um primeiro momento imaginei que eram pedras batendo no parabrisa. Mas logo percebi que era granizo. Uma camada de gelo tomou conta dos cantos do vidro, e o gelo borrava nossa visão.

— Uma tempestade de gelo? — perguntou Piper assim que acordou tentando falar mais alto para vencer o barulho. — É normal fazer tanto frio assim em Sonoma?

—Pergunta prós metrologistas não pra mim— respondi me armando de sarcasmo.

Não sabia como responder sem sarcasmo, algo naquela tempestade parecia maligno — como se nos atingisse de forma intencional.
Jason acordou, levantando-se rapidamente. E agarrou o meu assento se colocando ao lado de Piper para escutar o que falávamos

— Devemos estar bem perto.

Leo estava muito ocupado tentando manter o helicóptero estável. Já não era tão fácil pilotá-lo. Os movimentos eram lentos e aos trancos. A máquina sofria com o vento gelado. Provavelmente o helicóptero não fora projetado para voar em ambiente tão frio. Os controles não respondiam, e eles começaram a perder altitude.
Logo abaixo, o chão era uma mistura escura de árvores e neblina. O topo da colina surgiu à frente deles e Leo forçou o manche, roçando nas copas das árvores.

— Olhem! — gritou Jason.

Um pequeno vale se abria à frente, com a forma vaga de um edifício no centro. Leo dirigiu o helicóptero para aquele ponto. Tudo em volta eram lampejos que me fizeram me lembrar de quando se aproximavam da casa de Midas. Árvores se partiam e explodiam em volta da clareira. Formas se alteravam pela névoa. Parecia haver luta por todos os lados.
Pousou o helicóptero num campo de gelo a cerca de 45 metros da casa e desligou o motor. Estava a ponto de conseguir relaxar quando ouvimos um som e vi uma figura escura movendo-se na nossa direção, no meio da névoa.

— Corra! — gritou Leo.

Abandonamos o helicóptero e logo ouviram um alto estrondo contra o chão, que quase me fez perder o equilíbrio e cair, mas me manti de pé e agarrei o braço de Leo quase caiu com o estrondo e nos distanciamos do helicóptero a passos desengonçados e respingado de gelo e neve.
Viramos para atrás e vimos a bola de neve — um pedaço de neve, gelo e poeira do tamanho de uma garagem — que cobrira inteiramente o Bell 412.

— Vocês estão bem? — perguntou Jason, aproximando-se de nós, com Piper ao seu lado. Os dois pareciam bem, mas estavam cobertos de neve e lama.

— Sim — disse Leo. — Mas acho que devemos um helicóptero novo àquela senhora.

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐬- 𝐋𝐞𝐨 𝐕𝐚𝐥𝐝𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora