IX A BORDO DO DRAGÃO FELIZ

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LEO VALDEZ

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LEO VALDEZ

17 DE JUNHO

BUNKER 9

Passar a noite acordado era normal, passar a noite acordado antes de uma missão suicida colocando essas em um dragão de bronze cuspidor de fogo era novidade.

Leo não sentiu sono, ou cansaço estava empolgado demais com o trabalho para pensar em qualquer outra coisa além de soldar, ou remoldar o bronze. Ele e Fernanda trabalham em sintonia no silêncio, apenas os barulhos de Fetus, das forjas e dos pistões estralando.

Ao contrário de Leo, a garota parecia esgotada, completamente exausta.

—Deveria dormir um pouco —Leo disse quebrando o silêncio, Fernanda parecia ter sido puxada de um transe ao qual soldava e batia o metal moldando de forma completamente automática.

—Para de falar para mim dormir, garoto — diz e Leo percebe que ja é a terceira vez que fala para Fernanda descansar.

—Talvez seja porque tem que dormir, garota— o olhar que Leo recebe o faz pensar que esta brincando de roleta russa com a morte. 

—Estou bem, temos que terminar isso logo— fala rápido e simples sua voz se perdendo em um bocejo curto o que a faz não deixa parecer intimidadora, mais sim adorável, como um gatinho fofo.

—Posso terminar sozinho— Leo diz se apoiando na mesa olhando fundo nos olhos escuros da garota.

—Esta tentando me dispensar, Valdez?—pergunta sarcástica.

—Eu? Com certeza, sua beleza me distrai— responde em escárnio com um fio de verdade, a garota era realmente muito bonita— mas tenho certeza que não faz parte das sua beleza essas olheiras— fala franzindo o rosto e a garota solta um sorriso derrotado revirando os olhos antes de passar a mão no rosto espalhando uma mancha de graxa que tingia sua bochecha pálida de preto.

—Faz parte do charme natural—murmurou.

O cabelo dela foi preso em um coque preso para não atrapalhar no seu trabalho, e ela pareceu pegar a primeira coisa que estava em seu alcance para prender o emaranhado de fios escuros como a noite por isso seu cabelo estava preso com uma chave de fenda, seu rosto tinha manchas de graxa, sua camiseta do acampamento está completamente suja, a única coisa que ainda reluz é a corrente de espada transformada, e as pulseiras. Ela tinha realmente uma beleza muito natural mesmo com tudo, só parecia mais bonita agora.

No final ela disse que iria quando terminasse a imenda que estava fazendo. Enquanto esperava o tempo da prensa acabou dormindo com a cabeça deitada na mesa brincando de ropiar alguns parafusos e pregos na mesa. Leo solto uma risada vendo a cena. Colocou sua jaqueta no ombros da garota como um cobertor.

Não dava para saber quanto tempo tinha passado, mas os dois trabalhando juntos tinham feito um trabalho muito bom e de forma rápida e eficaz, faltava pouco quando a garota dormiu.

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐬- 𝐋𝐞𝐨 𝐕𝐚𝐥𝐝𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora