XXXVII CONFIANÇA

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𝐉𝐀𝐒𝐎𝐍 𝐆𝐑𝐀𝐂𝐄

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𝐉𝐀𝐒𝐎𝐍 𝐆𝐑𝐀𝐂𝐄.

𝐒𝐎𝐋𝐒𝐓𝐈𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐈𝐍𝐕𝐄𝐑𝐍𝐎

MONTANHA DO DEUS DOS VENTOS.

Encontrei minha irmã e a perdi em menos de uma hora. Enquanto subíamos os penhascos da ilha flutuante, continuava olhando para trás, mas Thalia se fora.

Apesar de ela ter falado sobre me encontra outra vez, fiquei imaginando... Ela encontrara uma nova família nas Caçadoras, uma nova mãe em Ártemis. Parecia confiante e confortável em sua nova vida, e não sabia se poderia fazer parte daquilo.

Ela parecia muito determinada a encontrar seu amigo Percy. Será que algum dia procurara assim por mim?
Não é justo, era o que eu dizia a mim mesmo. Ela pensava que eu estivesse morto.

Mal podia tolerar o que descobri sobre minha mãe. Era como se Thalia tivesse me dado um bebê — um bebê realmente feio e chorão — e dito: Toma, é seu. Leve-o. não queria carregar isso. Não queria saber que tive uma mãe instável, alguém que se livrara dele para apaziguar a fúria de uma deusa. Não era de se estranhar que Thalia tivesse fugido daquela maneira.

Depois lembrei do chalé de Zeus, no Acampamento Meio-Sangue, e da pequena alcova que Thalia usara como beliche, fora da vista da estátua brilhante do deus do céu. meu pai não deveria ser grande coisa também.

Eu entendia por que Thalia renunciara a mais essa parte de sua vida, mas ainda assim estava ressentido. Não pude fazer o mesmo. Fui deixado sozinho para carregar o fardo, literalmente.

A mochila dourada com os ventos estava nas minhas costas. Quanto mais perto chegavam do palácio de Éolo, mais pesada ela ficava. Os ventos ficavam mais raivosos, agitados.
O único que parecia manter o passo era o treinador Hedge. Não parava de subir e descer a escada escorregadia.

— Vamos, cupcakes! Só mais uns cem degraus!

Enquanto subíamos, me deixaram em silêncio. Talvez notassem meu mau humor. Piper não parava de olhar para trás, preocupada, como se fosse eu quem quase morrera de hipotermia, e não ela. Ou talvez estivesse pensando na ideia de Thalia. Mas quem parecia mais incomodada era Fernanda, e uma ideia enchia minha cabeça, como um balde que você coloca em baixo de uma goteira, gota a gota o balde enche, gota a gota e em algum momento ir estar trasbordando enquanto você evita o problema usando baldes ao invés de arrumar o teto. 

—Porque você não parece surpresa? —minha voz saiu baixa e sombria, mas os três pararam, Fernanda não se virou—Porque. Você. Não. Parece. Surpresa. Fernanda? —falo, palavra por palavra, quando ela se virou parcialmente olhando por cima do ombro mordendo o interior da bochecha, se já não tinha minha resposta soube naquele momento.

—Você já sabia — falou Leo em tom tão baixo que o vento poderia ter levado sua voz embora, mas não o fez, tudo parecia ter sido congelado. Leo parecia já ter pensado nisso e preferiu guardar para ele, preferiu não provocar o vespeiro mexendo com Fernanda—Você estava escondendo coisas de nós. Estávamos nessa juntos. E você não sabe confiar em nós— Leo acusa rapido.

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐬- 𝐋𝐞𝐨 𝐕𝐚𝐥𝐝𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora