XXVIII DESSA VEZ EM UMA VISÃO...NOVA

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XXVIII DONS E FARDOS
PARTE DOIS

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(Recomendo reler o capítulo anterior antes da leitura deste capítulo, pelas mudanças feitas recentemente)

(Recomendo reler o capítulo anterior antes da leitura deste capítulo, pelas mudanças feitas recentemente)

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.𝐋𝐄𝐎 𝐕𝐀𝐋𝐃𝐄𝐙.

1 𝐃𝐈𝐀𝐒 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐒𝐎𝐋𝐒𝐓𝐈𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐈𝐍𝐕𝐄𝐑𝐍𝐎


NO MELHOR LUGAR


  Tudo desabava ao meu redor, algo havia acontecido no andar de cima uma mistura colorida começava a queimar o andar onde as garotas estavam. E então Fernanda e Medeia caíram. Não ouvi o que medeia dizia tentava atravessar os detritos para chegar ate elas. Chegar ate ela. Quando Fernanda tirou as luvas foram como se sombras mais densas do que as outras que ela invocava cobrissem o ar, como tinta caindo na agua. Quando ela usava seus poderes já havia notado que ela usava as sombras do ambiente. agora era diferente... pareciam vir de dentro dela.  

 Tento avançar e descubro que as sombras era quase como laminas afiadas que me fazem arfar e recuar quando uma passa rente a minha bochecha, sinto latejar, a dor como um chiado distante enquanto o vermelho nos meus dedos destoa da escuridão absoluta e brutal que a garota emanava. um chiado distante enquanto meus olhos se focavam em Fernanda. 

 O olhar da garota era frio, inexpressivo, mas o que me perturbou foi a sensação de satisfação que aquilo me deu. aquela mulher tinha sido a causa da mulher de terra ter matado minha mãe, ela merecia morrer... ela merecia sofrer. Quando Medeia virou pó Fernanda continuou com o olhar no ponto onde ela sumiu.

 Acendo uma chama nas mãos para afastar a escuridão apenas o suficiente para pegar as luvas do chão.  Quando o olhar de Fernanda caiu sobre mim, eram apenas... escuridão, completamente pretos como se houvessem injetado sombras neles. Suas veias tao escuras quanto, completamente destoante da pele pálida, completamente complementar com os cabelos pretos que serpenteavam no ar flutuando ao seu redor como se tivessem vida própria. poderia ser assombroso. Ela emanava poder, emanava a morte e a escuridão. poderia ser ela, na mesma medida que não era. 

Mas essa imagem durou apenas alguns segundos as sombras foram reduzida se dispersando no ar, seus cabelos caíram sobre os ombros mais escuros do que eu me lembrava, suas veias foram clareando assim como os olhos. 

 Mas com a falta das sombras minha visão teve passagem para seus braços, os dois vergões vermelhos deixados por mim, as duas queimaduras que agora queimavam em mim com remorso e culpa. 

-Eu te machuquei... Eu achei que era um sonho ruim...mas você ta...eu não...- resfoleguei, minha garganta travando, meu estomago embrulhado, o desespero me corroendo.

-Leo, minhas luvas. Coloca no chão para que eu possa pegar.- sua voz carrega uma urgência que não entendo, não em um primeiro momento. pensava que as luvas eram assim como ela não gostar de contato com pessoas, que tivesse nojo de sujeira, de germes e essas coisas, deveria ter um nome para isso, mas minha mente não consegue chegar a um resultado nessa busca. Minha cabeça roda e sinto vontade de chorar feito uma criança quando percebo que seu olhar esta baixo de repulsa, ela nem ao menos consegue me olhar. agora ela me acha um monstros, agora eu a machuquei como machuquei minha mãe, e só não consigo entender como posso ser um imbecil tão grande para só conseguir trazer desgraça para a vida das melhores mulheres que ja andaram pela terra, que o único erros delas foram entrar no meu caminho, foi me conhecer, eu carrego a desgraça comigo.

-Me desculpa. Você não quer nem olhar para mim. - minha voz transmite o meu desespero. sei que devo me manter distante, não posso a machucar de novo, mas tenho que saber que ela esta bem, que não é areia nas minhas mãos escorrendo sem parar, se esvaindo e sumindo. Preciso ter a segurança de saber que ela esta bem. 

-Minhas luvas...eu tô bem. Ótima. Ambrosia e néctar. Agora se afasta e me da minhas luvas.- sua voz é rápida e atrapalhada, urgente. A urgência de se ver distante de mim.

Não consigo me afastar, então como arei escorrendo pela minha mão, seguro sua mão para devolver a luva, e mais rápido que a luz ela se afasta. Seus olhos agora estão claros novamente, a nuvem escura a deixou e seus olhos dançam em um tom de cinza escuro quando são arregalados e o folego lhe escapa por completo. Fico completamente confuso ate começar a colocar minha cabeça para funcionar. Olho para as luvas na minha mão, o interior, no punho tem inscrições brilhantes em grego como as do disco de festus. sinto os mecanismo minúsculos se movendo de forma engenhosa em minhas mãos. 

-Não- A voz dela é apenas um suspiro, como vidro se fragmentando ela parecia estar em choque, agora o choque passou e seus olhos começam a marejar. Aquilo me quebra mais que qualquer outra coisa. 

-Por favor não chore-  súplico. Eu faria o que ela quisesse, se ela mandasse, ou apenas pedisse, eu faria o que for por ela. o que fosse  para não a ver chorar.

-Isso ...não é possível - Sua voz é fraca, e ela parece tão... assustada.

 Me aproximo e ela se afasta mais uma vez, dessa vez parece desesperada, não por ela, por mim

- não quero te machucar mais - sua voz é suspiro. As lagrimas ainda escorriam.

-E não vai - me aproximo mais uma vez dando o tempo para ela se afasta, mas agradeço a tudo por ela não fazer isso, pego suas mãos que tremiam embaixo das minhas e coloco as luvas nela, uma mão depois a outra com calma e cuidado como se cuidasse de uma boneca de vidro- desculpa- digo lutando contra o nó na minha garganta. 

-Tudo bem- ela diz apenas, com significados tão variados para apenas duas palavras.

-Sinto muito...de verdade...eu não queria... -  minha voz embarga e minha visão começa a ficar turva, não queria chorar na frente dela. mas eu tinha certeza que naquele momento ela era a única pesos no mundo que me entenderia. a única pessoa no mundo que eu queria, que eu precisava, que entendesse. e sabia que ela entendia. e era tudo que eu precisava.

Ela me puxou para um abraço que me surpreendeu, talvez esperasse que ela fosse me dar um tapa e me mandar engolir o choro porque nos tínhamos gigantes para derrotar, mas ela apenas me abraçou. E eu não poderia querer estar em outro lugar. nada seria melhor que aquilo. ninguém era melhor que ela.

-Estamos bem -ela sussurra no meu ouvido- estamos bem.

 E era loucura, porque eu realmente acreditava que estávamos bem. Podíamos passar pelo que fosse, se estivéssemos juntos.

-Estamos juntos- afirmo, e confio em cada palavras.

 O mundo poderia estar colapsando mas eu tinha a garota mais incrível ao meu lado, e não me importava se ela sentia o mesmo, mesmo que soubesse que nunca iria ter ela comigo  da forma que eu queria, o que importava era que eu ainda podia estar ao seu lado, e nunca abriria mão disso.

 Porque no final não importa o lugar, e sim com quem esta, e eu queria estar com ela mesmo que fosse no fim do mundo.

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 Oi pessoal.

 Não sei vocês, mas eu achei esse capitulo a coisa mais pitica. espero que tenham gostado, e gostem da forma que a história tá seguindo com as alterações que eu estou fazendo.

 Comentem e votem bastante para que eu saiba que vocês estão gostado, isso tudo ajuda muitooo. Obrigada por ter lido, e beijinhos meus anjos.

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐬- 𝐋𝐞𝐨 𝐕𝐚𝐥𝐝𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora