XXII FONTE DOS HORRORES

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𝐅𝐄𝐑𝐍𝐀𝐍𝐃𝐀 𝐃𝐈𝐋𝐔𝐀

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.𝐅𝐄𝐑𝐍𝐀𝐍𝐃𝐀 𝐃𝐈𝐋𝐔𝐀. 

𝟑 𝐃𝐈𝐀𝐒 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐒𝐓𝐈𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐈𝐍𝐕𝐄𝐑𝐍𝐎

O ventus se movia como... bem, como o vento, e Leo "dirigia" Festus como uma velinha no trânsito.

— Valdez, acelera esse dragão! — disse quasse começando a pilotar eu mesma.

—Se eu me aproximar mais ele nos verá. O dragão de bronze não é exatamente um avião stealth.

— Mais devagar! — gritou Piper.
O espírito da tempestade mergulhou no emaranhado de ruas do centro da cidade. Festus tentou segui-lo, mas tinha uma envergadura muito grande. Antes que Leo pudesse desviá-lo, sua asa esquerda bateu na quina de um edifício e fez cair uma gárgula de pedra.

— Voe acima dos prédios — sugeriu Jason. — Vamos segui-lo do alto.

— Você quer dirigir essa coisa? — perguntou Leo com deboche e irritação.

—Quero! — gritei de volta, mas Leo já fazia o que Jason sugeriu.

Passados alguns minutos, vimos o espírito novamente, zunindo pelas ruas, aparentemente sem propósito... Passava bem perto dos pedestres, balançava bandeiras, sacudia os carros.

— Ah, ótimo — disse Piper. — São dois.

E, merda, ela tinha razão. Um segundo ventus surgiu na esquina do Renaissance Hotel e juntou-se ao primeiro. Eles se misturaram numa dança caótica, subiram ao topo de um arranha-céu, envergaram uma torre de rádio e mergulharam de volta à rua.

— Esses caras não precisam de mais cafeína — disse Leo.

— Acho que Chicago deve ser um bom lugar para passarem o tempo — disse Piper. — Ninguém ia perceber mais uma ou duas ventanias do mal.

— Na verdade, mais que duas — disse —, olhe!

O dragão sobrevoou uma avenida larga próxima ao parque que ficava às margens do lago. Os espíritos da tempestade estavam se reunindo... Pelo menos uma dúzia deles, rodopiando em meio a uma grande instalação de arte.

— Qual deles será Dylan? — perguntou Leo. — Quero atirar alguma coisa nele.

Eu, porém, tinha os olhos focados na obra de arte. Quanto mais perto chegavam, mais familiar ficava. Dois monólitos com a altura de cinco andares se erguiam em um longo espelhod'água de granito. Os monólitos pareciam construídos com telas de tevê, que geravam imagens sincronizadas do rosto de um gigante que cuspia água.
Talvez fosse mera coincidência, mas parecia uma visão high-tech, em tamanho enorme, do espelho-d'água em ruínas que ele vira em seu sonho, com as duas grandes formas escuras nas extremidades. Enquanto observava, a imagem nas telas mudou para a de uma mulher de olhos fechados. Minha garganta se fechou no mesmo segundo.

— Leo... — Jason disse, nervoso.

— Eu vi — disse Leo. — Não gostei, mas vi.

E as telas ficaram escuras. Os venti formaram um funil e começaram a atravessar a fonte, levantando uma cortina de água quase tão alta quanto os monólitos. Quando chegaram ao centro, uma tampa de ralo foi lançada para o alto e eles desceram, desaparecendo.

— Eles desceram por um ralo? — perguntou Piper. — Como vamos segui-los?

— Talvez não devêssemos — disse Leo. — Essa fonte está me passando vibrações muito ruins. E não deveríamos... bem... ter cuidado com a terra?

—E o que você sugere, Valdez? — pergunto sarcástica.

Sentia o mesmo, mas precisavamos segui-los.Depois da conversa sobre gigantes e do encontro com o rosto na terra, tinha um palpite horrível de com o que estamos lidando, e a cada minuto piorava. Tínhamos que ir rápido. E essa era a única maneira de ir adiante. Tinhamos que encontrar Hera, e faltavam apenas dois dias para o solstício.

— Aterrisse no parque — Jason sugeriu. — Vamos checar isso a pé.

Festus pousou numa área descampada entre o lago e o horizonte. As placas informavam "Grant Park", As patas de metal quente do dragão chiaram ao tocarem o solo cheio de neve. Festus baixou as asas, triste, e lançou fogo para o céu. Não havia pessoas por perto que fossem notar. O vento vindo do lago era desagradavelmente gelado.

Ninguém em seu juízo perfeito estaria na água. Os meus olhos ardiam tanto que mal podia enxergar.
Eles desmontaram e Festus bateu as patas no chão. Um de seus olhos de rubi falhou, como se piscasse para eles.

— Isso é normal? — perguntou Jason.

Leo pegou de seu cinto uma tira de borracha, passou no olho ruim do dragão e a luz voltou ao normal.

— Sim — respondeu Leo. — Mas Festus não pode ficar aqui, no meio do parque. Vão prendê-lo por vadiagem. Se eu tivesse um apito para cachorro...
Buscou em seu cinto, mas não encontrou nada. — Talvez seja específico demais. Certo: um apito de trânsito. Muitas lojas vendem isso.

E Leo encontrou um grande apito de plástico laranja.

— O treinador Hedge ficaria com inveja! Certo, Festus: ouça. — E Leo apitou. O som deve ter cruzado o lago Michigan. — Se escutar isso, venha atrás de mim, certo? Mas, até ouvir, voe para onde quiser. Só tente não fazer churrasco de nenhum pedestre.
O dragão bufou — o que devia significar estar de acordo, caso tivessem sorte. Depois abriu as asas e voltou para o ar.

Olho para o lado e vejo Jason e Piper flertando e solto um riso fraco, era nítido que o truque da névoa só adiantou as coisas na cabeça da Piper.

Mas Leo parecia cabisbaixo, quando percebeu que eu o olhava colocou um sorriso nos lábios, fingido.

—Apreciando minha beleza, princesa?— pergunta Valdez sarcástico.

Reviro os olhos e solto um riso desdenhoso entre dentes.

—Nao me chama de princesa,garoto em chamas— retruco colocando as mãos nos quadros e o inclinando.

—Tudo bem...princesa —solta em provocação puxando a caneta do meu cabelo vendo meu cabelo se soltar do penteado com algumas mechas caindo no meu rosto e eu tonto as afastar soprando mas o vento faz com que o cabelo volte para a frente do meu olho enquanto Leo ri balançando a caneta entre os dedos.

—Devolve —falo tentando segurar os cabelos que voavam com o vento forte , estendendo mão para que Leo devolvesse a caneta.

—Nao, você fica adorável assim —ele rebate levantando o braço com a caneta tirando-á do meu alcance.

—Devolve seu idiota —digo tentando não rir e falhando miseravelmente.

—Idiota ?—ele pergunta tenta parecer ofendido levando a mão livre ao peito, mas quando eu tento pegar a caneta novamente pulando para pegar o fazendo recuar e sem querer quase derrubando nos dois no chão. Minhas bochechas doem pelo frio e o sorriso largo. Ele usa a mão livre para bagunçar ainda mais meu cabelos, e agora eu tenho certeza que devo estar com o cabelo parecendo um ninho de pássaros agora.

Uso a quena sombra tremulante de um banco para fisgar a caneta de forma abrupta que quase deruba Leo, a caneta e deixanda na palma da minha mão de forma suave como uma pena, Leo me olha com indignação enquanto eu dou de ombros sorrindo ao ver sua surpresa.

—Isso não vale —ele protesta me Fazendo rir mas antes que posso retrucar Jason pigarreia chamando nossa atenção.

—Vamos? — chama lançando um último olhar para o grupo como se estivesse pronto para se desculpar por nós trazer até aqui. como se um filhinho de Zeus pudesse me obrigar a fazer alguma coisa, há. Sonha querido.

—Claro, bela adormecida— falo passando por ele e começando a ir em direção a fonte do horrores.

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐬- 𝐋𝐞𝐨 𝐕𝐚𝐥𝐝𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora