XLVI ACOSTUMAR

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𝐏𝐈𝐏𝐄𝐑 𝐌𝐂𝐋𝐄𝐀𝐍

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.𝐏𝐈𝐏𝐄𝐑 𝐌𝐂𝐋𝐄𝐀𝐍.

𝐒𝐎𝐋𝐒𝐓𝐈𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐈𝐍𝐕𝐄𝐑𝐍𝐎

HELICÓPTERO COM DISTINO LONGE DO PARAÍSO

Conseguir o helicóptero foi o fácil, difícil foi colocar seu pai a bordo. Monique precisou apenas gritar algumas palavras no megafone improvisado de Leo para convencer a pilota a aterrissar na montanha. Monique tinha mais confiança em dar as ordens, não parecia se incomodar em manipular a piloto para a fazer achar algo que não pensava realmente não acreditava. Enquanto isso tentava inutilmente tranquilizar meu pai. O helicóptero do parque era bem grande, usado para resgastes médicos e para buscas e salvamentos, mas quando disse à ótima pilota que seria uma grande ideia levá-los ao aeroporto de Oakland, ela concordou imediatamente.

- Não - murmurou seu pai, enquanto o levantavam do chão. - Piper... havia monstros... havia monstros... 

 Precisei da ajuda de Leo e Jason para segurá-lo, enquanto o treinador Hedge levava as coisas deles. Felizmente, Hedge ajeitara suas calças e pusera seus sapatos, e assim não tive que explicar suas pernas de bode. 

  Me sentia pesada, meu coração se apertando mais a cada segundo. Eu estava com o coração partido ao ver meu pai daquela maneira - arrasado, chorando como uma criança.  Não sabia exatamente o que o gigante fizera, como os monstros tinham destruído seu espírito, e achava que não suportaria descobrir. 

- Tudo vai ficar bem, papai -  disse, com o tom de voz mais tranquilizador que pude empregar na voz. Não queria usar o charme com meu próprio pai, mas parecia a única maneira. - Essas pessoas são meus amigos. Vamos ajudá-lo. Você está seguro agora. 

Ele piscou, observando as pás do helicóptero. 

- Lâminas. Eles tinham uma máquina com muitas lâminas. E tinham seis braços... 

Quando se aproximaram, a pilota veio ajudar e perguntou: 

- O que aconteceu com ele? 

- Inalou muita fumaça - disse Jason. - Talvez esteja exausto por causa do calor. 

- Temos que levá-lo a um hospital - disse a pilota preocupada. 

- Não é preciso - respondi. - O aeroporto basta.

- Sim, o aeroporto basta - concordou a pilota, automaticamente, depois franziu a testa, sem saber muito bem por que mudara de ideia. - Ele não é Tristan McLean, o ator de cinema? 

- Não - respondi - São parecidos, nada mais. Esqueça isso.

- Certo - disse a pilota. - São parecidos. Eu... - Ela piscou, confusa - Esqueci o que ia dizer. Vamos.

Jason ergueu as sobrancelhas ao olhar para mim, impressionado, mas me sentia mal. Não queria confundir a cabeça das pessoas, convencê-las de coisas em que não acreditavam. Isso era tão arrogante, tão errado... como Drew fizera no acampamento e Medeia na loja de departamentos. E como isso poderia ajudar meu pai? Não seria capaz de convencê-lo de que ele ficaria bem, de que nada acontecera. Seu trauma fora muito mais profundo, e tudo por minha causa.

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐬- 𝐋𝐞𝐨 𝐕𝐚𝐥𝐝𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora