𝐗𝐕𝐈𝐈𝐈 FAÇAM SUAS APOSTAS

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𝐋𝐄𝐎 𝐕𝐀𝐋𝐃𝐄𝐙

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.𝐋𝐄𝐎 𝐕𝐀𝐋𝐃𝐄𝐙.

𝟑 𝐃𝐈𝐀𝐒 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐒𝐓𝐈𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐈𝐍𝐕𝐄𝐑𝐍𝐎

MONOCLE MOTORS

Parei na porta, e tento controlar a respiração. A voz da mulher de terra ainda ecoava em meus ouvidos, fazendo com que me lembrasse da morte da minha mãe. A última coisa que queria era entrar em outro armazém escuro. De repente, era como se tivesse oito anos mais uma vez, sozinho e impotente, enquanto alguém que amava estava preso, em perigo.

Chega, disse a mim mesmo. É assim que ela quer que você se sinta.

Mas isso não me deixou menos assustado. respiro fundo e entro atrás de Fernanda. Tudo parecia igual. A luz cinzenta da manhã entrava pelo buraco no telhado. Algumas poucas lâmpadas tremeluziam, mas a maior parte do armazém continuava nas sombras. O que Fernanda pareceu achar ótimo quando chegaram e ela usou aquilo para amortecer a nossa queda, mas agora isso estava me deixando arrepiado até a alma.

Podia entrever a passarela logo acima e os contornos das grandes máquinas da linha de produção, mas nenhum movimento. Nenhum sinal dos nossos amigos.

Quase os chamo, quando estava quase gritando seus nomes, mas algo me deteve... Algo que não consegui identificar, uma sensação. Fernanda puxou-me para o lado contra uma coluna. Notei que era um cheiro. Algo cheirava mal... Como óleo de motor queimado e hálito azedo.
Alguma coisa não humana estava ali dentro. tinha certeza disso. Meu corpo entrou em alerta, todos os meus nervos formigavam e senti o fogo em minhas veias pulsando só esperando para ser liberado.

Em algum lugar, vindo do piso da fábrica, ouviumoa a voz de Piper:
- Leo, socorro!

Mas mordi a língua, segurando o impulso de ir atrás dela. Como Piper poderia ter descido com o tornozelo quebrado?

Avançamos com cuidado, e agachamos atrás de um contêiner. A passos lentos, segurando a marreta, nos movemos até o meio do armazém, nos escondendo atrás de caixas e de chassis de caminhões. Finalmente, chegou à linha de montagem.
Abaixo atrás de uma máquina... um guindaste com um braço mecânico. A voz de Piper gritou mais uma vez:
- Leo?

Soava menos segura agora, mas estava bem mais perto.

Dei uma olhada nas máquinas em volta. pendurado acima da linha de montagem, suspenso pela corrente de um guindaste que estava do outro lado, havia um enorme motor de caminhão, balançando a dez metros de altura. Logo abaixo, na esteira, um chassi de caminhão, e encostadas ao redor dele, três sombras escuras do tamanho de empilhadeiras. Perto dali, dependuradas nas correntes de outros braços mecânicos, duas sombras menores. Pareciam mais máquinas, mas uma delas se contorcia como se estivesse viva.
Até que uma sombra se levantou, e consegui ver que era um humanoide tremendamente grande.

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐬- 𝐋𝐞𝐨 𝐕𝐚𝐥𝐝𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora