Depois da História do António Silva e da Beatriz Castro, vem agora a história dos filhos.
Margarida Silva filha do António e da Beatriz
Pedro Neves filho do João Neves e da Liliana
Odeiam-se profundamente, mas será que o odeio é duradouro ou é apen...
- Eu odeio-te! - digo a olhar para ele. - Não quero falar mais contigo! Nunca mais! - Digo e desvio por fim o olhar, ele afirmo e destranca a porta a sair sem olhar para trás.
Ele saí da mini sala, e eu encosto-me a parede gelada. Porra!
Fiquei ali até uma senhora aparecer.
- Está bem, menina Silva? - Eu estava a chorar compulsivamente.
- Peço desculpa, por estar aqui. - digo e saiu dali completamente arrependida. Ok, eu não odiava aquele estúpido.
Eu ainda gostava dele.
Não, eu amava o Pedro! E ele agora, nunca mais vai olhar para mim. Passo pela equipa A, e percebo o olhar preocupado do meu pai, o Otamendi, impede-o de vir atrás de mim, após ver a Gabriela a correr na minha direção, vou até a um canto isolado, e ela chega ao meu encontro cansada.
- Eu amo o Pedro! - digo ofegante de tanto chorar, ela não responde, apenas abraça-me com força.
Ela levou-me a casa, e ainda bem que não o vejo.
Sexta-Feira
Começo por sentar-me na cama, e olhar para o meu quarto, hoje não tínhamos treino e eu estava desanimada, queria jogar, quero jogar tirar está fúria de mim.
Olho para o telemóvel e percebo que também não tínhamos aulas, fogo! Nem isso para me distrair.
Ouço batidas e percebo que era o meu pai, ele viu-me a chorar e tenho a certeza que queria saber o que se tinha passado, mas também não queria conversar.
Acabo por voltar a deitar-me e não responder as batidas da pessoa do lado de fora que devia estar sufocada, ele acaba por entrar, viro-me e fecho os olhos.
- Queria proteger-te sempre! - Começa por dizer. - Eu sei que não posso, mas quero apenas dizer que estou contigo, esperava que acordasses, mas tenho de ir trabalhar, eu adoro-te Magui! - diz. - Quero apenas o teu bem. - diz ele beija a minha testa e saiu, suspiro e abro os olhos.
Volto a chorar.
O meu telemóvel vibra e vejo que era um e-mail da federação.
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(NO SL BENFICA diz o nome das personagens desta história, foto tirada do instagram)
Quase que cai da cama.
SELEÇÃO NACIONAL SUB19
VOU GRITAR!
Recebo uma mensagem da Gabriela que enlouqueceu comigo, o meu pai entra preocupado, assim como a minha mãe e a minha irmã, mostro o e-mail, e todoa ficam contentes por mim.
- Muitos Parabéns amor. - diz o meu pai. - Não é da tua idade, mas tenho a certeza que vais sair-te bem! - diz a beijar a minha testa.
- O primeiro jogo vai ser em Novembro. - digo a ler o restante e-mail.
As convocadas apareceram na Seleção e eu fiquei Feliz.
Esqueci-me dele, por alguns minutos, pensei em mim.
Durante o fim de semana foi apenas para comemorar os nossos pais fizeram uma festa porque era a nossa primeira convocação, a minha a da Gabriela, da Susana e dos rapazes, o Pedro e o Rúben.
Domingo era o último almoço das festas, tinha tudo para dar errado, já que o meu pai só convidou os vizinhos de baixo.
Quando ouço a porta, vou abrir, mas vejo apenas 3 pessoas.
- Se estás a procura do Pedro, ele não vêm. - diz a Carolina ao meu ouvido.
- Porquê? - Pergunta a Andreia atrás de mim.
- Diz ele que tem um trabalho a fazer! - diz a encolher os ombros, elas as duas vão-se embora e eu faço uma loucura, vou atrás dele, eu sei o que disse, mas estava a mentir.
Arrependo-me depois de estar a frente da casa dele e de bater a porta, estava prestes a ir embora, quando a porta faz barulho.
- Pensei que nunca mais quisesses olhar para mim! - diz, eu congelei de costas viradas para ele. - Margarida o que fazes aqui?
- Nada, vim buscar uma coisa que a tua irmã pediu! - Minto novamente, tenho de parar de andar com o Rúben, agora que ele namora com a Gabriela ele só anda connosco.
- Margarida, podes parar de mentir somente uma vez na tua vida. - diz e eu olho para ele.
- Queres saber a verdade? - Ele afirma.
- Sim, quero, eu quero saber a verdade! - diz já no meio do corredor, entre a porta dele e o elevador.
Eu olho para ele e não digo nada.
- Não tenho o dia todo. - diz.
- Não é fácil dizer isto.
- Dizer o quê? Que não me odeias? Que gostas de mim? Por favor! Tu deixaste claro, deixaste claro que me odeias! Não sei porque ainda vens atrás de mim, dizes que me odeias, dizes que não sentes nada, dizes tanta coisa que já não acredito em nada. - Beijo os seus lábios por impulso.
- Cala-te! Por favor Cala-te! - digo e ele enrola a mão dele aos meus cabelos, beijando-me novamente.
