Pedro Neves
DomingoAcordo submitamente durante aquela madrugada e vou até ao mini campo de futebol que o prédio tinha. Eram 02 da manhã e eu estava com um pico de energia, como iria acabar aquilo sem acordar o prédio todo?
Fico ali até às 03, mas estava a morrer congelado, quando entro no prédio, vejo a Catarina.
- O que fazes acordada a está hora?
- Saí agora do trabalho, sou interna de cirurgia num hospital, eu disse-te isso antes de me beijares. - disse.
- Não ouvi! - Ela sorriu.
- Já agora posso voltar a fazê-lo? - Ela aproxima-se.
- Tu és sempre assim? - diz depois de a beijar.
- Quase sempre! - digo.
- Bem, gosto, vou dormir, devias fazer o mesmo! - diz.
- Talvez! Mas neste momento tenho um pico de energia grande e não consigo dormir e se for para o meu quarto tenho a certeza que vou acordar todos neste prédio.
- Isso seria impossível, já que as paredes são a prova de som. - diz eu aproximo-me dela e beijo os seus lábios, quando abro os olhos vejo a Margarida.
- Margarida... - Acabo por gemer assim o nome dela.
- Esqueceste também o meu nome? - diz.
- Não leves a mal.
- Levo, levo sim! - diz e empurra-me, entra no elevador e saiu da minha vista, suspiro, e vou para casa, entro em casa e o meu pai estava acordadom
- Pai! - digo.
- Pedro João Gonçalves Neves Martins! O que fazes acordado?
- Tive um pico de energia! - digo.
- Também tinha vários. É normal. - disse e eu olho apenas para ele.
- Vou para o meu quarto. - digo.
- A Catarina é especial?
- Não! - Exclamo sem hesitar.
- Beijaste-a.
- Beijei! E como é que tu sabes?
- Sabendo! - diz apenas. - Pedro?
- Sim?
- Não uses raparigas, isso é feio! - diz o meu pai, e eu olho para baixo.
- Nunca usei ninguém!
- Usaste! Usaste a Catarina.
- Não a usei, simplesmente beijamo-nos. Isso não significou nada?
- Beijar alguém não significa nada?
- Ela para mim não!
- Então usaste-a!
- Está bem pai!
- Olha, não te eduquei assim. - diz o meu pai sério.
- Pai, eu e ela simplesmente demo-nos bem, e beijamo-nos, foi um caso à parte!
- É a Margarida significa o quê? - Olho para ele.
- Nada, ela não significa nada! - Minto!
- Significa e tu sabes bem disso! - diz.
- Não, eu não sei! - digo. - Eu já não sei! - Digo.
- O amor e o ódio andam de mãos dadas. - disse com um sorriso no rosto.
- Pai, não inventes eu e a Margarida somos inimigos puros, e nada vai mudar isso! - Ele afirma consecutivamente o que me faz quer esgana-lo, mas não o fiz, claro que não o fiz.
- Acredita no que quiseres, mas isso ainda vai dar. - diz e saí da cozinha.
Eu vou para o meu quarto alguns minutos depois refletindo sobre o que tinha acabado de acontecer, recuei pois ouvi o som da porta, mas quem é que vai bater a casa dos outros a uma hora destas?
Volto a descer as escadas, agora sem o casaco, ténis e a t-shirt e quando abro a porta deparo-me com a Margarida.
- O que fazes aqui? - Chamo-a, mas ela não olhou para mim. - Margarida? - Ela mantinha-se de costas para a porta, por isso tive que a virar para mim. - Tu por acaso és surda? - Ela estava de olhos fechados. - Margarida? - Chamo-a novamente, mas ela não disse nada. - Só me faltava esta agora! - digo. Recolho-a lentamente para o interior da minha casa e ela continuava a dormir suavemente em pé, não sabia que ela sofria de sonambulismo.
Ouço alguém chegar a sala, e sinto o perfume suave do creme de dormir da minha mãe, ela estava enrolada a um robe cinzento claro.
- Quem era? - Pergunta e assustasse com a figura da Margarida. - Magui? - diz e percebe que ela dormia.
Lentamente levou-a até a saída e pela demora, deve ter levado-a a casa, quando regressa assusto-me com o barulho da porta e já era de dia.
- Bom dia Bela Adormecida! - diz a minha irmã.
- Quem é que saiu? - Pergunto assustado.
- O pai!
- A mãe? - Pergunto desorientado.
- A mãe? A mãe saiu ontem a noite para Londres! - Olho para ela.
- O quê?
- A mãe saiu ontem a noite para Londres. Antes de saires para o mini campo do prédio. - diz na cozinha.
- Não veio cá ninguém?
- Que eu saiba não, o pai disse que tu chegaste conversaste com ele e depois deitaste-te no sofá. Ele disse-me agora de manhã que às cinco da manhã estavas ferradinho aí no sofá!
- Posso te perguntar uma coisa? - digo distraído a fazer alguma coisa para comer.
- Yha, claro!
- Sabes se a Margarida ou a Andreia são sonambulas? - Fui óbvio demais? Acho que sim.
- Não, nenhuma das duas. - diz distraída e nem sequer faz mais nenhuma pergunta, pois estava atrasada para a escola, e merda eu também!
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Finally Together | Segunda Temporada | Acabada
Ficción GeneralDepois da História do António Silva e da Beatriz Castro, vem agora a história dos filhos. Margarida Silva filha do António e da Beatriz Pedro Neves filho do João Neves e da Liliana Odeiam-se profundamente, mas será que o odeio é duradouro ou é apen...