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Margarida Silva

Já se passaram três meses desde que o Lourenço veio cá a Portugal e admito que a nossa relação começava a ficar estranha, não sei se era de mim ou dele, andávamos ambos ocupados, eu porque entrei para a Faculdade de Comunicação e ele pelos treinos intensos para os jogos.

Tentavamos ver-nos de 2 em 2 semanas, mas ficava impossível, não queria acabar, porque amava-o, mas não tínhamos tempo, eu sei que não é uma desculpa, quem ama tem tempo, mas neste momento queria concentrar-me na faculdade e pelos visto ele na carreira.

Quando entrei no avião para Manchester eu sabia que era o mais acertado, mas eu sabia que iria doer.

Ele sabia da minha ida, e quando nos abraçamos logo percebi que a intenção dele era a minha, nenhum o fez, mas já não nos beijamos. Eu porque não o sentia e ele? Não leio a sua mente.

Fomos para a casa dele conversámos como bons amigos, e nessa noite ficou exclarecido o que já sabia.

- Temos que conversar! - Dissemos ao mesmo tempo, rimos.

- Diz tu Magui! - disse.

- Eu gosto muito de ti.

- Eu também! - diz.

- A nossa relação de casal, já não está a dar, a semanas que não conversámos, e isso está a dar comigo em louca. Eu tenho estado ocupada e tu também, mas acho que não correto, estamos os dois presos um ao outro sem necessidade. Eu amo-te foste para mim um namorado incrível, um ser humano fantástico.

- Queres acabar não queres?

- Quero.

- Eu também. - disse. - Eu amo-te como pessoa, amo-te como mulher que és, mas neste momento preciso de mim, preciso de olhar para mim. És fantástica como Mulher e acho que vais ser uma grande Pessoa. Quero que sejas feliz. Adorei-te ter como namorada e espero que um dia, a vida nos una novamente, seja como amigos ou amantes. - disse e eu acabo por rir.

- Obrigado por este quase 1 ano. E espero que te tornes o melhor jogador de Basquetebol que Portugal e o mundo virão.

- Só porque prometi. - disse eu abraço-o. - Podes dormir aqui. Não vais para outro lado está noite!

- Obrigado mais uma vez. - digo, entrego-lhe o anel de namoro e ele recusa.

- É uma prenda que te dei, e não aceito devoluções, deita-o fora, queima-o, guarda-o, usa-o como colar, mas não me devolvas. Eu dei com carinho e dei porque quis, e tu aceitaste, por isso não o quero e teu. - disse.

Estava arrependida de deixar um homem daqueles solteiro? Não, mas fiquei a pensar nisso.

- A vida deu-me um homem incrível, e eu estou a deixa-lo ir embora.

- Vossas mulheres são assim! Mas preferias continuar? Preferias ser cada vez mais distante e quando acabarmos sermos inimigos? - Neguei.

- Não! Prefiro assim do que outra coisa. - digo e ele afirma, ele abraça-me e dá-me um beijo na testa.

Vou para o quarto de hóspedes e de manhã quando vejo ele já não estava, mas havia um bilhete no frigorífico a dizer;

Finally Together | Segunda Temporada | AcabadaOnde histórias criam vida. Descubra agora