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Margarida Silva
Sexta-Feira

Chegou o dia, não consegui dormir. Fiquei ansiosa demais para ficar deitada por 8 horas seguidas. Fiquei na cama, mas não deitada, muito menos a dormir.

Levanto-me cedo, tomo banho, visto um vestido e um casaco pequeno, o mais prático possível.

Quem iria comigo ao hospital era o meu pai, já que a minha mãe foi a Escócia a uma entrevista com uma jogadora escocesa, já não sei qual era.

- Estás pronta? Queres ajuda? - Pergunta o meu pai.

- Estou pronta, e não pai, não preciso de ajuda! - digo com um sorriso na cara, ele afirmou e foi para a sala, eu segui com dificuldade atrás dele.

Fomos para o hospital da Luz, onde foi seguida quase sempre, tirando um ou outro exame que tive que fazer fora dele.

Entro na receção e somos ambos cumprimentados pelo pessoal, fomos logo para a sala da Doutora Laura que já estava a nossa espera, apesar de estarmos meia hora adiantados.

- Chegámos tarde? Percebi às 14!

- Não, chegaram cedo, eu é que me despachei e pedi para quando chegarem entrarem logo, vamos acabar com o teu sofrimento. - diz e eu aperto as minhas mãos.

- Diga Doutora, eu estou a enlouquecer! - digo e ambos riram.

- Apesar dos meus colegas terem-te dito que nunca mais poderias jogar, eu vi os teus exames e acho que isso não é uma realidade. - O meu coração acelarou. - O processo da recuperação é demorado, e pelo menos 2 anos tens que deixar de seguir a modalidade, mas deixares de jogar isso minha querida não é verdade. Sim, realmente as primeiras análises mostraram isso, mostravam que os ossos estavam muito danificados, mas segundo os últimos vimos um processo de recuperação bastante avançado e rápido. As idas a fisioterapia estão a fazer-te bem, e se continuares assim, acho que daqui há 2 anos vais puder jogar novamente. Está nas tuas mãos. - Estava em choque, demasiado tensa para pensar.

- Pensava que nunca mais pisaria num relvado. Apresentei a minha demissão ao Estádio da Luz.

- Eu sei, nós quando te demos a notícia pensávamos que onde foi a lesão, como estava o ossos, pensávamos que a realidade era essa, não jogares mais, mas Margarida já não é isso que os exames mostram, tu és uma mulher forte e determinada, e isso mostra-se como o corpo está a reagir. Poderás regressar aos relvados daqui há 2 anos ou em menos tempo se continuares assim, mas como disse a decisão é tua. Podes sempre recuperar e nunca mais jogar, ou podes recuperar e jogar novamente.

- E se me magoar novamente?

- No futebol temos sempre essa possibilidade? Se pensares sempre nisso nunca mais voltas a jogar Margarida.

- Quero lutar, quero jogar. - digo confiante.

- Ótimo. - disse a médica e o meu pai abraçou-me, quando saímos do consultório o meu pai abraçou-me novamente.

- Adoro-te querida. - diz e eu sorri.

Poderia voltar a jogar!

Pulos de alegria, não literalmente, mas primeiro iria pensar na recuperação e ficar boa o suficiente para voltar a treinar.

Regressámos a casa e contei a novidade a minha mãe que ligou por volta das 17 horas, hora essa que já estava sozinha.

O meu pai teve treino e a minha irmã foi dormir fora com a Carolina.

Ouço a campainha e vou lentamente até a porta, abro-a sem perguntar quem era.

- Se fosse um criminoso.

- Se fosses, não és.

- Como sabias que era a minha pessoa?

- Senti o cheiro, quando o elevador se abriu. - Brinco com ele e ele riu-se. - Posso entrar? - Afirmo e dou-lhe espaço, ele entra  e fechou a porta atrás de mim.

- O que a médica disse? Tinhas consulta hoje, não tinhas? - Afirmo e conto-lhe a novidade. - Isso é ótimo, a recuperação é lenta, mas podes jogar.

- Não digas a ninguém! - digo.

- Porque?

- Quero ser eu a dizer. - disse e ele afirma.

- Tudo bem butterfly! - diz e eu sorri.

- Porque me chames isso? - Pergunto.

- Não sei. Não posso?

- Podes. - digo e ele sorriu. Fez-me lembrar o pai dele, também tem um sorriso lindo.

- Vou-me embora, de precisares de alguma coisa diz. - disse e eu puxo-o pelo braço. - Vais beijar-me Margarida? - A sua voz ficou rouca, e eu arrepiei-me. Ele aproxima-se devagar. - O que queres borboleta?

- Eu quero-te beijar, mas ao mesmo tempo não quero estragar a nossa amizade  ou o começo dela. - digo.

- Queres fazer um acordo comigo?

- Qual acordo?

- Tenho 17 anos e tu 18...

- Tens 16 ... - Interrompo-lhe a fala, mas ele fala por cima de mim.

- Faço os 17 para a semana, tenho 17, quando fizer os 18 anos podemos nos enrolar.

Ri-me.

- Esperas que fique a tua espera?

- Não ficas?

- Pedro... - Ele beija-me os lábios e provoca-me seguidamente pois beija-me o pescoço, o meu vestido subiu devagar pois deixei-o controlar com as mãos. - O que estás a fazer? - Pergunto, ele beija-me, e começa a massagear o meu clitóris. - Pedro... Neves... - Ele continua e por cima das cuecas pretas, retira-as para o lado, movimentando os dedos para trás e para a frente, mas depois penetra dois dedos e eu quase gemi algo. Ele beija os meus lábios.

- Vais esperar... - diz e afasta-se de mim, antes de me fazer gozar. Ele saiu da minha casa, deixando-me em pé ainda tonta. O que acabou de acontecer?

Finally Together | Segunda Temporada | AcabadaOnde histórias criam vida. Descubra agora