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Margarida Silva
Sexta-Feira

Hoje já era sexta-feira, o Henrique  foi-se embora sem se despedir, e eu perdi o meu colar.

Se pudesse escolher a minha pior semana, definitivamente era aquela.

- Eu não vou conseguir pai! - diz.

- Claro que vais. Aliás consegues sempre. - diz e abraça-me. - Tu consegues sempre, vai ser o teu primeiro jogo e tu vais conseguir. Eu vou estar a apoiar-te. - disse e eu sorri.

- Tu consegues Magui, vais ver. - disse a minha mãe e eu abraço os dois.

- O colar vai acabar por aparecer, vais ver! - disse a minha irmã eu sorri e fui para o balneário da Luz.

Vejo as minhas colegas.

- Encontraste? - disse a Gabriela.

- Não! Mas estou mais confiante! - disse.

- Ainda bem! - disse a Jéssica.

Respiro fundo e começo a preparar-me.

Estava nervosa, quando saí do balneário, vejo o Francisco a correr para a minha direção.

- O que aconteceu? - Estava com esperanças que ele viesse dizer-me que o Henrique tinha regressado, ou pelo menos dizer porque motivo fora embora.

- Achei o teu colar. - diz e mostra-me o fio com o meu nome.

- Onde estava?

- Encontrei-o perto dos balneários. Alguém deve ter encontrado e como foi fim de semana deixou-o, naqueles muros, perto dos balneários comuns, sabes, deve ter caído e ninguém se apercebeu. Mas aqui tens. - disse e dou-lhe um abraço.

- Obrigado! - disse com um sorriso na cara.

- Bom Jogo, espero que marques Ponta de Lança! - diz e eu sorri.

- Francisco? Posso perguntar-te uma coisa? - Ele afirma. - Sabes porque ele foi embora?

- O avô dele morreu Magui, e ele teve que regressas, não tiveste culpa. Ele gostava mesmo de ti, mas acho que ele não te merecia.

- Porque dizes isso?

- Estás a sofrer por um homem que não se despediu? Que te beija e vai embora, mesmo que seja pelo motivo mais difícil de todos, se gostasses assim tanto, pelo menos teria dito o porquê. Boa Sorte Magui! - diz e foi-se embora, volto para dentro do balneário e guardo o colar na carteira, vou até a entrada onde já se encontravam as duas equipas preparadas.

- Encontrei o colar. - digo. E todas quiseram saber a história, conto-lhes e acharam razoável, mas mesmo assim achei estranho, mas resolvo esquecer. Entro em campo com garra e agora com mais vontade de fazer golos.

Aos 5 minutos marco o primeiro golo na Luz, aos 30 marco o segundo, logo passados 2 minutos marco o terceiro, o quarto foi aos 45+1 e ainda marco o quinto golo antes da primeira parte acabar.

Endiabrada diziam as minhas colegas, acabamos o jogo com 7-2.

Todos celebraram a minha primeira goleada na Luz, e pela primeira vez fiquei feliz por estar numa equipa que se orgulhava com o que fazia.

Volto para casa 2 horas depois do jogo acabar, eu e a Gabriela ainda passámos pela praia para passear apenas.

Quando cheguei ao passeio do prédio vejo o Pedro, mas  passo por ele sem dizer nada.

- Não sabia que eras mal-educada. - Ouço a voz dele irritante.

- Não sou, mas abro uma excepção para ti.

- Eu não tive culpa do Henrique ter-se ido embora.  - O que ele queria agora com aquilo?

- Não te percebo, provocas-me, dizes mal de mim, e depois ages assim. O que queres de mim?

- Eu nada. - disse.

- Então deixa-me em paz. De uma vez por todas deixa-me! - diz e desapareço da visão dele. Entro no elevador e encosto-me a parede do elevador, porra!

Entro em casa e os meus pais dão-me os parabéns, a minha irmã chega a casa logo depois e dá-me um grande abraço.

- Parabéns pela goleada. - disse a minha irmã.

- Estava com sorte! - disse e mostro-lhes o colar.

- Encontraste! - disse os meus pais, afirmo, eles tiveram que sair ao intervalo não sei porquê.

Fui para o meu quarto, tomo duche, e visto um pijama, deito-me na cama e adormeço, estava feliz, e apesar do Pedro ter quase arruinado isso, não fiquei infeliz.

Adormeço com um leve sorriso na cara.

A

cordo no sábado, e fui treinar de manhã. Não encontro o Pedro, e fiquei feliz, quando chamo o Elevador estava toda suada e com vontade de bater em mim própria, por não me ter lembrado de trazer a água.

Quando as portas do elevador se abrem vejo o Pedro.

Ele passa por mim e eu entro no elevador

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Ele passa por mim e eu entro no elevador. O elevador fecha-se e eu sento-me no chão tonta.

O elevador abre-se e eu acabo por desmaiar.

Finally Together | Segunda Temporada | AcabadaOnde histórias criam vida. Descubra agora