Pedro Neves
- Então Pedro, estás bem? - Pergunta o Francisco a minha beira, já tínhamos chegado ao hotel ontem, e eu não liguei mais cedo, porque era tarde.
Já tinha ligado a Margarida umas 3 vezes, assim que vi no fuso-horário, que eram 11 horas em Portugal, mandei-lhe mensagens, cujo não foram respondidas já há 4 horas.
Ela poderia estar a dormir, mas já eram 15 da tarde e ela não tinha esse custume de acordar assim tão tarde, mesmo quando adormecia as tantas.
- A Margarida não responde. - digo para o Francisco.
- Ela deve ter adormecido, quando ela vir as mensagens liga-te. - disse o Nuno a entrar para o quarto. Eu suspiro e vou com eles dar uma volta, não estava a acreditar que ela ainda estivesse a dormir, mas deixei estar.
(...)
Iríamos jogar às 20:00 e ainda não tinha notícias da Margarida, estava preocupado e sem capacidade para jogar, o António o pai dela, estava a pressionar-me para jogar.
- Ela está bem, vais jogar e ponto final! Precisámos de ti. - disse o Rúben para mi..
- Okay! - digo relaxo oa músculos e tento concentrar-me, tínhamos que ganhar.
Sim, Ela estava bem!
Margarida Silva
- Eu sou o teu pior pesadelo! - Aquilo ecoava na minha cabeça como eco, a voz dele assombrou-me, o olhar macabro fez-me querer morrer ali.
Ele trancou-me na minha própria casa!
Eu sei que estava na casa-de-banho, era o cómodo mais frio da casa, e com o ar ligado para o frio ainda mais.
Teria forças para gritar, mas era impossível, paredes anti-som, não adiantava gastar forças.
Teria garra para lutar, se ela não me tivesse batido e esmurrado, teria se fosse corajosa, mas não era, naquele momento parecia uma minhoca, encolhida, com pouca roupa, rasgada, cheia de dores, e sem conseguir dormir, estava cansada e não sabia que horas é que eram, ou se já era de manhã, mas uma coisa sabia teria que lutar para ficar acordada.
Assusto-me quando a porta e empurrada, e aberta com violência, sinto o cheiro dele, tabaco, álcool e terra, não, eu não queria sair dali.
Faço força para sair dos seus braços, mas foi impossível.
- Larga-me seu animal nojento. - digo.
- Já vais ver o animal nojento que sou! - Ele empurra-me para o chão e bato com a cabeça na mesa de madeira.
Puxa-me para baixo e prende-me com as mãos, desaperta as calças e eu encolho-me ainda a lutar.
- Deixa-me! Larga-me idiota! - digo e dou-lhe um pontapé, não faz efeito, ele estava sedento.
- Gostavas quando era o teu namorado asqueroso a prender-te assim.. - Ele beija os meus lábios e o sabor a álcool era horrível. Cuspo-lhe na cara. - Tu és uma puta vadia, e desde pequena que ando a ver-te, sabes naquele dia eu não te matei, porque não quis, tu não mereces nada. E deixa-me dizer-te tu és mais apertada do que aparentas ser. Gozei tanto dentro de ti, ontem. - Ele sorriu e eu fico séria. - Tão séria! Devias ter visto a tua cara. Eu quero fuder-te sim, mas é contigo a implorar-me para parar. E para isso preciso de ver-te a sofrer. - Ele aperta o meu pescoço. - Já alguma vez pensaste como é ficar sem ar, e a sensação de quase morreres, é está a sensação. - Ele aperta mais o meu pescoço.
- Porque te vingas em mim? - digo quase sem ar.
- Porque o teu querido pai, livrou-te do Jonny, já a tua irmã tem 6 atrás dela, a tua mãe tem 3, e tu? Tu ficaste sem o Jonny, e o teu pensa que estás em segurança a meses, porque eu dei-lhe esse pensamento. Ele é ridículo. E tu também. - disse e solta-me, recupero o ar.
- Tu nunca vais ganhar!
- Oh, Borboleta, eu já ganhei! - disse e bate na minha cara, fazendo-me desmaiar.
(...)
Estava ali há demasiado tempo, porque estava com cãibras.
Levanto-me, mas sem sucesso, pela milésima vez, não o consegui fazer.
Que cheiro horrível era aquele? O Diogo estava a dormir no sofá, e eu estava ainda na casa-de-banho, não se passou muito tempo, mas já não comia desde sábado, e nem bebia água, estava demasiado longe das torneiras.
O cheiro horrível era eu, só podia, estava com frio, mas já levei com a sujidade dele em cima, não tinha capacidade já de ver, porque sentia-me imunda.
Jonny, onde andas tu?
Se hoje era Domingo o Pedro demoraria para vir, se era Segunda, chegaria dali há algumas horas, estava com medo dele entrar e o Diogo magoa-lo.
Estava deitada contra o chão gélido da casa-de-banho, nem o calor do meu corpo aquecia o mármore do chão, a casa-de-banho, era grande, e parecia ainda mais, quando acorrentada, a porta da casa-de-banho, foi aberta, o Diogo cambaleando até mim caiu ao meu lado, bêbedo.
- Sabes, Borboleta, a coisa que mais gosto em ti, e quando te ouvia gemer. Aquilo excitava-me. Tu deixas-me louco. - Ele toca no meu corpo, mas deixei de ter forças para reagir. Ele aperta os meus seios e começa a chupa-lo, ele vira-me ao contrário, e eu fico de 4, penetra-me com força, engolo a seco a chorar, o meu corpo cai quando ele deixa-me de segurar, deita o preservativo fora e dá-me uma leve chapada. - Eu vou ser preso, mas tu nunca vais ser a mesma! - diz e saí.
As lágrimas continuavam a cair, e eu sem forças, desidratada, acabo por adormecer.
Pedro Neves
3 dias sem Notícias, e já eu não era o único que estava desesperado, o António mandou a Beatriz a mãe dela ir a nossa casa e nada, procuram por tudo o lado, e nada, as câmaras de segurança foram desativadas, desde às 04 às 06 da manhã, por isso não sabem se ela saiu com alguém ou não, o carro dela estava lá, a casa tinha apenas alguns secrementos de sangue.
Nada! Absolutamente nada!
Ela não estava em casa e eu tinha um mau pressentimento.
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Finally Together | Segunda Temporada | Acabada
General FictionDepois da História do António Silva e da Beatriz Castro, vem agora a história dos filhos. Margarida Silva filha do António e da Beatriz Pedro Neves filho do João Neves e da Liliana Odeiam-se profundamente, mas será que o odeio é duradouro ou é apen...