Depois da História do António Silva e da Beatriz Castro, vem agora a história dos filhos.
Margarida Silva filha do António e da Beatriz
Pedro Neves filho do João Neves e da Liliana
Odeiam-se profundamente, mas será que o odeio é duradouro ou é apen...
- Parabéns maluca! - diz a saltar em cima da cama.
- Obrigado, agora saí daqui, quero dormir.
- Vamos, não é todos os dias que se fazem 18 anos. - diz.
- Sim, mas tenho o resto do dia querida mana, deixa-me dormir. - digo.
- Não, já são 11 horas, vamos almoçar fora, os pais pagam. - diz e eu neguei. - Vamos Magui, vamos! - depois de muito implorar eu levanto-me. Tomo banho e visto-me assim:
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Fiquei no meu quarto, até a minha irmã ficar despachada.
Sinto o meu telemóvel vibrar e vejo que era uma mensagem da Gabriela.
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Guardo o telemóvel após ter respondido a Gabriela a agradecer.
Logo depois a Susana também manda uma mensagem parecida.
Desço as escadas e vejo os meus pais.
- Muitos Parabéns amor. - disse a minha mãe a abraçar-me.
- Parabéns princesa! - diz o meu pai, agradeço aos dois.
- Vou descer! Espero lá em baixo! - digo.
- Okay. - Chamo o elevador e ele aparece alguns segundos depois, entro e ele para no andar seguinte, vejo o Pedro assim:
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- Olá! - disse. - Nunca mais falámos! - diz com as mãos nos bolsos. - Sabes desde o beijo! - Ele encosta-se a parede do elevador e eu olho para ele. - Tu odeias-me mesmo?
- Tu magoaste-me!
- Eu sei!
- Quando te salvei foste maldoso! - digo.
- Eu sei!
- Então o que tu queres agora?
- Tu gostas de mim!
- Gosto Pedro, eu amo-te! Mas tu foste horrível para mim, isso não vou esquecer. Por isso esquece-me Pedro.
- Tudo bem! - disse. - Feliz Aniversário! - diz e saí do elevador no piso 0. Respiro fundo e saiu logo depois dele.
Não queria esquece-lo, mas não estava preparada para aceitar o que ele me viesse a querer dar. No fundo não odiava, mas por outro lado odiava-o mais.
Os meus pais chegaram alguns minutos depois de ter encontrado o carro no mesmo lugar de sempre.
Entro e fomos até a um restaurante, à tarde, fomos para o Estádio da Luz, o meu pai falou com o Costa e o meu aniversário seria lá no restaurante.
Quando lá chegámos já lá estavam alguns familiares meus e alguns amigos próximos, convidem a minha equipa que já ali estava metade, e convidem algumas da Seleção que me dei mais.
Desfrutei da festa, até a Gabriela aparecer e ai já sabem só maluqueiras.
Vejo o Pedro sentado ao lado do Rúben, e quando o Rúben viu o meu olhar dirigiu-se a mim.
- Estás a gostar adulta? - diz.
- Estou Adolescente! - digo.
- Agora já podes beber, o que vais provar? - diz o BARMEN Paulo, eu neguei.
- Não quero beber obrigada! - digo e ele sorriu.
- Tens a certeza?
- O meu pai conhece-te, ele sabe que me estás a oferecer uma bebida? - Pergunto e ele negou. - Bem me parecia! - digo e volto a minha atenção para o Rúben que bebia uma bebida com gás. - O que querias? - pergunto.
- Falar contigo. - diz.
- O que foi? - Pergunto.
- Gostas do Pedro? Eu vi o acidente naquele dia. Ninguém se mandaria para a frente de um carro se não gostasse, como nunca mais tivemos tempo para conversar.
- Vou já interromper, posso odiar o Pedro, mas não o deixaria morrer, embora já o quissesse matar a muito tempo, iria para a frente de qualquer carro se soubesse que qualquer um de vocês tivesse em perigo. Fiz ao Pedro o que faria a qualquer um, por isso não julgues saber se gosto dele ou não!
- Não te queria chatear! - diz.
- Não fiquei chateada. - digo.
- Ainda bem, pois só fiquei intrigado.
- Tudo bem! - digo e ele voltou para o lado do Pedro.
- Tudo bem? - Pergunta a Gabriela.
- Sim! - digo a sorrir. - Vou a casa de banho! - digo e ela afirma.
- Queres que vá contigo? - Nego e vou sozinha. Entro na casa de banho e vejo o Pedro a lavar as mãos.
- Hoje encontramos-nos sempre? - Pergunta.
- É o resultado de moramos no mesmo prédio e estarmos no mesmo sítio? - Pergunto em tom de afirmação, até fiquei confusa se foi ou não uma pergunta irónica.
- Margarida? - Chamou-me. - Desculpa! Eu errei! Posso ter uma mente infantil, mas éramos crianças!
- Eu sei que éramos, e nada vai mudar o que fizemos, eu errei tu erraste, mas...
- Porque estás em negação? Somos inimigos a anos, não podemos fazer as pazes?
Não respondo
Ele aproxima-se de mim.
- Toma, e para ti! - Deu-me um saquinho pequeno.
- Não precisavas. - digo.
- Precisava! - disse.
Abro o pequeno saco e sorri.
- Adoro borboletas!
- Eu sei!
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- Obrigado! - digo e ele sorriu, ele saiu da casa de banho e eu olho-me para o espelho e respiro. Como ele sabia?
