05_ Pedaço de merda.

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Torry Jasper

...O senhor de cabelos pretos sendo invadido pela idade me lançou um pequeno sorriso e eu me controlei para não abrir as pernas.

Voltei o meu olhar para a garota que juntou as mãos atrás de si. Ela tinha o cabelo liso e que chegava só até os seus ombros, que por sua fez estava pintado de rosa. Ela tinha uma pele branca, muito branca, eu acho que ela está morrendo...

Os seus olhos eram azuis, e se eu não tivesse escutado aquele negócio do vibrador, eu juraria que ela era uma santa.

Se ela é assim, imagine os outros...

Ok, eu acho que vou adorar esse colégio.

- Eu quero que leve Torry para conhecer o colégio e depois volte para o escritório. - Informou e a garota assentiu. - Você será responsável por encaixar Torry aqui.

- Vamos? - A garota se virou para mim, erguendo uma sobrancelha. Eu me levantei e antes olhei para minha tia como forma de pedir socorro, a mesma sorriu e me desejou boa sorte.

Sorte é pra quem precisa, e eu não preciso.

A garota abriu a porta e saiu em silêncio esperando eu sair para fechar a porta atrás de mim. Assim que a porta de madeira foi fechada, a garota abriu um pequeno sorriso diabólico.

- Então, você se mudou? - Questionou começando a caminhar, mas mantendo o seu olhar em mim.

- Não. Eu ainda continuo vivendo em Boston. - Falei sarcástica e ela piscou várias vezes depois de ouvir as minhas palavras.

Ela me encarou em choque mas depois abriu um enorme sorriso.

- Você e eu seremos óptimas amigas. - Falou e eu arqueei a sobrancelha.

Essa garota é louca.

- Daqui à uns dias você dirá que eu sou uma péssima amiga. - Falei e ela franziu o cenho. Ela apontou para um cacifo e me entregou umas chaves.

- Porquê? - Encostei o meu ombro no cacifo e ela fez o mesmo, ficando assim de frente comigo.

Eu coloquei na minha cabeça que os seres humanos são só um sopro e que eu não devo pôr a minha esperança neles. Eles não têm nenhum peso.

- Porque eu não sirvo para ser uma óptima amiga. - Justifiquei e ela sorriu encatada. Não a julgo, eu também me encataria com a minha beleza.

Eu sou a melhor, a mais interessante, a mais linda.

E a mais humilde também.

- Você é tão linda. - Elogiou e eu comecei a fungar fingindo limpar uma lágrima no meu rosto. Ela segurou os meus ombros e me encarou preocupada. - Você está bem? Porquê está chorando?

A encarei limpando uma lágrima falsa.

- Porque a verdade dói. - Ela soltou uma risada me encarando com admiração.

- Você é incrível. - Falou e eu sorri de lado.

- O diretor é o seu pai? Ele é lindo. - Falei com a unha do meu dedo indicador entre os dentes.

O Meu Adorável Inimigo Onde histórias criam vida. Descubra agora