59_ Eu já não sei se isso é ódio ou amor.

279 22 3
                                    

Torry Jasper

- As pessoas pessoas bebem álcool pra ficarem bêbadas e esquecerem algo. - Sorriu o meu tio ainda dirigindo.

- Ninguém fuma maconha pelo gosto, mas sim pela sensação. - Citei e vi a tia Julia limpar mais uma lágrima que escorreu pela sua bochecha.

Se eu contar para as gêmeas, elas nem vão acreditar. Pena que elas não puderam vir com a gente, tudo culpa da Sophia.

Ela é uma colega das gêmeas que convidou elas para a sua festa de aniversário o que não foi nada agradável para mim, pois ficarei sozinha observando os adultos falarem coisas secantes.

Como é uma festa elegante eu usei o meu vestido elegante e comprido, e um salto preto. O vestido era preto, de alças, com uma fenda na lateral da minha perna e um pequeno decote nos meus seios. Basicamente, eu estava linda nele.

Já o cabelo, eu deixei ele ondulado só porque quis mudar um pouco esta noite.

Antes de descer do carro eu abri a minha pequena bolsa branca e tirei o meu pequeno espelho só para me certificar que o batom vermelho nos meus lábios estava intacto. Guardei o espelho e desci do carro andando até os meus tios e ficando entre eles.

Andamos até a casa e assim que entramos na mesma com a permissão dos guardas, uma música contemporânea atingiu os meus ouvidos.

Seca, seca... seca.

Eu fiquei esperando os meus tios cumprimentarem algumas pessoas enquanto apreciava a casa que mais parecia um salão. Algumas pessoas estavam sentadas na mesa, outras paradas e conversando e outras dançando valsa.

Tudo que eles faziam era de uma maneira elegante. Parece que hoje eu terei que libertar a minha personalidade da realeza. Que chique.

Lá estava ele.

Senti o meu coração pular uma batida quando o meu olhar e o do Thales se cruzaram.

Ele estava usando um terno preto que o deixava gracioso. Observei o jeito que a camisa preta apertava o seu corpo e como o Thales soltou o único botão que ainda segurava o seu casaco de terno, fazendo o mesmo cair, revelando melhor o cinto da sua calça.

As suas mãos com apenas dois anéis de prata, foram enfiadas nos seus bolsos da calça lentamente enquanto ele caminhava até mim.

O seu olhar penetrante pareceu escurecer enquanto descia pelo meu corpo, até voltar para os meus olhos, fazendo um pequeno sorriso se abrir no seu rosto.

As maçãs do seu rosto pareciam ter ficado levemente avermelhadas e o Thales lubrificou os seus lábios quando ficou a centímetros de mim.

Mas ele não falou comigo, ele virou o rosto para encarar os meus tios que se aproximaram da gente.

- Boa noite, tios. - Sorriu genuinamente para os meus tios.

- Como vai, Thales? - O meu tio sorriu.

- Muito bem. - Respondeu Thales me olhando de relance.

- Imagino que os seus pais vieram com você. - Falou a minha tia e o Thales assentiu.

- Eles estão numa mesa esperando por vocês. - Apontou e os meus tios começaram a caminhar em direção onde o Thales apontou.

O Thales se virou para mim sorrindo e eu quase me caguei.

- Você está terrivelmente linda. - Disse pegando a minha mão e beijando as costas da mesma. Eu joguei o meu cabelo para trás e afastei a minha mão do seu apego, sentindo o que a patética da Ana Liz chama de borboletas.

O Meu Adorável Inimigo Onde histórias criam vida. Descubra agora