36_ Arrogante. Estúpido. Patético. Ignorante. Egocêntrico!

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Torry Jasper

- É sério mesmo que você não sabia isolar o x? - Thales questionou indignado e eu travei o maxilar ficando ainda mais irritada.

O Thales só sabia debochar das minhas dificuldades. Como se isolar o x fosse fácil.

Porra. Eu não mandei aquele cientista ridículo colocar letra na matemática.

- Já deu né? - Falei e o Thales riu.

- Oh querida, ensinar você está sendo a minha melhor diversão. - Soltou e eu revirei os olhos. - Resolva este exercício aqui pra eu ver se você realmente entendeu. - Disse pegando no celular.

Eu não conseguia parar de encarar o seu rosto, era como se eu estivesse hipnotizada, e eu não sabia ao certo porquê.

Era difícil negar, mas o Thales parecia ter sido esculpido por um Deus Grego. O Deus Grego foi tão paciente com ele, cada detalhe foi feito com cautela. O seu rosto era perfeito, com as suas pestanas perfeitas, o seu nariz reto, os seus olhos dourados, o seu maxilar marcado, as suas maçãs perfeitas e os seus... lábios avermelhados.

- Você quer um autógrafo? - Perguntou Thales me encarando com um sorriso de lado.

Eu arregalei os olhos minimamente mas depois fechei a cara.

- Pra querer um autógrafo seu, primeiro eu tinha que virar sua fã. - Falei e os olhos do Thales brilharam.

- E não é? - Perguntou genuinamente, e eu me mantive em silêncio apenas fazendo o contacto visual com ele.

Acho que estou com caganeira. Estou sentindo voltas na barriga.

- Seu rosto é tão lindo, já pensou em fazer dieta? - Provoquei com um sorriso.

- Você sempre vai querer com mais intensidade aquilo que não pode ter. - Ele disse encarando o fundo dos meus olhos.

Senti uma onda de frio passar pelo meu corpo.

Thales parecia estar me admirando o que provavelmente era coisa da minha cabeça. Esse idiota não sabe o que é admirar alguém.

- 6ª lei de Newton. - Contou e eu revirei os olhos.

- Você parece um quebrado. - Suspirei me afundando na cadeira.

- Talvez porque eu estou. - Sussurou ainda penetrando os seus olhos nos meus.

Encarei ele curiosa.

- Quem quebrou você?

- Você. - Respondeu rápido e eu não pude evitar que as minhas bochechas ficassem coradas. - Você me quebra toda vez que me olha.

- Eu espero que quando a morte te encontrar, ela te encontre vivo. - Soltei.

- Pior do que a morte, é nunca ter vivido. - Ele levou dois dos seus dedos longos para o colarinho da sua camisa, e tentou afrouxar  um pouco mais a mesma.

- Você é patético. - Despejei.

- Você sempre diz isso mas eu sei que no fundo você sabe que eu sou perfeito. - Ele abriu um sorriso e eu cerrei a mandíbula.

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