Torry Jasper
Dedos grossos me deixaram irritada. Eles passavam de leve como se estivessem fazendo carinho na região. O meu olho tremeu e o meu sangue ferveu quando os meus olhos encontraram os do ser repugnante.
- Isso está errado. - Afirmou apontando para o meu exercício de matemática. - Todos estão errados. - Sorriu e eu pude sentir um pouco de vergonha.
Não era suposto o meu inimigo descobrir que eu sou burra.
- Isso não te diz o respeito. - Falei afastando a sua mão com o meu dedo indicador, não querendo tocar mais o Thales do eu já estava tocando. Os seus dedos possuíam anéis o deixando... Sexy.
Eu realmente não podia negar o quão bonito o Thales era, e o quão os seus olhos me hipnotizavam. Mas, só os anéis o deixavam UM POUCO sexy.
Thales sorriu se preparando para me lançar o seu veneno barato.
- Burras como você deveriam pedir ajuda a gente como eu, — nesse caso inteligentes — para fazer um simples exercício de matemática, não esse trabalho satânico que você fez. - Insultou e eu semirrei os olhos pra ele.
- Eu não sou burra, seu estúpido. - Falei e ele arqueou a sobrancelha.
Eu não estava disposta a dar razão ao Thales, eu prefiria mil vezes ser o assunto do colégio. Me levanto da sala e Thales se vira da sua carteira para me encarar.
Reviro os olhos e quando chego até a secretária do professor, dou um sorriso de lagartixa.
- Professor, eu queria muito que o professor me dissesse se esses exercícios estão errados. - Falei encarando o Thales que tinha o rosto vermelho de tanto prender a risada.
Voltei a encarar o professor que assim que terminou de ver os meus exercícios ele sorriu gentilmente.
Torry: 1
Thales: 0- Isso está errado, Torry. Você fez algum tipo de trabalho satânico aqui? - Perguntou com a maior tranquilidade e finalmente ouvi o Thales rir.
Thales:...
Eu nunca vou admitir que ele está certo.
- Sério? Eu me matei tanto para fazer esses exercícios. - Choraminguei e o professor prendeu a risada.
Eu sou um tipo de piada?
- Até uma criança conseguiria resolver isso, Torry. É tão fácil.
Ah, não venha com esse papinho de criança.
- Você deveria pedir ajuda ao Thales, ele é muito bom a matemática. - O meu olho tremeu com as suas palavras. Eu não acredito que ele acha que eu Torry Jasper sou capaz de pedir ajuda para aquele filho da mãe.
Pego o meu caderno engolindo seco me preparando para as piadas do Thales. Espero que ele não tenha escutado a parte da ajuda.
Me sento na carteira sem o encarar mas sentindo o seu olhar sobre mim. O mesmo colocou o seu braço na minha carteira e eu senti o meu sangue borbulhar.
- Tira isso da minha mesa. - Falei entre dentes e ele tirou.
- Eu falei que estavam errados e também que você deveria pedir a minha ajuda. - Eu podia jurar que ele estava sorrindo, se gabando.
- Se você não me deixar em paz e se virar para frente, eu juro que cravo as minhas unhas na sua pele até encontrar os seus ossos. - Avisei o encarando e ele me encarou com desgosto antes de se virar para frente.
Eu realmente desejava que a Ana Liz estudasse comigo, prefiro ela do que o Thales. Observei Thales se virar e conversar com um garoto loiro que sentava do seu lado.
[...]
- Ele engravidou três meninas, e as três abortaram no mesmo dia. - Ana Liz estava me contando as fofocas do colégio enquanto comíamos.
- E o aquele garoto que fica me encarando? Quem é ele? - Perguntei enquanto encarava o garoto com um sorriso de lado.
O meu pai tinha razão quando dizia que eu era a encarnação do céu na terra.
- Ah... - Ana Liz revirou os olhos, parecendo não gostar dele. - É o Isaac, ele é um babaca, ele acha que pode pegar todas as garotas do colégio. - Contou. - E acho que também acha que pode pegar você.
- Eu vou mostrar a ele que está errado. - Falei me levantando.
- O que você vai fazer? - Perguntou Ana Liz confusa.
A encarei com um sorriso diabólico.
- Colocar ele no seu lugar. - Saí da mesa pegando uma maçã, ainda encarando o tal Isaac.
Desviei o olhar quando saí do refeitório e andei passos rápidos até a sala. Eu estava intediada e precisava me divertir. Entrei na sala e fiquei atrás da mesma esperando que ele a abrisse e entrasse na sala.
A porta foi aberta, observei ele me procurar com o olhar por toda a sala. Fechei a porta silenciosamente e andei passos lentos até o Isaac, toquei o seu pescoço e o mesmo curvou-se tomando um susto.
Ele me encarou com um sorriso de lado e mordi a minha maçã o seduzindo. O mesmo me puxou pela cintura sem dizer uma palavra e eu me afastei dele.
- Você não está entendendo... - Falei descendo o meu olhar para as suas calças.
Ele tocou o seu cinto e eu revirei os olhos o impedindo de cometer uma burrice. É sério, ele é mesmo idiota.
- Realmente, você não está entendendo. - Me aproximei do garoto e sussurei. - Você vai fazer streep dance para mim.
Eu realmente estava adorando irritar o meu pai mesmo ele estando no inferno.
- Faça. - Ordenei e o garoto loiro na minha frente nem piscou antes de movimentar o seu corpo como uma lagartixa.
Eu sorri de canto, admirando a visão e sentindo uma onda de calor passar por mim. O garoto subiu os dedos até alcançarem a minha saia, e eu mordi a minha maçã.
Quando mãos apertaram as minhas coxas enquanto o mesmo ajoelhava ainda se remexendo, a porta da sala foi aberta. Arregalei os olhos encarando o Thales que tinha uma expressão confusa.
- O que vocês estão fazendo?
Continua
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O Meu Adorável Inimigo
Novela JuvenilTorry Jasper talvez não tenha se animado tanto em viver com os seus tios na Califórnia, e talvez eles se surpreendam ao descobrir o quanto a sua sobrinha sofre com o seu passado. A sua vida se tornou um desastre e ainda mais quando reencontrou o seu...