39- Sentimento familiar

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Eu me sentei novamente, virando em sua direção e me apoiando nos meus pés, peguei o casaco bege e o vesti, até porque a minha regata improvisada não era muito boa, ainda mais cheia de sangue.

- Aquelas cicatrizes na sua barriga e nas costas...o que aconteceu?

Norman perguntou estendendo a mão e colocando na minha barriga, no exato local onde estava a cicatriz que ficou depois do que aconteceu em Gold Pond.

Eu expliquei tudo, e descobri que minha sanidade estava intacta, por que eu falo isso?Porque na hora que eu estava fugindo do Bayon e vi o Norman, pensei ter sido loucura da minha cabeça, mas não era, ele realmente estava lá e viu o que aconteceu, só a parte do ferimento no braço.

- Eu fiquei realmente preocupado naquele dia, mas aí aquele homem te salvou e eu queria tanto poder sair do laboratório pra te ajudar...me desculpa por não estar lá pra você.

O albino se desculpou enquanto levantava da cama e passava uma mão no cabelo com um suspiro frustrado.

Eu olhei pra ele durante alguns segundos e segurei sua mão.

- Você não tem porque se desculpar.

Respondi com o olhar fixo em seus olhos.

- Eu jurei que sempre estaria com você e você quase morreu, talvez se eu tivesse conseguido escapar antes você não teria...

Eu não deixei o garoto terminar de falar, pois me levantei rápido e fiquei na ponta dos pés, colando nossos lábios por poucos segundos.

- Eu não morri, eu estou aqui agora, estou aqui com você e não pretendo ir embora.

Eu afirmei saindo das pontas dos pés e sorrindo pra ele.

Um leve rubor surgiu em suas bochechas junto com um sorriso ladino.

- Vem, eu tenho que explicar tudo a vocês e aos outros, e quero matar a saudade que senti de todo mundo.

Norman entrelaçou sua mão a minha e saímos da enfermaria, voltamos pro seu escritório e vimos todos lá, exceto Chris e Dominic.

- Finalmente, certeza que estavam de pegação.

Ray disse assim que entramos na sala e a Emma começou a rir, o que ele falou nem foi engraçado assim mas a risada da ruiva fez os outros rirem também, já que a risada ela ria de um jeito estranho e as vezes fazia um barulho de porco no meio da risada, ela era assim desde pequena mas sempre era divertido.

- Era só o que me faltava, tem um porco nessa sala!

Yuugo exclamou apontando pra Emma, que mostrou o dedo do meio ainda rindo sem parar.

De repente Ray virou Emma na direção dele e deu um selinho rápido nela, fazendo a garota parar de rir e ficar olhando pra ele fixamente, só faltava um ponto de interrogação na cabeça dela, eles não estavam exatamente namorando mas as vezes eles se beijavam assim, tipo, eu já peguei eles dois se beijando escondidos um dia, aquilo foi maravilhoso pra zoar com a cara deles.

Depois de mais ou menos um minuto em um grande silêncio, Emma se virou pra frente com as mãos atrás das costas e um sorriso enorme no rosto, junto com suas bochechas vermelhas.

- Então vocês finalmente pararam de enrolação?

Norman perguntou quebrando o silêncio com um grande sorriso, soltando minha mão e andando até a mesa, se escorando ali com o olhar em todos do grupo, que não era nem um pouco pequeno.

Eu intercalei o olhar entre Emma e Ray, ele parecia um pouco envergonhado e Emma escondia a vergonha, era bem óbvio que eles não iriam responder então só resolvi mudar de assunto.

Até Que A Morte Nos Separe-NormanOnde histórias criam vida. Descubra agora