49- Ação

47 5 0
                                    

Nós continuamos andando nos cavalos pelo caminho mais rápido por mais ou menos duas horas, até que faltavam poucos minutos pra chegarmos perto do muro que nos levaria ao orfanato.

Minha ansiedade aumentava a cada passo do cavalo, meu coração batia rápido e minha respiração estava acelerada, eu pensava em tudo que poderia acontecer naquele lugar. Aquele maldito lugar.

- Ei, Akira!

Ouvi Emma exclamando e olhei pra ruiva com uma expressão confusa.

- Você ouviu o que a gente disse por acaso?

Ray perguntou sem paciência alguma e eu sorri sem graça, colocando uma mão na nuca enquanto Norman guiava o cavalo em que estávamos.

- Não ouvi, desculpa. Eu estava distraída.

Eu respondi sorrindo sem graça, Ray revirou os olhos.

- O plano é esse: vamos nos dividir em três grupos para nos infiltrar, depois que entrarmos a primeira coisa que faremos é resgatar os reféns e garantir a segurança deles, vamos pro armazém. Não vamos entrar pelo orfanato e sim invadir pela central.

Ray explicou e eu acenei com a cabeça de forma positiva, repassando o plano na minha mente.

- Mas e se tiver muitas pessoas armadas?

Perguntei e Norman me olhou por alguns segundos, logo voltando a se concentrar no caminho.

- Nós verificamos isso antes, vamos dar um jeito. Vai dar tudo certo. Tem cerca de quarenta a cinquenta demônios, nós matamos todos com alguma armadilha.

O albino respondeu e eu olhei pra frente, engolindo em seco ao começar a ver o muro, ainda um pouco longe, talvez mais uns cinco minutos de distância.

- Vocês quatro, principalmente Akira e Ray, não vão fazer nenhuma merda de tentar se sacrificar ou algo assim! Eu quero todo mundo vivo, chegamos até aqui e não é agora que isso vai mudar. Então tratem de sobreviver, pirralhos malditos.

Yuugo disse com sua carranca de sempre, eu olhei pra ele e sorri mostrando os dentes.

- O mesmo vale pra você, velhote. E pode deixar que eu vou garantir que nada vai acontecer com o pai Lucas.

Eu provoquei e sorri maliciosa.

- Cuida nem de você mesma e quer cuidar das outros, coitada.

O velhote rebateu e eu apenas ri, voltando meu olhar pra floresta.

- Alguém pode trocar comigo? Acho que uma arma vai ser mais útil que um facão, principalmente contra humanos...

Pedi em um tom um pouco incerto, pegando o facão que estava no meu cinto e observando o sangue nele.

- Toma.

Oliver disse e andou com o cavalo mais rápido, diminuindo quando chegou ao meu lado e estendendo a arma pra mim. Eu sorri e peguei, não era uma arma muito grande mas tinha várias balas, deveria ser tipo uma metralhadora ou algo assim, confesso que decorar tipos de armas não era o meu forte, e entreguei o meu facão pro bicolor.

- Obrigada!

Eu exclamei sorrindo e guardei a arma no cinto, logo ajustando o meu casaco e vendo Oliver voltar para os outros.

- Chegamos.

Norman afirmou puxando a rédea que segurava o cavalo, fazendo ele parar de andar e bufar, as outras duplas começaram a parar também. Eu respirei fundo e olhei pro penhasco a nossa frente, o muro logo em seguida, enquanto diversas memórias passavam pela minha cabeça.

Até Que A Morte Nos Separe-NormanOnde histórias criam vida. Descubra agora