MARCUS BERLINGAM
Rumia treme suada depois que eu terminei com ela, só que dessa vez eu não quero ir embora, o olhar esperançoso em seu rosto me quebra demais mas ainda assim eu consigo me levantar e puxar minha calça, vejo seu rosto cair por um segundo antes dela se levantar.
— Benjamim virá treinar com você.— eu digo e ajusto minha roupa, Rumia não fala nada e eu não insisto.
Dou as costas e embora não perdendo a hora em que ela limpa agressivamente seu rosto como se chorar por mim fosse um pecado. Não a culpo no entanto, nem eu sei o que está se passando comigo.
Eu subo até a sala e vou direto ao bar me servindo de um copo de wishkey.
— Você subiu.— aperto o copo na mão ao ouvir a voz de Russiel.
— O que você ainda está fazendo aqui?— meu sangue ferve ao lembrar dele em cima de Rumia.
— Provar minha teoria.— sinto seus passos aproximando me viro irritado para ele.
— Da próxima vez guarde a porcaria das suas teorias para você idiota!— ele sorri orgulhoso.
— Você gosta dela.— é minha vez de rir.
— Você é engraçado.— eu deixo o copo de lado e bebo direto da garrafa, não gosto muito do álcool mas as vezes, como agora é uma boa distração.
— Você gosta dela Marcus, mesmo com Cora, todas vezes que eu dei em cima dela na sua frente você apenas revirara os olhos... — ele se interrompe colocando a mão no queixo.— mas com Rumia..? eu só encostei nela e —
— Nem mais uma palavra seu idiota.— eu o empurro.— Eu não gosto de ninguém e é melhor você virar essa língua para o outro lado, você deveria se concentrar em avaliar as estradas e controlar o movimento, os carros partirão em breve.— Russiel levanta as mãos em rendimento e da passos para trás.
— Rumia é bonita e sexy, não nego Marcus, mas perder sua cabeça por ela não está nos planos.— ele aponta um dedo na minha direção.— Foque-se, termine seus negócios com Rumia e volte ao normal, você já perdeu cinco reuniões desde que ela apareceu.— ele sai e eu jogo o copo em direção a porta.
Segundos depois Turken entra alarmado.
— Algum problema senhor?— cerro os dentes pensando nas palavras de Russiel, de facto fiquei distraído mas isso não significa que eu goste de Rumia.
Rio, patético.
— Tudo certo para amanhã?— ele tira seu ipad do bolso do paletó e checa qualquer coisa.
— Tudo em ordem, a busca pela senhorita Cora também continua.— assinto.
— Benjamim está lá em baixo?
— Sim senhor.
— Você poderia ficar lá e monitorar? Preciso de um banho.
— Claro, mais alguma coisa?— balanço a cabeça em negação.
Quando ele sai eu pego meu ipad e olho pelas câmeras, Ben usa seus braços como saco de pancada e Rumia soca, seu cabelo em um coque bagunçado, seu corpo brilhando pelo suor e pensando que há poucos segundos eu estava dentro dela fazendo ela gritar, aperto o ipad antes de jogar na bancada e ir para o meu banho.
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WHERE IS RUMIA?
Ficção GeralViciado era um eufemismo para o que eu senti quando meus olhos bateram naqueles cristais azuiz. Cora era um sonho, uma fraude, uma mentira distorcida que ela contou para si e levou os outros a afundarem no barco de mentiras. Mas ela era acima de tud...