Capítulo 49

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MARCUS BERLINGAM

Eu aperto o volante vendo a silhueta de Rumia sumir, ela que me aguarde porque eu fui cem por cento sério em cada palavra que falei, se ela acha que vai se livrar de mim, ela está muito enganada, ainda ouvindo seus pequenos passos se perdendo na floresta, eu mando mensagem para Turken avisando sobre minha localização e abandono o carro ali mesmo, quem quiser passar por ali que contorne a floresta, começo a correr procurando Rumia, deixei minhas luvas e sobretudo na sala de tortura porque ela saiu a correr, não era suposto ela ver esse lado meu, uma coisa é ela saber que eu sou assassino, outra coisa é ela ver eu praticar um assassinato.

Quer dizer, ela nem me deixou explicar, filho e mulher de Benjamim estão bem, aquela foi apenas uma duble que usei para torturar Benjamim antes de sua morte, eu não aceito traições e bem, ele escolheu o final dele, quanto ao feto, Marisa é uma prostituta da Cosa Nostra que engravidou do filho do presidente e ele mesmo mandou ela tirar, fora que ela não queria perder o emprego então fizemos isso por ela, eu não ia matar um inocente, Deus sabe que sou boa pessoa.

Rumia vai entender e vai me dar o coração dela, eu só preciso encontra-lá, o que está me irritando, nossas perseguições nunca demoraram tanto assim, eu paro para ouvir seus passos e sorrio quando sinto eles perto, bem, Rumia, não será dessa vez e você me deu permissão para tudo.

Mas eu pareço um louco correndo em todas direções e perdendo no segundo seguinte, meu coração começa a acelerar a medida que vejo o sol nascendo.

— Rumia.— chamo olhando todos os cantos.— Rumia? Onde você está?— corro procurando por ela, de jeito nenhum ela vai fugir, ela nunca conseguiu, não será dessa vez, — Rumia?— dou uma risada nervosa.— Rumia você não...— rio fraco.— você não me deixou real deixou? Rumia!— eu ouço uma respiração acelerada e fico mais calmo seguindo, ouço passos e finalmente corro na direção mas nada me leva a lugar nenhum.— Foda-se.

Pego meu celular e dou graças a Deus que tem rede, quando Rumia estava dormindo mais cedo eu coloquei a ela uns brincos que me ditam sua localização, eu tive esse sentimento de que ela fugiria a qualquer momento, sorrio vendo que ela está por perto, seguindo calmamente eu chego mais e mais perto, talvez ela desistiu de correr porque não ouço nada, nem passos nem respiração, quando o GPS apita que cheguei ao meu destino, eu olho para os lados, para cima e quando olho para os meus pés meu celular cai da minha mão quando vejo os brincos de Rumia no chão, eu seguro eles não perdendo o pequeno bilhete que estava ao lado.

" Você demorou
xoxo, C."

— Não. Não! Não! Não, porra não!— pego meu celular com as mãos trêmulas e ligo para Turken.

— Senhor Berlingam estava prestes a ligar, perdemos o sinal da senhorita Cora.— ele diz assim que atende.

— Não.— meu coração pesa e o arrependimento vibra, eu deveria ter contado antes, se Rumia não me queria antes, agora... puta que pariu, eu desligo a chamada de Turken e ligo para meu irmão com o coração pesado.

Marcus?— ele soa como quem acaba de acordar.— Marcus?— percebo que não falei nada quando ele me chama pela quinta vez.

— Cora... está com Rumia.— sussuro.

Oh meu Deus, estou indo para aí.— ele desliga e o celular desliza da minha mão, não tenho forças, subestimei Cora achando que tinha tempo, que ela não faria nada, mas ela é louca, sempre foi e sempre falava sobre as mil formas que queria assassinar a irmã, eu me odeio porque eu dei mais mil ideias de como isso poderia acontecer, e se ela contar para Rumia?

WHERE IS RUMIA?Onde histórias criam vida. Descubra agora