Capítulo 65

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MARCUS BERLINGAM

Depois de uma sessão de parabéns e inúmeras fotos, eu finalmente expulsei todos da minha casa, eu queria me casar de uma vez mas não imaginava a burocracia de tudo isso, as pessoas eram irritantes e não estavam me deixando aproveitar minha esposa em seu vestido branco.

Quando todos foram embora e Rumia falava com Bridget, a equipe que organizou o casamento também se concentrou em decorar o interior da minha casa, na sala de estar, velas e toda coisa iluminavam o ambiente, já havia me casado oficialmente com Rumia mas sentia que precisava de um momento a sós com ela. Por isso aqui estava eu, na sala da minha casa, nossa casa que já foi palco de tantos conflitos, estava agora iluminada por luzes suaves. A sala de estar, onde uma vez trocamos tiros, estava decorada com flores e velas, preparando o ambiente para o momento especial.

A porta da frente abre, revelando Rumia, vestida com seu vestido de noiva brilhante, o cabelo já estava quase desfeito provavelmente da agitação e danças com suas amigas, ela olha ao redor, posso ver em seus olhos que ela está sentindo o contraste entre o passado turbulento e o presente pacífico.

Rumia me encontra com o olhar. Seus olhos, que tantas vezes mostraram dureza, agora refletiam uma ternura e vulnerabilidade raras. Ela se aproxima lentamente de mim, suas bochechas vermelhas, algo que nunca imaginei que Rumia era capaz, ficar vergonhosamente tímida, seguro sua mãos nas minhas assim que ela me alcança, elas
tremem levemente, meu coração da um salto ao saber que mesmo apesar de tudo, seu corpo sempre esteve em contacto com o meu.

— Quer dançar? — minha voz soa rouca de emoção.

Rumia assentiu, um sorriso suave se formando em seus lábios. Ligo a música, uma melodia suave e romântica ecoa sobre as caixas de som presas em qualquer canto das paredes, a música era perfeita, lembrava que, apesar das circunstâncias difíceis de nossa relação, fazia lembrar do amor que compartilhávamos.

Movi ela em torno do ritmo lento a mantendo perto, sentindo a batida de seu coração contra o meu. O silêncio entre nós era confortável, cheio de significados não ditos. E acredito que nenhum de nós queria falar neste momento. A música preenchia o espaço, criando uma bolha de intimidade ao nosso redor.

Depois de alguns minutos, paro de dançar, segurando o rosto de Rumia nas minhas mãos, olho em seus olhos completamente rendido em como eles estão brilhantes e emocionados para mim.

— Rumia, eu preciso te dizer algo,— começo, minha a voz quebrando levemente. Planejei isso por dias porque, não fui um homem justo com Rumia. — Durante todo esse tempo, eu fiz coisas terríveis. Eu te machuquei, te manipulei. Eu te perdi, e quase te perdi de novo. Mas... você sempre foi a luz na minha escuridão. — era verdade, não luz, eu poderia dizer, ela completava a minha escuridão, mas acredito que isso não sairia muito romântico para minha esposa linda.

Seus olhos se iluminaram e ela me olhou mais profundamente, antes que ela produzisse algum pensamento, continuo com os olhos fixos nos dela.

— Eu me arrependo de cada dor que te causei. E sei que palavras não são suficientes, mas eu preciso que você saiba que eu te amo. Te amo mais do que qualquer coisa nesse mundo. E quero passar o resto da minha vida te mostrando isso. — digo, é piegas e brega demais, mas eu preciso que Rumia saiba que não sou todo mal, tenho um lado muito amoroso, quero que ela se sinta minha e amada, mesmo que eu vomite breguice por isso continuo. — Eu peço perdão, Rumia. Por tudo. Eu não sou um homem perfeito, e talvez nunca serei, mas eu prometo ser um homem melhor para você.

WHERE IS RUMIA?Onde histórias criam vida. Descubra agora