Olhos castanhos como o mel, que mais lindos ficavam a medida em que se encontravam com os feches de luz. Por segundos esqueci de todos os meus problemas, e me senti como se estivesse hipnotizado.
― Por acaso você não olha por onde anda? ― Perguntou o homem com a voz roca e grave.
― Me desculpe eu sou um pouco desastrado. ― Afirmei recolhendo os livros e me colocando em pé de imediato.
Rapidamente o entreguei os livros, e ele disse.
― Imagina se tivesse rasgado um desses livros, você tem noção de quanto custa cada livro desse?
― Eu já pedi desculpas, mas vejo que o senhor é bem mal-educado.
― Mal-educado eu?
― Só estou vendo um homem extremamente arrogante e pouco compreensível aqui.
― A vai se catar e da próxima presta mais atenção por onde você anda.
― Meu senhor não me faca perder o pouco de respeito que ainda tenho.
― Ou o que? Vai fazer o que? ― Indagou o homem.
Ergui o dedo e nesse momento me deparei com seu peito quase dilatado.
Resumindo, tive de me conter.
― Bom! Eu não vou me rebaixar ao seu nível.
― Ficou com medo de me encarar?
Revirei os olhos e de seguida, virei as costas e antes de sair pelo portão gritei chamando a atenção do mesmo,
― Seu palhaço, ridículo, vai se catar, eu hein!
o homem abanou a Cabeça em sinal de negação e de imediato entrei no carro, liguei o mesmo e sai dali o mais rápido possível.
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Apos César partir, Arthur sorriu e de seguida murmurou.
― Até que ele é bonitinho, mas o que tem de beleza tem de mal-educado também.
Arthur suspirou, e de seguida começou a caminhar apressadamente, poucos minutos depois o mesmo estava no meio do corredor do colégio, nesse momento o mesmo travou seus passos ao ver Vitoria a sua filha a metros de distância, conversando com Alex enquanto saiam da enfermaria.
― O que será que a vitoria estava fazendo na enfermaria com aquele garoto? ― Perguntou-se.
A metros de distância Vitoria estava indignada com o que havia acontecido com Alex.
― O Olavo é um idiota mesmo, como ele foi capaz de fazer uma coisa dessas! ― Disse vitoria.
― Relaxa, ele terá uma lição. ― Respondeu Alex sorrindo.
― Melhor não se meter em confusão Alex, a Diretora Helena já foi muita boa em não ter te dado uma suspensão.
― Relaxa Vitória, eu sei como fazer as coisas, mas que isso não ficará assim há não ficara mesmo.
Nesse instante, vitoria virou a cabeça para o lado onde deparou-se com Arthur estático com seus livros na mão, a mesma sorriu e logo caminhou em direção do mesmo deixando Alex de braços cruzados a sua espera.
― Papai! ― Disse sorrindo apos alcançá-lo.
― Não era suposto que estivesses na sala de aula agora? ― Indagou com feição de seriedade.
O sorriso nos lábios de Vitoria fechou-se rapidamente.
― Sim pai, mas acontece que
― Fala Vitoria! o que aconteceu, pois pelo que vi você estava na enfermaria com aquele garoto.
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DOCE ILUSÃO
RomanceEm Nova York, Cesar é um advogado renomado, conhecido por suas causas sociais, e sócio de seu amigo Aníbal Bittencourt em um prestigioso escritório de advocacia. Sua vida parece perfeita ao lado de Heitor, com quem compartilha um casamento de 18 ano...