Um largo sorriso formou-se nos lábios de Ester, pois, depois de muitos anos, enfim ela estava diante de sua filha.
― Minha filha. ― Disse Ester.
Vitoria nada disse, se não direcionar seus olhos a sua avó, que já chorava copiosamente de cabeça baixa.
― Me fala que nada disso é verdade e que eu vou acordar a qualquer instante desse pesadelo, por favor minha avó.
― Ela não é sua avó. ― vociferou Ester se aproximando. ― eu sim sou sua mãe, a única família que você tem.
Vitoria a ignorou e voltou a chamar atenção de Neiva.
― Avô? Por favor, fala alguma coisa. ― Falou desesperada.
Neiva levantou a cabeça e limpou suas lagrimas. O silencio instaurou-se naquele lugar, e a sede de respostas de Vitoria só crescia a cada segundo que se passava.
― O Artur não é seu pai, e ela é sim sua mãe. ― Disse Neiva, o que intensificou a dor em Vitoriam que se sentiu como se uma faca tivesse sido cravada em seu peito. ―Mas as coisas não aconteceram do jeito que essa mulher disse.
― Cala a boca Neiva. ― Retrucou Ester. ― para de confundir a minha filha, eu vou levá-la para longe dessa casa.
Neiva a encarou olhando-a fixamente.
― Porque você não conta para Vitoria, que você foi embora porque quis e para se casar com um homem rico? Porque você não conta que vivia dizendo, que ela era um empecilho para o futuro repleto de glorias que te aguardava ao lado daquele homem?
Vitoria arregalou seus olhos, e de seguida tomou a atenção de Ester que abanava a cabeça em sinal negação. Sua feição era de alguém que acaba de ser pega a fazer algo errado, e suas lagrimas pela raiva de ter sido pega.
― Se eu escondi a verdade de você, foi para te proteger, alias proteger você e o seu pai que são as pessoas que eu mais amo nessa vida. Agora me responda Ester. ― Falou em tom audível. ― porque você voltou? Porquê eu sei e tenho a certeza que não foi por amor a Vitoria, o que você pretende com tudo isso?
Ester virou-se de encontro a Vitoria, onde por seguinte pegou no rosto da mesma com suas duas mãos e disse.
― Não acredita nela, ela te enganou durante todos esses anos, eu sim te amo minha filha, eu sou sua mãe. A única e você tem de acreditar em mim.
― Me solta. ― Disse Vitoria em tom áspero.
Ester franziu a testa e disse.
― Minha Filha.
― Eu falei para me soltar.
Ester engoliu em seco e de seguida desvencilhou suas mãos do rosto de Vitoria.
― Quem é você?
― Eu já disse! sua mãe.
Vitoria sorriu sarcasticamente e de seguida disse.
― A vida toda eu sonhei em ter uma mãe. ― Falou Vitoria. ― e me perguntava todos os dias das mães, nas reuniões escolares o porquê de Deus ter tirado a senhora de mim. Por incrível que possa parecer, a única coisa me consolava era saber que você estava morta, pelo menos quando a gente sabe que o nosso pai ou mãe morreu sem os termos conhecido, não somos refréns da dor de saber que fomos rejeitados, a gente se agarra a memorias de momentos felizes que jamais aconteceram e jamais aconteceram, e para me manter viva foi nisso que eu me agarrarei, e não pense que foi o bastante, porque graças a essa mulher a minha avo, eu me tornei no que sou hoje. Por isso, eu digo com toda a certeza do mundo, que é nela que eu acredito, você não significa nada para mim.
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DOCE ILUSÃO
Roman d'amourEm Nova York, Cesar é um advogado renomado, conhecido por suas causas sociais, e sócio de seu amigo Aníbal Bittencourt em um prestigioso escritório de advocacia. Sua vida parece perfeita ao lado de Heitor, com quem compartilha um casamento de 18 ano...