Divina chegou em sua mansão enfurecida, com tudo o que acabara de acontecer na casa de Cesar, o que despertou a atenção dos empregados e em particular de sua governanta, Margot que surgiu na sala com feição apreensiva.
― Senhora, aconteceu alguma coisa? A senhora está bem? ― Indagou.
― É obvio que eu não estou bem. ― Disse sentando no sofá. ― Sabe o que eu mais odeio Margot? ― Completou gritando, o que fez com que a mulher se arrepiasse de medo dos pés a cabeça.
― Não sei Senhora? ― Respondeu tremula.
― Eu detesto perder o controlo da situação, afinal de contas eu sou uma rainha, uma estrela, a protagonista dessa história, mas isso não vem ao caso meu bem e sabe porquê?
― Não sei senhora.
― Aí que odio, você nunca sabe de nada Margot, mas tudo bem agora saia daqui e vá preparar um banho de sais no meu quarto. Enquanto você faz isso, eu vou verificar se o decrépito do meu marido não se borrou todo nas calças. ― Disse se colocando em pé.
Divina começou a caminhar em direção ao quarto de Alberto, que ficava no piso térreo da casa, quando travou seus passos.
― A nova enfermeira começa amanhã. ― Disse Margot.
― Só espero que essa não desista. ― Disse virando e tomando a atenção da mesma.
Com cautela nas palavras, Margot indagou,
― A senhora a demitiu, esqueceu?
― Com certeza devia ser muito incompetente para nem lembrar da cara dela.
― Talvez porque a senhora dificilmente entra no quatro do seu marido.
― Suponho que você não queira seguir o mesmo caminho da enfermeira.
― Qual caminho senhora?
― O caminho do olho da rua, agora vá preparar o meu banho sua serviçal insolente.
Margot, virou-se rapidamente e tentou correr em direção as escadas ignorando seu problema na perna, o que a fazia mancar com a pena esquerda, por trás Divina revirou os olhos e de seguida voltou sua atenção em direção a porta do quarto de Alberto.
Ao chegar ao quarto, a mesma fechou a porta e deparou-se com o mesmo na cama hospitalar ligado a vários aparelhos médicos como era o habitual, desde que o acidente aconteceu a vinte anos atras.
― Abra os olhos. ― Disse caminhando o que preencheu o espaço com o som de seu salto agulha. ― Eu sei que você não está dormindo Alberto. ― Completou já do lado da cama.
Alberto permanecia com os olhos fechados.
― E se eu te dissesse que seu filhinho querido, em breve vai sofrer tanto, mas tanto, que você vai desejar sair correndo dessa cama para salvá-lo. Mas é uma pena meu bem, afinal de contas você nunca vai sair dai.
Ao terminar sua frase, Alberto rapidamente abriu seus olhos com feição de desespero.
Divina começou a gargalhar, e nesse instante uma lagrima escorreu do canto do olho esquerdo de Alberto.
― Eu sabia que você estava acordado, seu malandrinho. ― Disse apertando sua bochecha enquanto gargalhava. ― estava escutando tudo e me deixou falando sozinha, mas que feio Alberto, então parece que o senhorzinho entende tudo que acontece ao redor, e então adivinha o que eu vou fazer agora.
Divina retirou de sua bolsa, uma ampola e uma seringa, e de seguida retirou todo líquido da ampola e testou a seringa ao alto. Alberto aquela altura, arregalou seus olhos começando a fazer movimentos de espasmos pelo rosto, exalando o medo, e desespero do que estaria por vir.
― Graças a isso, você nunca sairá dessa cama. ― Afirmou gargalhando e de seguida injetou o líquido da seringa no balão do soro.
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No dia seguinte, Heitor chegava ao enorme edifício espelhado da construtora Cever, o mesmo desceu de seu carro em frente a entrada e logo veio um Chofer pegar nas chaves do automóvel. Naquele momento, Heitor caminhou em direção as escadas quando acabou travando, apos escutar seu nome através de uma voz grossa e não familiar.
― Heitor Cever. ― Gritou Artur.
A atenção das pessoas ao redor foi despertada.
Heitor virou-se para trás e antes de cogitar responder, levou um soco que o fez cair ao chão fazendo com que todos ao redor ficassem boquiabertos, ao mesmo momento em que filmavam o ocorrido.
― Ninguém vai construir nada na vila Madalena, aquele terreno não te pertence mais.
― O quê é isso, você está louco? ― Indagou enquanto tocava sua boca que já sangrava.
― Louco estava você quando pensou que poderia construir alguma coisa ali, por acaso você não tem sentimentos, não imaginou que iria tirar o lar de milhares de famílias inocentes?
Com certa dificuldade Heitor colocou-se em pé e de seguida disse.
― Eu não sei quem você é. ― Vociferou Heitor.
― Não sabia antes, porque a partir de hoje eu não vou descansar enquanto não destruir você e todos que estiverem envolvidos nesse teu plano sujo.
― Isso não vai ficar assim, você vai pagar muito caro por isso, seu marginal. ― Respondeu e de seguida virou-se e subiu as escadas do edifício da construtora.
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Cesar estava mexendo em processos em sua sala no escritório de advocacia, extremamente concentrado o mesmo assustou-se apos a entrada repentina de Aníbal.
― Cesar olha isso, o Heitor levou uma surra e esta em todas as redes sociais.
De imediato César levantou-se e deu a volta a mesa.
― Oque?
― Veja com seus próprios olhos. ― Afirmou entregando-lhe o celular.
Cesar pegou no celular e ao ver Artur, seus olhos se arregalaram ainda mais.
― É ele. ― Afirmou boquiaberto.
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DOCE ILUSÃO
RomansaEm Nova York, Cesar é um advogado renomado, conhecido por suas causas sociais, e sócio de seu amigo Aníbal Bittencourt em um prestigioso escritório de advocacia. Sua vida parece perfeita ao lado de Heitor, com quem compartilha um casamento de 18 ano...