Capítulo 32

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― Heitor, o que você veio fazer aqui? ― Indagou Cesar atónito. ― Como você se atreve a entrar desse jeito na minha sala? ― completou com feição de incredulidade.

― Hoje eu recebi a Comunicação extrajudicial sobre o seu pedido de divorcio.

― Que noticia ótima.

― Ótima para quem Cesar? Só se for para você, mas não se alegre tanto, porque eu nunca, escute bem, nunca vou te dar o divorcio. ― Afirmou com a voz carregada de odio.

― O que você ganha com isso Heitor? querendo ou não eu vou me divorciar de você.

― Eu nunca vou deixar o seu caminho livre para ficar com esse imbecil.

― Se você não quiser sair daqui, com a cara amassada como da última vez, sugiro que se retire. ― Afirmou Artur.

― É nisso que você confia?

― Para pessoas como você, não existe outro método se não esse.

― Você é mesmo um imbecil, um analfabeto, isso é típico de gente da tua cor. Escuta aqui Cesar, eu não vou deixar que os meus filhos estejam perto desse homem, se prepara porque eu vou tirar a guarda do Alex e da Alice de você.

― Eu é que não vou deixar que os meus filhos estejam perto de pessoas como você,

― Como eu?

― Sim! que se acham superiores simplesmente por causa da cor da pele. O Artur, não é menor que você por ser negro, mas com certeza é muito maior, e sabe porque, porque ele tem carater e valores, que você nunca teve e com certeza jamais terá. O que você acabou de cometer, foi o crime de injuria racial e não é a primeira vez que você faz isso, por isso, e eu faço questão de denunciar você a polícia, e quem sabe assim você aprende alguma coisa.

― Tente, você não vai conseguir nada com isso.

― Isso nos veremos, agora saia daqui e não volte mais, caso contrário eu vou pedir uma medida restritiva contra você.

― Isso não vai ficar assim, escreva e grave na tua cabeça Cesar.

Heitor virou-se e saiu porta fora extremamente furioso.

― Me perdoa Artur, você não merecia ouvir aquelas coisas horríveis que o Heitor disse. ― Disse Cesar visivelmente incomodado.

Artur sorriu e de seguida colocou seu dedo indicador na face esquerda de César e disse.

― Eu não tenho nada a perdoar meu amor.

― Sério?

― Muito sério, fiquei feliz por ver você me defendendo do seu ex. marido, e mais feliz ainda por saber que o seu pedido de divorcio já foi feito.

― Não existe mais espaço para o Heitor na minha vida.

Artur sorriu e de seguida envolveu Cesar em seus braços musculosos, dando-lhe a sensação de proteção que o fez encolher-se.

― Você é tudo para mim. ― Sussurrou Artur.

֍

Divina estacionou seu carro em frente a casa de Cesar, e ficou ali por longos minutos atenta a porta, até que viu uma mulher trajada de uniforme de enfermeira sair, com um saco de lixo que pretendia deixar na caçamba que estava na calcada.

Rapidamente a mesma desceu do carro, e caminhou em direção da mulher, aquela altura a mulher depositava o saco de lixo na caçamba e estava prestes a virar para caminhar em direção da porta.

― Você. ― Disse Divina despertando a atenção da mulher.

― Sim no que posso ajudar?

― Qual é seu nome? ― indagou Divina.

― Sofia.

― Lindo nome, igual a da minha filha. ― Afirmou com feição de tristeza.

― Nossa muita conscidência.

― Muita, a minha filha teve um acidente e desde então ficou entrevada na cama.

― Meu Deus, sinto muito.

― Enfim, eu estava passando e vi você e logo lembrei que estou procurando por uma enfermeira para minha filha querida, a que tenho é incompetente e como eu sou uma mãe cuidadosa, me vejo na necessidade de procurar o melhor para a minha filha.

― Se for isso eu posso ajudar a senhora, conheço muitas e de confiança.

― Se que sim. ― Afirmou com feição maliciosa. ― se não for invasiva você pode me dar seu número de telefone para podermos entrar em contacto, eu morro aqui nesse condómino na rua de trás.

Sofia assentiu e de seguida passou seu número de telefone para Divina, onde também marcaram um encontro para a noite em sua casa, onde a mesma pediu por descrição.

Divina virou-se e caminhou em direção de seu caro, onde subiu no mesmo e deu partida. A metros de distância Alex que voltava da escola, observava tudo com feição de desconfiança. A enfermeira Sofia, sorriu e caminhou em direção da porta de entrada, onde adentrou trancando por seguinte.

Alex de imediato pegou no celular e discou o número de seu pai Cesar.

― Pai, acaba de acontecer uma coisa estranha aqui na porta de casa.

― Meu filho, o que aconteceu?

― Eu acabo de ver a minha avo, conversando com a Sofia, a enfermeira do avo Alberto, elas trocaram até número de telefone pai.

― A Divina deve estar aprontando alguma coisa, mas não se preocupe Alex, eu vou descobrir o que esta a acontecer. Mas não comente com ninguém o que você viu, eu quero e preciso agir em silencio.

Alex assentiu e de seguida desligou o celular.

DOCE ILUSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora