DOCE ILUSÃO

Capítulo 29

Algumas horas se passaram, e Aníbal estava sentado diante de Helena no restaurante italiano ao qual haviam combinado.

― Você devia ter chamado o Cesar também, faz tempo que agente não sai os três juntos. ― Disse Helena, enquanto dava um gole na taça de vinho.

― Amor, o César sumiu o dia inteiro.

― Será que aconteceu alguma coisa?

― Tomara que seja algo bom, mas eu sinto que ele foi atras do Artur.

― Artur o pai da Vitoria, aquela aluna la do colégio?

― Ele mesmo, o mesmo que deu um soco no cafajeste do Heitor.

― Não me diga que.

― Gente o Cesar não te contou?

― Meu Deus, eu jurei que não faria mais fofoca mais vamos lá.

― Você sempre diz isso.

Aníbal gargalhou e de seguida disse.

― Faz mais de um mês que o Artur beijou o César, e claro nê o César todo certinho mandou aquele bonitão pastar, e não preciso dizer que durante todo esse tempo ele vivia suspirando por todos os cantos e falando no Artur, você acredita que ele chegou a colocar o caso do Artur nas minhas mãos com intuito de se afastar?

― Sério? ― Indagou Helena boquiaberta.

― Muito sério amor, e não duvido em nada se ele foi atras do Artur hoje, e se foi eu torço bastante por eles, quem sabe assim ele esquece o traste do Heitor.

― Seria ótimo, já imaginou a cara de tacho do Heitor sabendo disso. ― Disse gargalhando.

― Eu pagava para ver. ― Disse tomando um gole de vinho.

― Mas me conta.

― Contar o que? ― indagou se fazendo de despercebido.

― A história do Joseph, eu sei que ele ter voltado de abalou e muito.

― Adianta mentor?

― Esta escrito nos seus olhos, vai me conta.

Aníbal começou a contar toda a sua história com Joseph, e quando terminou a feição de tristeza estava estampada em seu rosto.

― Que canalha. ― Disse Helena incrédula.

― Agora entendeu porque que eu não quero ver aquele homem, lindo gostoso, e tudo de bom, pintado de ouro?

Helena gargalhou e de seguida disse.

― Disfarça.

― Hamm! o que?

― Não olha para trás, ele está aqui.

― Aqui?

― Sim entrando com uma mulher, e linda por sinal.

― Que cachorro.

― Hi! ele nos viu e acenou para mim. ― Disse Helena falando disfarçadamente, ao mesmo momento em que levantou sua taça em sinal de cumprimento.

― Vou levantar agora.

― Disfarça menino e fica aí sentado, hi! ele está vindo. ― Disse Helena olhando para o lado.

― Mentira, o que eu faço Helena?

― Nada, haja normalmente.

Poucos minutos depois.

― Boa noite, vocês por aqui? ― Disse Joseph por trás da cadeira de Aníbal.

Naquele momento o mesmo sentiu um ar frio viajar por toda a sua espinha.