Capítulo 10

54 7 3
                                    

Cesar não respondeu a Aníbal naquele momento, pegou em sua pasta e seu casaco e saiu porta fora, deixando seu amigo cheio de dúvidas sobre quem era aquele homem, e de onde Cesar o conhecia a ponto de abalá-lo.

Dentro do elevador, César pensou.

― O Heitor vai ter de me explicar o que aconteceu, e de onde ele conhece aquele homem.

֍

Aquela altura Helena colocava a mesa do café com feição de tristeza apos o ocorrido da noite passada. Helena mal pregou o olho e permanecia angustiada com tudo o que estava a acontecer em sua família, naquele instante sua atenção foi desperta apos Renato surgir na sala com a mochila nas costas e dirigir-se a porta sem proferir nenhuma palavra.

― Renato― Disse Helena despertando sua atenção. ― você não vai tomar o café antes de ir ao colégio?

― Não obrigado! ― Disse enquanto segurava a maçaneta.

― Você não pode sair assim, nos precisamos conversar com Renato.

Renato largou a maçaneta e voltou a atenção a sua mãe.

― Conversar sobre o que? ― Indagou com tom áspero. ― já sei sobre o meu pai bêbado ou sobre você que acha que é uma general de um exército militar?

― Não fale assim com sua mãe Renato. ― Vociferou Rogério surgindo do corredor.

― O senhor não é ninguém para me dar lição de moral. ― Esbravejou.

― Eu sou seu pai, me respeita menino.

― Você é um bêbado isso sim, que exemplo acha que poderá me dar? agora me deixem em paz que eu já estou de saco cheio de vocês.

Renato virou-se e pegou na maçaneta, no entanto, travou, apos o chamado de sua mãe.

― Espera meu filho, nos podemos ir juntos para o colégio e

― Eu não quero ir para lugar nenhum com a senhora, agora me deixe em paz, que eu conheço o caminho daquele maldito colégio.

Renato abriu a porta rapidamente, e saiu batendo-a forte. Aquela altura do canto do olho de Helena escorreu um pingo de lagrima, e sem forcas a mesma puxou a cadeira da mesa de refeições e sentou-se. Rogério aproximou-se lentamente por trás e tocou em seu ombro.

― E só uma fase querida.

― Uma fase? ― Indagou levantando e tomando a atenção de Rogério. ― Será que você não percebe que a cada dia que passa a nossa família esta se destruindo e tudo por culpa sua?

― Helena me perdoe eu.

― O que você fez não tem perdão Rogério. ― Esbravejou o esbofeteando. ― E escute bem o que eu vou dizer agora! ontem foi a última vez que eu fui buscar você bêbado no meio da rua, eu muito menos o meu filho não merecemos passar por isso, e se for para escolher entre vocês, não duvide eu escolho mil vezes o meu filho.

Helena virou-se e caminhou rapidamente em direção a porta onde pegou sua bolsa que estava no pendurado de casacos, e saiu porta fora deixando Rogério estático ao meio da sala.

֍

Na construtora Cever, Artur estava em sua sala possesso de raiva enquanto limpava o sangue do canto da boca com um algodão, sua secretaria aquela altura estava estática com o kit de primeiros socorós aguardando por próximas recomendações.

― Descubra quem é aquele homem. ― Disse Heitor.

― Sim senhor, mas se me permite o que o senhor pretende fazer?

― Obvio, colocá-lo na cadeia por agressão, ele vai se arrepender do dia que ousou cruzar o meu caminho.

A secretaria arregalou seus olhos e nesse momento César adentrou pela sala.

― Você não vai fazer nada Heitor, porque eu não vou deixar. ― afirmou.

DOCE ILUSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora