Capítulo 31

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16 anos se passaram, e a mulher que havia lhe abandonado com uma filha pequena, estava diante de seus olhos, e em sua porta trajada de roupas e acessórios luxuosos. Ao ver-lha, Artur permanecia perplexo, pois, acreditava que aquele dia jamais chegaria, porque olhando para mulher de cima a baixo, estava notório que ela conseguiu toda riqueza ao qual a mesma foi buscar sem se importar com sua família, e principalmente com sua filha, Vitoria.

― Nos precisamos conversar. ― Disse a mulher.

Artur de imediato recuou seus passos para dentro, onde tentou fechar na porta, no entanto, a mulher colocou seu pé e de seguida empurrou a porta, entrando de seguida na sala.

― Vai embora daqui Ester. ― Esbravejou Artur visivelmente atordoado.

― Você não pode fugir dessa conversa Artur.

― Ester, Não existe nada a ser conversado.

― Existe sim, e é sobre a minha filha a Vitoria.

― Não se atreva a pronunciar o nome da minha filha.

― Ela é minha filha também, e isso você não pode mudar mesmo que queira.

― Posso sim.

― Eu tenho os meus direitos Artur, como mãe. ― Esbravejou. ― eu tenho o direito de conhecer a minha filha.

― Mãe você nunca foi, você perdeu todos os seus direitos quando nos abandonou. ― Vociferou. ― eu poderia suportar porquê você não era obrigada a me amar muito menos a ficar comigo, mas a sua filha Ester? Um bebé, você tem ideia do sofrimento da minha filha todos os dias das mães que ela passou na escola sem ter a quem fazer um desenho em homenagem ou um simples presente?

― Artur eu

― Cala a boca e me escuta. ― Esbravejou a cortando. ― você tem ideia do que eu tive de fazer para fechar um buraco que você abriu na vida dela com a sua ausência? Não! essas são questões que pessoas como você jamais teriam a resposta, afinal de contas ser mãe de uma menina na flor da idade com uma vida inteira pela frente, uma juventude invejável, era maior que o sentimento de abandono que você causaria na Vitoria.

― Eu não deixei a minha filha desamparada, você era o pai. O que você queria Artur? Que eu ficasse nessa casa, contando moedas com mil dificuldades ao seu lado? Não Artur! eu queria mais, muito mais, uma vida maior, um amor maior, tudo, absolutamente tudo que você não poderia me dar, e vejo que mesmo depois de 16 anos você continua não podendo me dar a vida que eu mereço.

― E porque você voltou? Olha ao seu redor Ester, como você mesma disse, nada mudou, a casa continua a mesma, eu continuo o mesmo mecânico pobre e sem fortunas, nada mudou. Volta para o castelo de riquezas de onde você veio, e nos esqueça, aqui ninguém precisa de você.

― A minha filha precisa.

― Não, a Vitoria não precisa de você, e sabe porquê? Porque você morreu.

Naquele instante, Ester arregalou seus olhos e de seguida disse.

― Eu não acredito que você fez isso Artur.

― Fiz sim, e faria tudo de novo. Para Vitoria você morreu e se isso te consola, eu pintei um quadro lindo acerca de você para ela, mesmo sabendo que você a abandonou sem piedade alguma. Por isso, vá embora e não volte nunca mais, deixe a Vitoria acreditar na fantasia que a mãe dela sempre a amou, e não que foi embora por causa de dinheiro.

― E você acha que a Vitoria vai te perdoar, por esconder a verdade dela? Você mentiu fez ela acreditar que a mãe dela estava morta e acha que isso vai ficar assim? Eu errei sim Artur, mas você não fez diferente.

DOCE ILUSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora