Capítulo 24

52 7 7
                                    

Divina suspirou e rapidamente deixou cair a seringa ao chão juntamente com sua bolsa, ao mesmo instante em que se virou de encontro a Cesar.

― Que barulho foi esse? ― Perguntou Cesar adentrando ao quarto com ar de desconfiança.

Naquele instante Divina chutou a seringa para de baixo da cama, e de seguida disse.

― A minha bolsa caiu ao chão.

Divina agachou-se e pegou na bolsa voltando a atenção a Cesar, que se encontrava de braços cruzados.

― Esqueceu como se bate na porta? Quase me matou de susto. ― Completou Divina.

― A sua consciência deve estar muita pesada, eu só me pergunto o que mais de ruim e a quem você ainda pode ser capaz de fazer.

― Me poupe, afinal de contas o que você veio fazer aqui na minha casa?

― Sua casa? ― indagou incrédulo com o tom sarcástico.

― Claro que sim.

― Essa casa e tudo que nela contem é do meu pai, e que eu me lembre ele ainda não morreu e mesmo que isso acontecesse você não teria direito a nada.

Enfurecida Divina rebateu.

― Você não sabe do que diz.

― Pelos vistos é você quem não sabe do que diz, a não ser que você queira que eu te lembre de onde você veio, ou melhor do buraco que você brotou.

― Cala a boca.

― Porquê? Doi ouvir as verdades? Mas força para ferir e destruir a vida de todos a sua volta sem se importar, você tem.

― Ponha-se no seu lugar.

― Que lugar? de seu filho? Porque isso eu nunca fui e você deixou bem claro, mas eu confesso que aceitar isso e entender foi difícil, violento demais. Mas agora eu queria que você soubesse que eu não só aceito como eu prefiro, eu não sou o seu filho e você não é a minha mãe. Está bem assim? Porque mãe é uma coisa que eu nunca tive e só agora eu entendi, e antes tarde do nunca, porque uma mãe capaz de fazer o que você fez, me desculpe.

― Você acha mesmo que eu obriguei o Heitor a ficar comigo? Que eu carreguei ele no colo como se fosse um menino incapaz de decidir sobre seus desejos e escolhas? Você me culpa e me condena, mas esqueci que a escolha foi dele, foi ele quem jurou fidelidade a você e não eu.

― Chega Divina. ― Esbravejou Cesar. ― Chega! a minha cota de boa vontade, e negação acabou. De mim você não tira mais nada, muito menos a dor de saber que a mulher que me gerou é um ser humano desprezível.

― E o que você vai fazer? me deletar e fingir que eu não existo? Eu lamento meu filho querido, mas o sangue que corre em suas veias é e sempre será o meu.

― Essa e à parte ruim da vida, e quem me dera que Deus pudesse nos dar a graça de escolher quem serão nossos progenitores, porque assim eu não precisaria ter me cruzado com você um dia.

Divina aproximou-se e de seguida disse.

― Você vai pagar muito caro por tudo isso, ta pensando o que que vai ser fácil me destruir?

Cesar rapidamente pegou em seu braço e de seguida empurrou-a para fora do quarto, onde por seguinte trancou a porta por dentro. Divina por sua vez, começou a bater na porta enfurecida.

― Você não tem esse direito, abra essa porta Cesar, quem você pensa que é.

― Você vai ficar longe de mim e do meu pai e de todos que eu amo, você não presta e merece morrer sozinha. ― Esbravejou Cesar.

DOCE ILUSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora