Divina suspirou e rapidamente deixou cair a seringa ao chão juntamente com sua bolsa, ao mesmo instante em que se virou de encontro a Cesar.
― Que barulho foi esse? ― Perguntou Cesar adentrando ao quarto com ar de desconfiança.
Naquele instante Divina chutou a seringa para de baixo da cama, e de seguida disse.
― A minha bolsa caiu ao chão.
Divina agachou-se e pegou na bolsa voltando a atenção a Cesar, que se encontrava de braços cruzados.
― Esqueceu como se bate na porta? Quase me matou de susto. ― Completou Divina.
― A sua consciência deve estar muita pesada, eu só me pergunto o que mais de ruim e a quem você ainda pode ser capaz de fazer.
― Me poupe, afinal de contas o que você veio fazer aqui na minha casa?
― Sua casa? ― indagou incrédulo com o tom sarcástico.
― Claro que sim.
― Essa casa e tudo que nela contem é do meu pai, e que eu me lembre ele ainda não morreu e mesmo que isso acontecesse você não teria direito a nada.
Enfurecida Divina rebateu.
― Você não sabe do que diz.
― Pelos vistos é você quem não sabe do que diz, a não ser que você queira que eu te lembre de onde você veio, ou melhor do buraco que você brotou.
― Cala a boca.
― Porquê? Doi ouvir as verdades? Mas força para ferir e destruir a vida de todos a sua volta sem se importar, você tem.
― Ponha-se no seu lugar.
― Que lugar? de seu filho? Porque isso eu nunca fui e você deixou bem claro, mas eu confesso que aceitar isso e entender foi difícil, violento demais. Mas agora eu queria que você soubesse que eu não só aceito como eu prefiro, eu não sou o seu filho e você não é a minha mãe. Está bem assim? Porque mãe é uma coisa que eu nunca tive e só agora eu entendi, e antes tarde do nunca, porque uma mãe capaz de fazer o que você fez, me desculpe.
― Você acha mesmo que eu obriguei o Heitor a ficar comigo? Que eu carreguei ele no colo como se fosse um menino incapaz de decidir sobre seus desejos e escolhas? Você me culpa e me condena, mas esqueci que a escolha foi dele, foi ele quem jurou fidelidade a você e não eu.
― Chega Divina. ― Esbravejou Cesar. ― Chega! a minha cota de boa vontade, e negação acabou. De mim você não tira mais nada, muito menos a dor de saber que a mulher que me gerou é um ser humano desprezível.
― E o que você vai fazer? me deletar e fingir que eu não existo? Eu lamento meu filho querido, mas o sangue que corre em suas veias é e sempre será o meu.
― Essa e à parte ruim da vida, e quem me dera que Deus pudesse nos dar a graça de escolher quem serão nossos progenitores, porque assim eu não precisaria ter me cruzado com você um dia.
Divina aproximou-se e de seguida disse.
― Você vai pagar muito caro por tudo isso, ta pensando o que que vai ser fácil me destruir?
Cesar rapidamente pegou em seu braço e de seguida empurrou-a para fora do quarto, onde por seguinte trancou a porta por dentro. Divina por sua vez, começou a bater na porta enfurecida.
― Você não tem esse direito, abra essa porta Cesar, quem você pensa que é.
― Você vai ficar longe de mim e do meu pai e de todos que eu amo, você não presta e merece morrer sozinha. ― Esbravejou Cesar.
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DOCE ILUSÃO
Lãng mạnEm Nova York, Cesar é um advogado renomado, conhecido por suas causas sociais, e sócio de seu amigo Aníbal Bittencourt em um prestigioso escritório de advocacia. Sua vida parece perfeita ao lado de Heitor, com quem compartilha um casamento de 18 ano...