Capítulo 50 |Reta Final

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Tudo começava a fazer sentido aos olhos de Cesar. Por conta, de toda a rejeição, e falta de amor que não recebeu daquela que acreditava ser sua mãe.

Tudo quanto Divina havia cometido, lhe era difícil de acreditar ou aceitar que era real, e em meio a dor e busca incessante por respostas, ele se perguntava como uma mãe poderia ser tão cruel ao ponto de fazer o que ela fez? Como?

Nada, absolutamente nada do aconteceu até aquele dia fazia sentido. Pois, em determinado momento de sua vida, o único pilar pelo qual ele poderia se agarrar, era o da conformidade. E quem sabe, um pouco de sua sanidade mental, poderia se salvar.


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― Essa é a melhor noticia que eu recebi. ― Afirmou Cesar.

― Estamos em pé de igualdade. E pelos vistos você na saba dessa história.

― Agora sei, e tudo faz sentido na minha cabeça. Saber que não fui gerado por um ser como você, foi o melhor presente que eu poderia receber nesse lugar. Não tentativa de me fazer sentir-se mal, você conseguiu me trazer a maior alegria da minha vida.

― Eu vou encontrar a sua mãe, e vou acabar com ela. ― Falou em tom de ameaça. ― Eu fiz isso uma vez, e não será difícil fazer de novo.

― Porque todo esse odio? Porquê? ― disse Cesar em tom apreensivo.

―Pergunta ao seu pai. Upsi! eu esqueci, ele não pode falar nem se mexer, e se Deus quiser, vai ficar assim para o resto da vida.

Divina retirou o telefone do ouvido, e de seguida devolveu o mesmo. Levantou-se e antes de sair, olhou para Cesar fixamente exalando odio em sua feição, e ao fim virou-se e caminhou em direção a porta de saída.

Cesar aquela altura, devolvia o telefone tendo sua mente abarrotada de questões, das quais ele precisava sanar o quanto antes. O que o fez, decidir a ir à sala do diretor, com o intuito de pedir a concessão de uma chamada, direcionada para o seu advogado, que era Aníbal. Pois, ele sabia, que somente Aníbal poderia lhe clarificar, tudo quanto estava nublado em sua mente.


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No exterior do presidio, Divina adentrou ao seu carro furiosa e de seguida pegou no seu celular com as mãos tremulas e discou pelo número de Artur.

― Que demora para atender esse celular. ― falou em tom exasperado.

― Conseguiu arrancar alguma informação do Joseph? ― Perguntou Artur ignorando a fala de Divina.

― Fui a delegacia e ele não estava lá. Agora estou saindo do presidio.

― Foi visitar seu filhinho? ― Perguntou em tom sarcástico.

― Eu não estou para gracinhas Artur. Me fala onde você está agora?

― Bem em frente ao prédio do Aníbal.

― Assim que ele sair, lhe siga. E tenta descobrir alguma coisa, eu não consegui arrancar nada do Cesar.

― E não iria mesmo, o Cesar é muito esperto.

― Uma pena que você só descobriu isso agora. Tudo que estamos passando é por sua culpa Artur.

― Minha culpa?

DOCE ILUSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora