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Wuxian estava excitado. Como um universitário que estuda sobre a cultura chinesa como hobby, conhecer mais sobre o passado era muito cativante, principalmente quando se tratava dos clãs tão famosos que infelizmente não existiam mais.

A primeira vez que ouviu sobre os cultivadores foi quando era criança, em seus seis anos. Yanli o conquistou com as histórias dos destemidos clãs e Wuxian cresceu com essa curiosidade sobre o passado, o que explicava sua animação.

Depois de tantos séculos, relíquias de um clã específico foram encontradas e Wuxian não poderia estar mais feliz. Como o bom curioso que era, ele logo aprontou sua mochila e seguiu até Gusu para ver a exposição do clã Lan.

O ômega não parava de sorrir. Nem mesmo um ônibus lotado de feromônios conseguia estressá-lo ou desanimá-lo. Em seus fones, Kurt Cobain tocava no volume máximo para ele não ter que escutar a criança pirracenta que estava sentada ao lado dele.

Uma coisa era certa, nada poderia tirar o bom humor do Wei.

Quando finalmente chegou a Gusu, Wuxian saiu saltitando da rodoviária e seguiu seu caminho até o museu do centro da cidade. Apesar de ser a primeira vez dele naquela cidade, Wuxian não se perdeu, afinal, pesquisou muito sobre a cidade para não perder tempo na rua.

Exatamente às dez da manhã ele estava de frente para a construção antiga que lhe causava conforto. Se não fosse a pressão da família para ele fazer uma faculdade mais séria, ele com certeza seria um historiador.

Com um sorriso maior que a boca, ele entrou saltitando, fazendo a fita vermelha que amarrava seu cabelo balançar de um lado para o outro.

Pegou o celular para conferir se seu irmão já havia chegado e percebeu uma mensagem dele, dizendo  que estava em um engarrafamento e chegaria em vinte minutos.

-Lamento, A-Cheng, mas eu não vou ficar te esperando aqui.- Voltou a guardar o celular e seguiu diretamente para a exposição do clã Lan.

Assim que entrou na área que queria, Wuxian olhou tudo com brilho nos olhos. A primeira coisa que viu foi um quadro que foi reconstruído e parecia ser uma cachoeira. Ele se aproximou e viu que tinha uma pequena nota abaixo da pintura.

- Cachoeira do Recanto das Nuvens. Segue intacta mesmo após a destruição do clã e nos mostra como a natureza é bela e eterna quando há respeito e nenhuma interferência exterior.- Wuxian voltou a olhar a pintura.- Como você sabe que não houve interferência exterior se eles desapareceram há tanto tempo?- Se questionou, coçando o nariz com o dedo indicador direito.

Deu de ombros e seguiu para o outro objeto que estava perto. Era um belo leque em tons de azul e branco, as cores do clã.

"Uau, ele foi pintado tão suavemente" Pensou admirado. Antigamente era algo muito comum e isso sempre cativou o ômega que sorriu e seguiu para uma mesa, vendo que tinha um livro grosso sobre ele.

-O livro de regras do clã Lan.- Wuxian então arregalou os olhos ao ver a grossura do livro.- Credo, isso tudo?! Eu sabia que tinham muitas regras, mais todo esse livro? - Estava indignado.- Sinto pena deles.- Estalou a língua e meneou em negação. - Eu não conseguiria seguir todas essas regras. Se bobear, tem até uma regra proibindo eles de respirarem.- Uma risada atrás dele o assustou e Wuxian se virou na mesma hora para encontrar Cheng de braços cruzados e um olhar zombeteiro.

-Você viveria no salão da punição e seria punido pelo próprio Hanguang Jun.- Wuxian riu.

-Todos sempre falam do Hanguang Jun, ele é tão mau assim?

-Não sei muito sobre ele, apenas que era um alfa muito frio e disciplinado.- Deu de ombros.- Vamos continuar vendo essas velharias ou você já quer ir embora?- Perguntou mesmo sabendo que Wuxian seria capaz de dormir naquele museu.

O destino que nos uneOnde histórias criam vida. Descubra agora