um partidão (+18)

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Kelvin

Antonella havia pedido para dançar comigo e acabou dormindo em meu ombro. E estava tão confortável ali que só percebi quando Rodrigo se aproximou para pegá-la.
– Eu e a Lu vamos levar ela pra casa, pra você e o Ramiro ficarem à sós um pouquinho
– Tem certeza? Vocês ficaram o dia todo com ela depois da escola
– Ta tudo bem, não é como se ela desse muito trabalho
Entreguei Antonella para ele, tomando cuidado para não acordá-la e deixei um beijinho em sua bochecha.
– Aproveitem a noite – Rodrigo sussurrou.
– Valeu – sussurrei de volta.
Observei o casal saindo do bar e depois varri o local com os olhos, buscando por Ramiro.
O encontrei sentado em uma das mesas e rodeado por várias das meninas do bar.
– Ele é um partidão, não é? – Cândida apareceu atrás de mim magicamente, me assustando.
– Ai, Gloriosa, que susto – dei risada, colocando uma das mãos no peito – Mas é... ele é mesmo um partidão – concordei, voltando a olhar para Ramiro.
– Como você está?
– Estou bem
– E com ele?
– Bem também
– Só bem?
Dei risada. Cândida queria arrancar mais do que uma resposta vaga de mim.
– Apaixonado, ta bom?
– Ah, essa é uma boa resposta
– Eu não falei antes porque achei que estivesse visível no meu rosto
– Ah mas está – ela assentiu – Eu só queria saber mesmo de você
– Eu to feliz – respondi sem conseguir evitar o grande sorriso em meu rosto.
– Ramiro é meu amigo de longa data, sabe? De início achei que ele ia engatar namoro com alguma das minhas meninas, ele é encantador o suficiente pra fazer elas sonharem com o amor perfeito – Cândida iniciou, me causando uma pontadinha de ciúmes por lembrar que ele já foi cliente das minhas amigas – Mas depois que vocês se conheceram, meu querido... – ela negou com a cabeça – estava claro como água que ele com qualquer uma daqui era só coisa de pele
– No começo de tudo, eu e ele éramos também só coisa de pele
Cândida negou avidamente com a cabeça.
– Nunca foi, meu filho. Eu reconheço um olhar de amor à quilômetros
– Pra ser sincero, não acho que o Ramiro me ama desde o começo, tipo, desde a primeira vez, sabe? Acho que fomos construindo nosso amor aos pouquinhos, nos detalhes
– Eu discordo de você. Foi justamente por causa da forma que ele te olhou naquela noite que fui atrás de você pra abrir uma exceção e transar com ele
A olhei, pensativo.
– Você é mais sábia, mais experiente, vou acreditar em você
– Acredite em mim, meu filho. Você e ele nunca foram só coisa de pele, são coisa de alma mesmo
– Que lindo – sorri, voltando meu olhar para meu noivo, que ria de alguma coisa que alguém disse.
– O quartinho de vocês ta abastecido e limpo, caso precisem
– Tudo bem, agradeço – dei risada.
– Já vou me recolher porque sou velha, boa diversão pra vocês
– Bom descanso, Gloriosa
– Não grite alto demais, por gentileza – ela pediu, já de costas.
Desencostei do balcão e andei em direção à mesa onde todos estavam.
– Atrapalho? – pergunto ao me aproximar.
– Jamais – Graciara negou – Estávamos falando de você
– De mim? – franzi a testa.
– Sim, de como você era um sem esperança para o amor quando trabalhava aqui – Polerina explicou.
– Ah, eu era mesmo – concordei – Nunca achei que iria conhecer o amor aqui no Naitandei
– No entanto... – Ramiro falou.
– Pois é, no entanto, conheci o meu futuro marido no Naitandei – me abaixei para enlaçar os braços ao redor do pescoço de Ramiro, deixando um beijinho em sua nuca.
– Olha só como as coisas são, né? – Ramiro sorriu pra mim.
– Vamos ali? – estendi minha mão para ele.
– Onde? – perguntou já se levantando e segurando minha mão.
– Te mostrar um pouquinho do meu amor
O puxei comigo ao som de gritos e provocações das meninas.
Conhecíamos muito bem o caminho até o quartinho em que costumávamos nos encontrar.
– Como nos velhos tempos – Ramiro sorriu me encostando na porta já trancada.
O calei encostando nossas bocas, sem realmente beijá-lo.
Ramiro se aproximou e eu recuei, olhando-o com um claro convite de desafio no olhar.
Ele mostrou um sorrisinho ladino e negou com a cabeça.
Sua mão tocou meu rosto, me segurando pelas bochechas e apertando o suficiente para meus lábios formarem um biquinho.
– Você. Vai. Me. Beijar.
Não precisei de muito, eu nunca precisava, avancei contra ele em um beijo extremamente regado pelo desejo e o tesão só de ouvir sua voz.
Gemi quando Ramiro agarrou uma de minhas coxas, apertando e desferindo um tapa que ecoou por todo o cômodo.
– Se esfrega em mim, porra
Ele enfiou uma de suas coxas entre minhas pernas e eu aproveitei o contato para me esfregar ali, desesperado para me aliviar do aperto da calcinha.
– Rams, que tal pular as preliminares? Eu vou colapsar se demorar demais
– Amor, fizemos isso ontem
– Mas não assim – neguei com a cabeça – Não quero me segurar ou tentar não fazer barulho, preciso que você me coma com força até eu não aguentar mais
– Cuidado com o que você pede...
– É isso que eu quero – assenti, olhando-o nos olhos.
Sem falar mais nada, ele me tira do chão, me jogando com certa agressividade na cama.
Me apoiei em meus cotovelos e observei Ramiro tirar meus sapatos, distribuindo beijos molhados dos meus pés e toda a extensão de minhas pernas até muito perto da virilha.
– Quer ajuda pra tirar a sainha?
– Não pode rasgar?
– Não! – neguei imediatamente, tirando uma risada gostosa dele.
Levantei o quadril e ele puxou devagar, tomando cuidado para realmente não rasgar a peça de roupa.
Estremeci quando sua mão passou por cima do meu pau, acariciando devagar e apertando entre os dedos.
Com uma habilidade admirável, Ramiro conseguiu tirar a calcinha que eu estava usando sem necessariamente tirar o body, afastando o mesmo para me libertar do aperto dolorido.
Fechar os olhos foi automático quando a boca do homem me acariciou tão deliciosamente. Minha cabeça pendeu para trás e meus lábios se entreabriram emitindo um som sensual que não chegava perto de tentar exprimir o que eu realmente estava sentindo.
Não demorou até que meu corpo ficasse mole e eu não conseguisse mais mantê-lo firme de nenhuma forma, me fazendo deitar no colchão.
E Ramiro conhecia meu corpo tão bem quanto eu, ele sabia reconhecer meus sinais, por isso parou de me chupar quando eu estava à beira de gozar em sua boca.
Observei ele se afastar para tirar toda a roupa e voltar a se deitar sobre mim.
Aproveitei a proximidade para passar a mão por seus braços fortes, me sentindo o mais sortudo do mundo.
– Você é tão meu – sussurrei com a posse palpável em minha voz.
– Eu sou o que?
– Meu. Meu macho
– E o que você quer que seu macho faça?
– Que me foda bem gostoso
– É? – Ramiro perguntou com um sorrisinho no rosto.
– É – assenti, tocando-o máximo que eu pudesse, cada curva, cada músculo irritantemente proeminente e visivelmente esculpido por deuses.
– E se eu não quiser foder você agora?
– Eu vou ter que implorar
– Isso me parece muito divertido, mas... – ergui as sobrancelhas aguardando a continuação da frase – Acho muito mais divertido te ouvir implorando pra eu ir mais fundo, mais forte, mais rápido... – murmurou perto do meu ouvido, roçando a glande suavemente em minha entrada.
Apesar de saber que ele não iria entrar em mim naquele momento, meu corpo se encheu de uma expectativa que evaporou em segundos quando ele se afastou.
Estendeu uma das mãos para me ajudar a levantar e eu o fiz, mesmo sem entender o que ele queria.
Antes de se afastar completamente, Ramiro me puxou pela cintura e afastou meu cabelo com a outra mão, deixando meu pescoço livre para um caminho de beijos e um beijinho em meus lábios.
Um sorrisinho tímido surgiu em meus lábios quando meus olhos encontraram os dele e Ramiro tocou nossos narizes em um beijinho de esquimó.
O ambiente esfriou quando ele se afastou e eu aproveitei enquanto ele pegava preservativos e lubrificante, para arrancar as unhas postiças.
De um jeito nada educado, eu estava as arrancando usando os dentes e Ramiro parou ao meu lado, franzindo as sobrancelhas.
Jogou as coisas em cima da cama e perguntou:
– Por que ta tirando?
– É difícil segurar, arranhar ou tocar coisas com elas – respondi distraído e não liguei muito quando meu noivo agarrou minha mão livre para tentar me ajudar a tirar, não tendo muito sucesso. – É mais fácil com os dentes – expliquei.
– Não vou morder esses dedinhos – ele riu, mostrando a diferença entre nossas mãos.
Mas uma outra coisa também chamou atenção dele e percebi que estava olhando a aliança em meu dedo.
– Ta arrependido, é?
Ele me olhou no mesmo segundo, com a testa franzida.
– Você quer levar uns tapas na bunda pra parar de falar essas coisas?
Fiz uma expressão de estar considerando a ideia.
– Não seria má ideia
Ele riu, se aproximando mais para morder meu lábio, iniciando um beijo que me arrepiou da cabeça aos pés.
Ramiro se posicionou atrás de mim e com uma das mãos me fez inclinar sobre o pequeno móvel onde eu estava colocando minhas unhas.
– O que? – perguntei sem entender o que ele queria fazer.
– Inclina mais um pouquinho
– Amor, espera aí, falta pouco
– Continua, só vou fazer um carinho em você
Me inclinei como ele pediu e afastei as pernas conforme ele me pedia apenas pelo toque.
Ramiro separou minhas nádegas e senti minhas forças me deixando ao sentir o toque de sua língua em meu orifício.
Mordi o lábio, segurando um sorriso safado que surgiu em meu rosto.
Tentei focar em continuar tirando as unhas mas ficava quase impossível com Ramiro enfiando a língua em mim.
Assim que a última unha foi arrancada, com muito custo, uma de minhas mãos foi até os cachos de Ramiro, afundando seu rosto ainda mais entre minhas nádegas.
Quando eu estava mole o suficiente pra derreter no chão, Ramiro se sentou na cama, colocando o preservativo e espalhando o lubrificante por toda sua extensão.
– Vira de costas – ele mandou e meu corpo obedeceu no mesmo momento.
Suas mãos me trouxeram para mais perto e senti seus dedos espalhando também um pouco de lubrificante por mim.
Me sentei em uma de suas coxas, roçando suavemente em seu pau duro e recostando em seu corpo.
– Você não vai sentar?
– Hã? – fingi uma cara de desentendido.
Ramiro afastou meu cabelo para um lado só, passando levemente o nariz por meu pescoço, deixando um beijo atrás de minha orelha.
– Senta bem gostoso no pau do seu macho
– Fala mais uma vez
– Eu to mandando você sentar no meu pau
Com um gemido, levantei o suficiente pra encaixá-lo em mim, descendo devagar, sentindo-o me alargar aos poucos.
Segui em um ritmo lento que provavelmente deixava Ramiro nos nervos, apenas subindo e descendo, sentindo-o dentro de mim.
Nessa provocação, ele perdeu a paciência e se levantou, ainda dentro de mim.
Me encostou na parede mais próxima e continuou as estocadas fortes e fundas, me fazendo gemer alto, do jeitinho que eu gostaria de fazer sempre e não podia por termos vizinhos próximo demais.
Achei que ali iria ser o meu fim.
Eu estava explodindo de tesão e me segurando para não gozar logo, queria prolongar a noite, queria aproveitar cada segundo com ele.
– Amor, para um pouquinho – apertei seu pulso, o que não tinha sido machucado, que segurava minha cintura.
Ramiro parou lentamente, saindo de dentro de mim.
– Te machuquei?
– Não, mas se continuasse, eu ia gozar logo e aí não ia ter graça – virei de frente pra ele.
– Claro que ia – Ramiro me suspendeu, me encostando na parede – Eu ia fazer você gozar de novo e de novo
– Ia? – perguntei curioso e gostando da ideia.
– Eu vou – Ramiro deu um tapa em minha bunda.
Uma gargalhada saiu de minha garganta.
– O que foi?
– Nada, eu só... sei lá, amo todos os momentos com você
Ramiro encostou nossos lábios.
– Quer ir pra cama?
– Quero
– Quer ficar por cima? – perguntou enquanto me levava consigo até o colchão.
– Ahamm – assenti, dando beijinhos na pintinha de sua bochecha.
Ramiro deitou na cama comigo por cima e eu me virei de maneira que eu pudesse chupar seu pau.
Por conta da diferença de tamanho, era mais difícil para ele conseguir alcançar minha bunda, então o estímulo veio de seus dedos que revezavam entre estar enfiados em mim e acariciar meu pau que pulsava pousado em seu peito.
Eu sabia como Ramiro gostava de ser chupado, conhecia cada truque que o deixava à beira do precipício. Assim foi muito fácil fazê-lo gozar em minha boca, não precisei nem de muito esforço, era como tê-lo em minhas mãos.
Inverti nossas posições, voltando à ficar frente à frente com ele.
Coloquei dois dedos em sua boca e ele chupou sem tirar os olhos dos meus.
Em meu pedido silencioso, Ramiro mostrou a língua e coloquei ali o que havia sobrado de sua porra em minha boca pois eu já havia engolido quase tudo.
Transformamos aquilo em um beijo delicioso que fez meu pau doer de tanto desejo.
– Posso foder você um pouquinho também? – perguntei.
– Pode – ele assentiu e alcançou mais um preservativo, me ajudando a colocar.
Depois de colocar a quantidade necessária de lubrificante, me posicionei entre as pernas de Ramiro, entrando aos poucos em seu espaço apertado.
Era tão incrível ver Ramiro debaixo de mim.
Um homem tão grande, rendido, sua expressão de prazer ao me ter dentro dele.
Meu. Meu. Meu.
Observei cada detalhe de seu rosto, os suspiros e o momento que seus olhos rolam em suas órbitas quando seu ápice está chegando novamente.
Uma de minhas mãos foi até seu pau, masturbando-o e apertando sua glande da maneira que ele gostava quando estava quase gozando.
Me desdobrei pra continuar entrando nele e não deixar de movimentar minha mão, fazendo nós dois chegarmos ao ápice quase ao mesmo tempo.
Joguei meu cabelo para o lado, abaixando para lamber o gozo espalhado em sua barriga, sob o olhar atento do meu noivo.
Limpei o que estava escorrendo no cantinho da boca e engatinhei até Ramiro, beijando-o lentamente.
Seu corpo coberto por uma camada de suor, assim como o meu.
– A roupa ta colada no meu corpo – dei risada, descartando a camisinha.
– Agora vocês pode tirar
– Ah, só agora?
– Você fica um tesão com ela, capaz de eu ficar de pau duro outra vez
– Eu não acho essa uma má ideia
– Eu também não – ele mostrou um sorriso ladino, me prendendo na cama debaixo de si e me arrancando uma risada alta.
E lá vamos nós outra vez.

overnight (não revisada)Onde histórias criam vida. Descubra agora