era uma vez no, píer da barra (+18)

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Ramiro

Não existia sequer uma parte do meu corpo que não estivesse tremendo e em combustão.
Assim que saí do palco com Kelvin, evitei olhar demais para as pessoas que me assistiam segundos atrás e andei à passos largos para o local mais vazio que encontrei.
— Amor, ta tudo bem? — ouvi a voz suave de Kelvin atrás de mim.
Não respondi nada, sequer dei à ele tempo para formular outra pergunta.
Minhas mãos o seguraram com força e puxei seu corpo de encontro ao meu, tomando sua boca em um beijo que explodia desejo e tesão.
Me esfreguei nele, fazendo-o sentir minha ereção e também sentido a sua contra a minha perna.
Kelvin gemeu contra a minha boca no instante em que me separei para respirar e, novamente, quase esqueci que havia pessoas ao nosso redor.
Apesar da nova e muito interessante experiência, eu ainda me sentia mais confortável transando em um local mais privado.
— O que foi aquilo? — Kelvin murmurou pra mim, jogando os braços ao redor do meu pescoço, aproximando nossos rostos.
— Foi intenso pra você como foi pra mim?
— Pode ter certeza que sim. Você gostou?
— A porra do meu pau duro na cueca não diz o suficiente?
Kelvin deu um sorrisinho malicioso, mordendo meu lábio inferior.
— Quanto você quer ficar pra assistir as outras apresentações?
— Você já quer voltar pro hotel? — franzi a testa. Ele pareceu tão animado para vir aqui hoje.
— Quero fazer outra coisa
A compreensão atinge meu rosto e eu pego o celular no bolso tão rápido, como se minha vida dependesse daquilo.
Rapidamente chamo o carro para onde estávamos e espero impaciente enquanto o motorista dirige até a Fuego.
— Porque ta demorando tanto? Não tem mais trânsito à essa hora da noite — resmungo para meu celular.
— Calma, amor, isso tudo é vontade de foder?
— Eu vou morrer duro aqui
Kelvin se virou de costas para mim e recostou o corpo sobre o meu, fingindo prestar atenção na apresentação.
Suas mãos foram juntas até meu pau e soltei o ar pela boca quando o senti me acariciar por cima da calça.
— Você sabe que ninguém aqui ia se importar se eu... — ele não termina a frase pois eu já estava o puxando até a saída.
— Ramiro? — o motorista de um dos poucos carros parados ali chamou.
Assenti e apertei a cintura de Kelvin, o guiando até o veículo.
Cumprimentamos o motorista ao entrar e Kelvin ficou colado em mim no banco de trás.
— Vocês preferem que eu ligue o ar-condicionado? — o motorista perguntou.
— Não precisa não — Kelvin respondeu, simpático como era. Se aproximou do meu ouvido pra sussurrar — Ele ia sufocar com o tesão que estamos exalando
Dei risada ao olhá-lo e Kelvin riu, todo soltinho e mordendo o lábio inferior.
Aquele olhar era muito característico dele quando queria pedir alguma coisa bem safada e não podia verbalizar por algum motivo.
Novamente seus lábios voltaram para sussurrar no meu ouvido. Eu estava agradecido pelo motorista estar envolvido demais na música que tocava no rádio, pois eu ia enlouquecer se ele escutasse o que Kelvin dizia apenas para mim.
— Sabe que eu amei aquela hora que você se ajoelhou? Te ver ali, obedecendo a Lady Di, me beijando, sua boca tão pertinho do meu pau — reprimi um gemido quando ele tocou o lóbulo da minha orelha com a ponta da língua — Quando você me tocou, me lambeu... eu tive vontade de te dar ali mesmo, no meio de todo mundo — sua mão acariciou minha coxa e parou logo em cima da minha ereção, movimentando lentamente e fazendo-me arfar baixinho — Foi tão gostoso, Ramiro, tão gostoso... — ele pegou uma de minhas mãos e encaminhou até sua ereção.
O gemido proferido no momento que o apertei, foi o suficiente para que eu fizesse o que fiz.
— Pode parar aqui, por favor? — pedi ao motorista.
— Chefe, ainda estamos um pouco longe do seu destino
— Ta tudo certo, pode nos deixar aqui — olhei pela janela, tentando descobrir onde exatamente era “aqui”.
— Vou finalizar a corrida, então — o homem estranhou, mas não disse nada, apenas finalizando a corrida e parando o carro no Píer da Barra.
Desci do carro puxando Kelvin junto comigo.
— Amor, eu... não entendi
Olhei para ele, que estava uma gracinha com aquela expressão de confusão no rosto.
— Eu não ia mais aguentar você me tocando e sussurrando no meu ouvido, preciso de você agora
— Aqui? — ele questionou surpreso, mas com um grande sorriso no rosto.
— Aqui — assenti, o puxando para o local menos visível para quem estava na pista, entre algumas árvores e um quiosque.
Assim que paramos de caminhar, ataquei a boca de Kelvin como se eu estivesse com muita fome e ele fosse meu alimento.
Ele agarrou minha camisa com força, como se eu fosse sumir dali a qualquer momento.
— E se alguém vier? Não quero ser preso
— Xiu, não vamos ser presos e precisamos ser rápidos pra ninguém chegar e atrapalhar nossa foda
— Já pensou ter que terminar dentro do camburão da polícia? — ele riu.
— Cala a boca — respondi, dando risada.
Libertei meu pau do aperto da cueca e Kelvin o agarrou com pressa, me masturbando enquanto nossas bocas estavam novamente devorando uma à outra.
Tateando por seu corpo, o coloco também para fora da calça e espalho pela extensão o pré gozo que brilhava na glande rosada.
— Poderia ficar aqui por um bom tempo, mas não temos todo o tempo do mundo — me separei dele.
Como não havíamos levado camisinha e muito menos lubrificante, Kelvin se abaixou rapidamente, me chupando e me melando com a própria saliva.
O coloquei de pé e o virei de costas para mim, tocando-o com a ponta dos dedos, sentindo que não estava relaxado o suficiente para me receber.
Levei dois de meus dedos à sua boca e Kelvin intuitivamente os lubrificou.
O toquei devagar, entrando com cuidado e sentindo-o relaxar aos poucos em torno dos meus dedos.
— Relaxa, amor — sussurrei em seu ouvido e minha outra mão foi até seu pau, movendo lentamente — Não tem mais ninguém aqui, só eu e você. Escuta... só o mar de testemunha
Kelvin se apoiou melhor na árvore à sua frente e foi ficando cada vez mais entregue.
Assim que meus dedos começaram a sair e entrar sem nenhuma dificuldade.
Depositei uma quantidade de saliva na ponta dos dedos, espalhando por sua entrada, massageando e fazendo Kelvin gemer baixinho em alívio.
Entrei nele devagar, indo com cuidado para não machucá-lo.
Mordi o lábio inferior quando Kelvin empurrou o quadril contra mim, me fazendo entrar cada vez mais.
— Ai caralho, que bunda gostosa — gemi, apertando sua cintura, de modo que provavelmente ficaria vermelho — Isso, me aperta...
Kelvin deu um solavanco ao ouvir um carro passando e o senti tensionar.
— Você estava tão à vontade lá na Fuego, amarrado, todos olhando enquanto eu me ajoelhava diante de você. Você ta com medo de quê? De alguém chegar aqui e me ver te fodendo gostoso? De ver você rebolando, o meu pau entrando bem fundo dentro de você? Ou de me ver te enchendo de porra? Hum? — sussurrei em seu ouvido.
Segurei em seu queixo, virando seu rosto para alcançar sua boca e depositar ali beijos molhados, brincando com sua língua e mordiscando seu lábio.
— Ramiro, vai mais forte, eu to quase lá — ele gemeu, amolecendo em meus braços.
Kelvin começou a se tocar, rápido e até apertando com certa força.
Atendi ao seu pedido, sentindo-me também próximo ao precipício de um orgasmo.
Não demorou para que Kelvin gozasse, seus gemidos servindo de incentivo para que eu não parasse de me movimentar e, sentindo os músculos arderem devido ao esforço, me derramei dentro dele, levando algum tempo para me recuperar.
Saí de dentro dele, sentindo-me incrível ao ver o líquido leitoso escorrer por suas coxas.
Kelvin empinou mais a bunda, separando as nádegas e falando com a voz manhosa:
— Me limpa?
Pela segunda vez naquela noite, me ajoelhei, lambendo cada gota do meu próprio gozo que escorria de dentro dele.
Terminei o serviço dando beijinhos nas nádegas do meu noivo, recebendo um olhar amoroso de volta.
Kelvin se prontificou em me guardar dentro da cueca, fechando minha alça, enquanto eu limpava pequenos rastros do delineado que borrou.
— Gostei disso aqui — ele comentou, me dando um beijinho.
— Gostou? Repetiria?
— Sim, mas não no Rio, eu realmente estava com medo de ser preso — ele comenta, rindo.
— Essa coisa do medo de ser descoberto é excitante
— É mesmo — concordou.
— Sabe onde eu sempre quis fazer?
— Hum?
— Na praia
— Praia? — Kelvin franziu o cenho — me parece um pouco... arenoso demais, não?
— Você nem vai se importar com a areia quando eu estiver te comendo
— Ok, chega de experiências por hoje, chama o carro que quero tomar um banho — ele mandou, pegando o celular no meu bolso.
Enquanto esperávamos o motorista, Kelvin ficou fazendo carinho em minha barba.
— Gostou mesmo da Fuego?
— Gostei, era uma experiência que eu não planejava ter, de verdade
— Podemos voltar outras vezes, sabe? Só pra se divertir um pouco
— Acho uma boa ideia — concordei com ele, o abraçando quando o vento frio da madrugada nos atingiu.
— Mas dessa vez, sem fugir pra transar na rua — Kelvin riu, me fazendo rir também.

overnight (não revisada)Onde histórias criam vida. Descubra agora