segredinho

153 24 1
                                    

Kelvin

Depois de chegar em casa, tomar um bom banho e pedir comida, já que eu não tinha mais energia pra cozinhar, me joguei na cama na intenção de fechar os olhos e descansar o máximo que eu podia.
Mas não foi isso que aconteceu.
Não estava conseguindo descansar porque imagens de Ramiro triste e sozinho naquele quarto de hospital me vinham à mente cada vez que eu fechava os olhos.
Não era justo eu estar tentando descansar quando o cara que eu... bom, sei lá, quando uma pessoa especial pra mim estava passando por momentos difíceis.
Não demorou muito pra eu me levantar, arrumando uma bolsa com coisas essenciais e me deslocando até o apartamento de Ramiro.
O porteiro já até sabia meu nome, então nem precisou interfonar para ninguém.
Bati na porta do apartamento de Luana e ela não demorou a atender.
– Oi, você aqui? – falou surpresa.
– Tudo bem, Luana? Eu queria saber se você tem como abrir o apartamento do Ramiro pra mim, eu queria pegar algumas coisas dele pra levar pro hospital
– Você vai passar a noite lá?
– Vou
– Claro, eu abro sim. Espera só um minuto que eu vou pegar a chave reserva – ela sumiu em sua porta e eu esperei até ela aparecer com a chave em mãos.
– E a Antonella? – perguntei enquanto ela abria a porta para mim.
– Ela ta dormindo. Tava muito cansada, tadinha
– Hoje o dia foi emocionante muito cansativo, aconteceu muita coisa
– Verdade – ela concordou, entrando comigo no apartamento – vou te deixar à vontade pra pegar as coisas, não quero deixar a Antonella sozinha
– Tudo bem, eu só vou pegar o necessário mesmo
– E toma aqui – estendeu a chave para mim.
– Depois que eu terminar, tranco aqui e te devolvo lá
– Não, pode levar pra você. Acho que o Ramiro iria querer isso também
Dei uma risada nasalada, meio sem jeito, mas peguei a chave da mão dela.
– Valeu, Luana
– Pode me chamar de Lu
– Lu – concordei, sorrindo.
Ela devolveu o sorriso simpático e se retirou, encostando a porta do apartamento que estávamos.
Me dirigi ao quarto do tio de Antonella, colocando minha bolsa na cama e começando a abrir gavetas e portas do armário dele.
Apesar de já ter estado aqui, eu não tinha certeza de onde ficavam as coisas dele.
Mas surpreendentemente, Ramiro era um homem muito organizado, então não foi difícil encontrar cuecas e outras coisas.
Depois de colocar tudo na bolsa, dei mais uma olhada geral no guarda roupa e uma coisa me chamou atenção.
Havia uma maletinha em uma parte superior do móvel, me estiquei ficando na pontinha dos pés e alcancei o objeto.
Coloquei na cama e abri a maleta, cobrindo a boca com a mão com o que havia ali.
Vibradores e plugs anais que pareciam realmente bastante interessantes.
– Ramiro, seu safado... – falei mordendo o lábio inferior.
Amei!

overnight (não revisada)Onde histórias criam vida. Descubra agora