terapia ou festa?

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Kelvin

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Kelvin

Bufei mais uma vez ao me olhar no espelho, a roupa estava bonita, a maquiagem também... O que faltava?
Ah, era a alegria e a animação de sair para me "divertir" enquanto esquecer que eu estava longe das duas pessoas que eu mais me importava nesse mundo.
Peguei meu celular e fiquei encarando minha tela de bloqueio que tinha uma foto de Antonella.
– Nossa, nessa animação.. o que você ta vendo aí? – Berenice espiou por cima do meu ombro, me pegando no flagra –  Ah, a menina... Ô amigo, tenta esquecer isso só um pouquinho – ela afagou meu ombro.
– Não consigo, Berê. Eu realmente sinto muita falta dela e acho que ela deve estar pensando que eu a odeio pra sempre
– Você precisa tentar se aproximar dela outra vez, sei lá, fora da escola talvez – sugeriu.
– Eu não posso, o Ramiro não vai me deixar chegar perto dela
– Ai, assim fica difícil. Mas você já tentou pelo menos chegar pra conversar com ele?
Neguei com a cabeça.
– Agora eu tô com a cabeça mais fria, tô pensando em chamar para uma conversa. Eu me senti realmente ofendido por ele simplesmente ter concluído que eu tinha ignorado a Antonella de propósito, sabe?
Berenice assentiu.
– Eu também não acho legal ele ter pensado isso logo de você, que sempre demonstrou muito carinho pela menininha. Mas você podia botar na balança que ele é sozinho no mundo com aquela menina, ele tem esse instinto esquisito de proteção e tava em estado de alerta quando ela ficou tristinha, pelo que você me contou
– Foi isso mesmo. E eu realmente tento compreender por essa ótica, mas quem olha pela minha?
Berenice pensou por uns instantes.
– Porra, você me chama aqui pra uma festa e me deixa pensativa, precisando de terapia?
Dei risada.
– Ta, vamos logo pra esse negócio da cooperativa, depois a gente pode dar uma passada no Naitandei pra falar com as meninas e estar em uma festa de verdade
– Gostei, gostei de todas as opções – Berenice concordou, colocando um sorriso no rosto – Ah, queria muito que o Enzo tivesse vindo
– E ele não veio por qual motivo? Eu dava um jeito de descolar entrada pra ele
– Ele ta de plantão hoje, mas nem precisava arrajnar essa entrada, ele é assim com o dono da cooperativa – ela juntou os indicadores.
– E o lance entre vocês é sério mesmo?
– Sei não, acho que é – deu de ombros.
– Como assim você não sabe? Como você ta numa relação sem saber em que pé está?
– Kelvin, eu não sou você, não – reclamou.
– Como assim que nem eu?
– Que deu um selinho e já quer casar – respondeu rindo e já desviando da minha bolsa, que joguei em sua direção.
– Idiota!

overnight (não revisada)Onde histórias criam vida. Descubra agora