Kelvin
Estávamos em Santorini, mas naquele momento, só queríamos estar em uma cama confortável e quentinha.
Passamos o resto do dia enrolados no lençol, vendo programas gregos e dublando os apresentadores de acordo com o que achávamos que eles estavam dizendo.
Quando anoiteceu, subimos alguns degraus até onde ficava a cozinha do hotel.
Aquela noite estava excepcionalmente quente e, após o jantar, colocamos em prática o plano de usar a hidro.
— O céu ta tão lindo — comentei chegando à varanda, observando as milhares de estrelas brilhando.
Ramiro veio logo atrás com as toalhas e eu tirei a cueca antes de entrar na água, não antes de receber um tapa no traseiro.
— Ei! — reclamei.
— O que? É muita tentação
— Guarda essa sua tentação, mocinho, a varanda é aberta e qualquer pessoa de qualquer um dos hotéis pode nos ver aqui
Me sentei, sentindo o alívio da água em meu corpo e Ramiro sentou ao meu lado.
— Podia ser uma coisa interessante, você não acha?
— Você gostou mesmo disso, né? Lugares onde podemos ser pegos
Ramiro riu, envergonhado do meu comentário e eu emendei:
— Ah, não se faça de tímido — me virei para ele, colocando uma mão na parte interna de sua coxa — A Lady Di abriu a porta pro monstrinho safado dentro de você, não foi?
— Acho que foi isso, sim — ele concordou, segurando minha mão e guiando até o meio de suas pernas.
Passeei a ponta dos dedos delicadamente pelas bolas, tocando também o membro ainda mole.
Sem muita cerimônia, Ramiro me puxou para seu colo, segurando minha nuca enquanto roça o lábio no meu, não permitindo que eu iniciasse um beijo.
Tocou com a ponta da língua, mordiscou e até sugou rapidamente meu lábio inferior, desfazendo o contato antes que eu pudesse dar continuidade à carícia.
Aproveitou a posição e a facilidade que sua boca tinha de alcançar para lamber meus mamilos.
Um gemido baixinho acabou escapando quando ele mordiscou meu mamilo esquerdo, lambendo e sugando em seguida.
Distribuiu beijos molhados por todo o meu peitoral, distribuindo também algumas mordidas que eu tinha certeza que virariam pequenos hematomas depois.
Desci minha mão até o pau semiduro, acariciando enquanto ele me explorava com a boca e ele repetiu meu ato, me tocando também.
— Não era pra eu guardar minha tentação? — ele perguntou baixinho no meu ouvido.
Dei risada dele estar usando minhas palavras contra mim.
— Mudei de ideia, quero que mostre a sua tentação, quero sentir ela pulsando na minha mão e que você derrame ela dentro de mim — respondi, o olhando nos olhos e aproveitando que ele estava concentrado o suficiente em minha boca para beijá-lo.
Ondulei o quadril, roçando meu pau no dele e gemendo em sua boca.
Sua mão segurou nossos paus juntos, movimentando lentamente para cima e para baixo.
A outra mão acariciou minha cintura e desceu até minha bunda. Senti seus dedos apertarem uma de minhas nádegas antes de encontrarem minha entrada, acariciando apenas por fora, me deixando mais sedento ainda.
Sem pressa alguma, ficamos ali nos tocando, beijando, sentindo, sem pensar muito no tempo ou se pudesse ter alguém nos olhando.
Ergui um pouco o corpo, posicionando Ramiro de maneira que eu pudesse sentar nele com mais facilidade. Mas uma coisa que não contam sobre sexo na água, é que ela não lubrifica.
Então a sensação de tê-lo tentando entrar em mim sem nada que facilitasse, foi horrível e eu me afastei, sentindo a barriga doer de tanto dar risada.
E Ramiro também devia ter percebido minha dificuldade, pois seu corpo estava tremendo debaixo do meu, em uma risada silenciosa.
Assim que consegui respirar normal, sem ter uma crise de riso, deitei a cabeça no ombro do meu marido, descansando.
— Amor, que lugar horrível a gente escolheu — comentei bem-humorado e Ramiro tomou ar antes de concordar.
— Acho melhor terminar lá dentro
Assenti em concordância.
Saímos da piscina e me enrolei na toalha, secando meu corpo antes de entrar no quarto.
Ramiro fez o mesmo, fechando a porta de vidro que separava a varanda do lado interno do cômodo.
Sem que eu esperasse, Ramiro puxou minha toalha, colando nossos corpos, e eu dei um gritinho com o susto.
Agora sem muitos empecilhos, me impulsionei para subir em seu colo e ele me olhou, mostrando um sorriso ladino antes de me colocar na mesinha onde fizemos nossa refeição mais cedo.
— Eu adoro ser a sobremesa
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overnight (não revisada)
RomanceRamiro tenta enfrentar o furacão que é sua afilhada Antonella e conciliar a vida de pai com a vida amorosa, que não vai nada bem. Até que, em uma visita ao bar que costuma frequentar, Ramiro tem uma bela surpresa: Kelvin, o professor da garotinha.