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Eu estava deitada no sofá da sala vendo televisão, usando um short jeans e uma blusinha justa, que realçavam as minhas curvas. Os meus cabelos estavam soltos, caindo sobre os meus ombros. A noite já tinha caído, e a casa estava silenciosa. Clarinha estava na biblioteca com a babá fazendo o dever de casa, Marta estava na cozinha preparando o jantar e o Miguel ainda não tinha chegado do trabalho, o que era algo incomum, porque ele nunca se atrasava para o jantar.

Eu estava arrasada, não queria admitir, mas o pedido de afastamento do professor me magoou bastante. Primeiro, porque ele estava tirando de mim a única chance de conseguir melhorar as minhas notas. Segundo, porque ele havia me tratado igual ao Miguel, como se eu fosse um problema. E terceiro, porque eu estava começando a nutrir sentimentos por ele.

Achava que ele me entendia, que ele gostava da minha companhia, porque nós conversávamos sobre tudo e as nossas conversas fluíam, ele era amistoso e sempre me fazia rir. Mas pelo visto, eu me enganei. Ele era como todos os outros, me via como uma garota fútil e desajeitada. Agora não me restava mais nada além de reunir coragem e dizer ao Miguel que eu seria reprovada no curso e teria que enfrentar mais uma leva de castigo.

Olhei na direção da porta quando a campainha tocou.

Me levantei do sofá e calcei minhas pantufas. Eu estava entediada, sem nada para fazer. A televisão só passava programas chatos e repetitivos.

— Eu atendo, Marta — falei, me dirigindo à porta. Eu gostava de ajudar os empregados quando podia, principalmente a Marta.

Me aproximei da porta e quando a abri, fiquei paralisada. O professor Miller estava em pé me olhando. Ele estava lindo, com uma regata azul que mostrava os seus músculos, uma calça jeans que marcava as suas pernas e tênis, que davam um ar casual ao seu visual. Ele segurava a chave do carro na mão, como se estivesse com pressa.

— Boa noite, Ayara — ele disse de forma cordial.

— Boa noite. O Miguel não está em casa — eu disse, sem jeito. Eu imaginei que ele estivesse ali por aquele único motivo: falar com o amigo. O que mais ele poderia estar fazendo ali?

— Não é com ele que vim falar. Eu vim falar com você — ele disse, me surpreendendo.

— Comigo? — eu perguntei, confusa. O que ele queria falar comigo, depois de ter dito que precisávamos nos afastar?

— Sim. Você faltou à aula e não me responde as mensagens e nem atende as minhas ligações — falou, com um tom de reprovação.

— Desculpe, é que... — eu tentei me explicar, mas ele me interrompeu.

— Vem comigo — ele pegou a minha mão. — Eu preciso falar com você — ele disse, com seriedade.

— Tudo bem, mas o senhor não quer entrar? — eu perguntei, nervosa. Eu não sabia o que ele queria falar comigo, mas eu tinha medo de que fosse algo ruim. Talvez ele quisesse me dizer que eu estava reprovada no curso.

Entre Segredos e Paixões 1 - Raízes do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora