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Acordei com a sensação de dedos delicados acariciando suavemente meu rosto. Abri os olhos devagar e, ao reconhecer quem estava ali, um sorriso receptivo se estampou em meus lábios. Era ele, meu pai, vestindo uma camisa de gola polo azul e calças jeans; suas típicas roupas de um dia de folga. Ele estava com um sorriso carinhoso no rosto, e eu senti uma onda de amor e gratidão por ele estar ali.

— Bom dia, papai! Não sabia que tinha chegado de viagem — disse eu, surpresa e sonolenta.

Ele vivia viajando a trabalho, e eu sentia muita falta dele quando ele estava longe.

Ele sorriu, exibindo discretas rugas nos cantos dos olhos azuis. Ele tinha os olhos mais bonitos que eu já vi, e eu sempre me orgulhei de ter herdado deles o formato e o brilho.

— Cheguei ontem de madrugada — respondeu, envolvendo-me em um abraço carinhoso. — Não quis acordá-la. Você estava dormindo tão bem, tão tranquila, tão linda.

Quando o abraço se desfez, ele me olhou de um jeito que eu reconhecia. Ele queria conversar sobre algo, provavelmente a briga que tive com a minha mãe. Desde aquele dia, eu a estava evitando. Ela não me entendia, e eu tinha a sensação de que nunca íamos nos entender.

— Precisamos conversar, mocinha — afirmou ele, com um tom de voz sério e preocupado.

Eu torci o nariz, fazendo uma expressão de medo. Eu sabia que ele ia me repreender, me aconselhar, me orientar como sempre fazia. E eu entendia que ele só queria o meu bem.

— Precisamos... mesmo? — perguntei, receosa unindo as sobrancelhas.

— Sim! Precisamos — respondeu ele com firmeza. — Vista-se e me encontre no meu carro. Vou levá-la para tomar café da manhã fora. Só você e eu. — Ele disse, com um sorriso convidativo e gentil.

Ele se levantou da cama e saiu do meu quarto. Rapidamente, corri para me arrumar para aquele dia especial, afinal não era todo dia que eu tinha um tempo sozinha com meu pai.

Realizei minhas higienes matinais de forma ágil e selecionei uma roupa confortável no meu closet. Optei por um macacão branco justo, que acentuava meu corpo, combinado com um sobretudo rosa adornado com pelúcia ao redor do capuz, que me dava um ar de elegância e sofisticação. Calcei uma sapatilha e prendi o cabelo em um rabo de cavalo, optando por uma maquiagem leve e natural, que destacava os meus olhos castanhos da cor do mel e os meus lábios rosados.

Saí do quarto e dirigi-me à garagem da casa, onde meu pai já me aguardava dentro do seu Mustang preto. Ele dirigiu pacientemente por longos minutos, enquanto durante o trajeto conversávamos amenidades. Falamos sobre o trabalho, a faculdade e a empolgação que sentíamos com a proximidade da minha formatura. A atmosfera era descontraída e agradável, e eu amava ter aqueles momentos com meu pai, que eu sentia falta às vezes.

Papai estacionou o carro no estacionamento de uma charmosa cafeteria. Ao entrar, fui envolvida pelo aroma delicioso do café recém-preparado e pela atmosfera acolhedora que preenchia o ambiente. As mesas estavam delicadamente decoradas com flores, enquanto uma música suave embalava o lugar, combinando perfeitamente com o clima chuvoso lá fora. Escolhemos um cantinho aconchegante e fomos prontamente atendidos por um barista simpático. Fiquei encantada com a variedade de opções no cardápio, todas parecendo irresistíveis.

Entre Segredos e Paixões 1 - Raízes do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora