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Assim que cheguei na faculdade, fui logo para o pátio procurar pela minha amiga. Eu precisava contar para ela a boa notícia: o professor Miller havia me dado mais uma chance de refazer a prova na qual eu tinha ido mal. Estava feliz e esperançosa, pois isso significava que não perderia o meu ano letivo por causa de uma matéria.

Sabia que a encontraria sentada embaixo da árvore que ficava no pátio da faculdade, onde costumávamos nos sentar para esperar o horário da aula. De longe, a avistei. Ela usava um vestido rosa, com botões na frente, e um cinto dourado na cintura, com um casaquinho branco jogado por cima dos ombros. Calçava sapatilhas pretas e estava com os cabelos soltos, que balançavam com a brisa, e mantinha os livros abertos no colo, estudando concentrada. Nem percebeu que eu havia chegado.

— Barbie! — Gritei animada, correndo em sua direção. Eu carregava a minha bolsa no ombro e os meus livros no colo, e vestia uma calça jeans com tênis e uma blusa de alcinha solta que combinava com o dia ensolarado. — Você não vai acreditar no que aconteceu! — Disse, ofegante, ao chegar perto dela.

Ela ergueu os olhos e me viu. Um sorriso iluminou o seu rosto.

— Oi, amiga! — Exclamou ela, fechando os livros com um gesto decidido e empurrando-os para o lado. — Essa sua expressão está radiante! Parece que você ganhou na loteria ou algo do tipo!

— É quase como se eu tivesse ganhado — respondi, deixando-me cair ao lado dela no banco com um entusiasmo contagiante. — O professor Miller me enviou uma mensagem ontem à noite. Ele está me oferecendo uma segunda chance para refazer a avaliação e quer ter uma conversa comigo após a aula.

— O professor Miller? Mas ele nunca oferece uma segunda oportunidade para ninguém que fica com nota baixa na matéria dele? — Ela franziu a testa em pura incredulidade, pois todos sabíamos que nosso professor não era do tipo que facilitava as coisas para alunos que tropeçavam como eu.

— Exatamente! Eu também não entendi, mas estou muito feliz — confirmei, mal contendo um sorriso triunfante. — Ele disse que quer falar comigo hoje e que ainda há tempo para eu melhorar minhas notas.

 Meu coração batia com a possibilidade de redenção acadêmica.

— Isso é inacreditável! — Ela sacudiu a cabeça, seus olhos ainda arregalados pela surpresa da notícia. — Que virada de sorte! Ele nunca faz isso por ninguém!

— Talvez ele tenha se compadecido de mim — disse eu, com um sorriso irônico, lembrando-me do momento vulnerável. — Depois de eu ter desabado em lágrimas bem na frente dele, quem sabe?

— Ayara! Meu Deus! Que vergonha! — Minha amiga cobriu a boca com as mãos rindo, chocada e divertida ao mesmo tempo. — Você chorou na frente do professor Miller?

Dei de ombros e um sorriso constrangido se formou em meus lábios.

— Sim. Veja só funcionou, parece que até o coração de pedra dele tem uma fenda para a compaixão para garotas que choram na frente dele — brinquei, tentando fazer luz da situação.

Entre Segredos e Paixões 1 - Raízes do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora