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Saí da cozinha pisando em passos firmes e rápidos. Não queria olhar para a cara daquele idiota do Sebastian, mas no fundo... bem, eu fiquei feliz em vê-lo ali, disposto a se desculpar e explicar tudo. Eu ainda estava magoada com ele, mas também sentia falta do seu abraço, do seu beijo, do seu sorriso.

Entrei no quarto e fechei a porta. Me sentei na cama, pensando no que ele tinha a me dizer, e em como eu me sentiria péssima se ele realmente estivesse sendo sincero. Será que eu tinha sido injusta com ele? Será que eu tinha exagerado na minha reação? Será que ele ainda me amava?

De repente, ouvi batidas suaves na porta. Olhei para trás rapidamente e vi que Sebastian abria a porta devagar e entrava no quarto, pressionando um pano com gelo na cabeça. Ele se aproximou, deixou o pano em cima do móvel e tirou a capa de chuva preta, colocando-a pendurada no cabideiro, revelando uma camisa de algodão vermelha com desenhos no peito, que realçavam seus olhos verdes. Ele usava uma calça jeans e tênis, que combinavam com seu estilo casual e charmoso. Ele veio se sentar ao meu lado na cama, com um olhar paciente e cheio de ternura.

— Ayara — ouvi sua voz soando suave e doce. — Será que você pode deixar de ser cabeça dura e me ouvir?

Arriei os ombros e olhei para as minhas mãos. Não queria parecer difícil, mas também não queria ser tão fácil. Eu queria que ele me convencesse, que ele me mostrasse que eu era a única na sua vida.

— Vai! Comece a explicar o porquê estava recebendo carinho daquela vagabunda! — eu resmunguei, cruzando os braços na frente do peito e fazendo um biquinho.

Ele pegou a minha mão e juntou as suas.

— Ayara, a Monique não é nenhuma vagabunda, é uma funcionária trabalhadora e respeitável — ele disse em tom de advertência. — Ela só queria me ajudar, depois de ter deixado cair café quente em cima de mim, sem querer. E, infelizmente, você chegou justamente no momento em que ela estava me ajudando a colocar gelo no local da queimadura. Se você quiser, eu posso te mostrar — ele levantou a camisa e eu vi que havia uma mancha avermelhada na altura do peito.

Cocei a cabeça sem jeito, e olhei para ele. Certo. Estava envergonhada por ter feito uma cena desnecessária e ter passado o dia todo sofrendo por uma bobagem.

— Sebastian, me desculpe, amor, se eu fui dramática ou exagerada. É que... poxa! Olha para você, é um homem lindo, maduro e eu me sinto insegura às vezes, porque sinto que não estou à sua altura ou à altura das mulheres que cercam a sua vida.

— Meu amor — ele pegou meu rosto com carinho, me obrigando a olhá-lo nos olhos. — Eu não quero que se sinta insegura, se eu escolhi você é porque você tem o que nenhuma delas tem. Você é carinhosa, sensível, simpática, bonita. Você é tudo o que um homem precisa.

Soltei um suspiro frustrado, me sentindo uma boba, e voltei a brincar com meus dedos.

— Desculpe.

Ele beijou a minha cabeça e enfiou a mão no bolso da calça.

Entre Segredos e Paixões 1 - Raízes do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora