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— Nossa, o Miguel e a Bárbara não se cansam de se agarrar, parecem dois tarados — eu reclamei do sofá da sala, onde estava sentada, observando aqueles dois na cozinha fazendo o café da manhã junto como recém-casados. De vez em quando eu via o Miguel passar a mão nela, e ela ficar toda vermelha com risinhos tímidos enquanto fugia dele.

Sebastian que estava sentado ao meu lado, assistindo a uma corrida de bicicleta na televisão, olhou na direção da cozinha e depois virou o rosto na minha direção, me afagou o cabelo e riu.

— Sabe o que eu acho? Que você está com ciúmes do Miguel com a sua amiga —  brincou. 

— Não, eu estou é com inveja mesmo — eu disse com ironia. — Porque é isso que eu sinto deles agora, inveja, porque eles fazem o que você não quer fazer comigo.

Ele soltou um suspiro cansado.

— Deixa de ser teimosa e ansiosa, eu já te disse que vai acontecer, mas precisamos ter paciência.

Fiz um bico e cruzei os braços.

— Mas eu não quero ter paciência, eu quero fazer amor com você. Eu te amo, Sebastian, e quero me entregar a você, por inteiro. Quando é que vai entender isso?

Ele me olhou com ternura e me beijou delicadamente nos lábios, enquanto suas mãos afagavam meu rosto com carinho.

— Você confia em mim, não é?

— Confio — respondi, baixinho quase como um miado, completamente envolvida em suas caricias.

— Então relaxa, e deixa o tempo fazer o seu trabalho. Esse é um passo grande e não podemos pular etapas. Quando acontecer vai ser inesquecível, você vai ver — ele disse, encostando sua testa na minha.

Concordei, fechando os olhos e sentindo a sua respiração se unir com a minha e o calor das suas mãos no meu rosto. Eu sorri e voltei a beijar seus lábios que logo se abriram para os meus. Era como se o mundo parasse e só houvesse borboletas e corações surgindo das paredes e nos cercando. Sebastian tinha um jeito especial de me fazer esquecer de todas as outras preocupações.

Ah, eu amava aquele homem!

Me afoguei no mar que era seus lábios até ouvir o Miguel reclamar atrás de nós.

— Será que dá para parar de se pegar na minha frente! O café está servido.

Nos separamos e eu ri.

— Hummm... falou o pegador de amiga dos outros — eu disse com ironia, levantando-me do sofá. Deixei-o sozinho com Sebastian e segui para a cozinha, onde havia uma mesa farta de delícias para o café da manhã. Minha amiga e o Miguel haviam preparado um café bem forte, sucos, pães, queijos e outras gostosuras.

Logo depois, nos sentamos à mesa, minha amiga ao lado do Miguel, Sebastian ao meu lado. Nos servimos e conversamos enquanto comíamos. A manhã, mesmo nublada e chuvosa, estava aconchegante, perfeita para curtir um momento a dois.

— Minha deusa, abre a boquinha — Sebastian passou geleia no pão e me ofereceu, para provocar o Miguel.

Eu aceitei o pão e Sebastian me deu um beijinho na pontinha do nariz. Ao olharmos para frente, vimos o Miguel e a minha amiga nos olhando, mas o Miguel estava com uma expressão carrancuda, ao contrário da minha amiga que sorria.

— Mais um pouco disso e eu saio da mesa com diabetes — Miguel resmungou mal-humorado.

— Qual é o problema, sogrinho? — Sebastian alfinetou.

— Problema é o murro que eu vou acertar na sua cara, seu imbecil! — Miguel respondeu irritado.

Minha amiga riu alto.

— Vocês dois podem parar com isso? E Sebastian, como está a sua cabeça depois da pancada que a Ayara te deu? — ela quis saber.

Sebastian coçou o local do machucado fazendo uma careta.

— Está melhor, o galo ainda está aqui, mas já não dói mais.

— Que bom que agora ele tem algo maior que o cérebro — Miguel ironizou, bebendo um gole de café.

— Eu vou te mostrar o que eu tenho de maior que o cérebro — Sebastian reclamou, fingindo estar irritado. — Mas eu não vou fazer isso não porque eu não quero deixar você mal, com essa sua minhoquinha de pescar.

Minha amiga e caímos na gargalhada.

— Pelo amor e Deus! — eu disse rindo da situação. Eles pareciam dois irmãos briguentos. — Será que vocês podem parar de brigar e aproveitar o café da manhã?

Miguel murmurou algo inaudível, provavelmente xingando o Sebastian, e voltou a bebericar o café na xícara, enquanto Sebastian delicadamente limpava o cantinho da minha boca, ainda provocando o amigo.

Após o café da manhã, todos nos dirigimos para a sala. A chuva caía com força novamente. Sebastian se esticou no sofá, e eu me deitei em seu colo, com a cabeça repousada em seu peito, enquanto ele deslizava seus dedos na pele do meu braço, proporcionando-me conforto.

Miguel e minha amiga fizeram o mesmo; ele se deitou e a puxou para seu colo, envolvendo o braço em volta do seu corpo. Escolhemos um filme para assistir e nos entregamos ao momento. Era maravilhoso estar nos braços do homem que eu amava e, mais ainda, saber que minha amiga agora também compartilhava aqueles momentos com Miguel. Ambos preenchendo o coração um do outro. Eu torcia para que eles fossem felizes.

Enquanto os homens se distraíam assistindo ao filme, troquei um olhar com minha amiga e sorrimos uma para a outra, trocando confidências que somente nós duas entendíamos. Estávamos felizes e não precisávamos de mais nada, pelo menos não naquele momento.

Olá, amores!

Tenho uma novidade empolgante para vocês! essa história continua no livro 2, "Entre Segredos e Paixões - Laços do Coração"  já disponível. Estou ansiosa para compartilhar mais dessa história apaixonante de Miguel e Bárbara, Ayara e Sebastian. 

Com carinho, 

Helister

Entre Segredos e Paixões 1 - Raízes do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora