Hope Mikaelson

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Você e Hope sempre foram inseparáveis. Desde pequenas, compartilhavam segredos, sonhos e risadas. No entanto, à medida que cresceram, ficou claro que seus pais, Klaus e Hayley, tinham uma preferência distinta por Hope. Ela era a "Prometida", a criança destinada a grandes coisas, e isso sempre a colocava no centro das atenções.

Cada conquista sua parecia pequena comparada às de Hope. Cada vez que precisava de apoio ou carinho, seus pais estavam ocupados demais com a próxima grande realização de Hope. A dor da negligência começou a crescer dentro de você, uma ferida que só se aprofundava com o tempo.

Em um dia particularmente difícil, depois de mais uma situação em que seus pais priorizaram Hope, você finalmente não conseguiu mais segurar a dor e a mágoa. Na sala de estar, você viu seus pais elogiando Hope por mais um feito impressionante.

"Isso é incrível, Hope," Klaus disse com um sorriso orgulhoso. "Estamos tão orgulhosos de você."

Você não conseguiu mais suportar. "E quanto a mim?" você explodiu, surpreendendo a todos na sala. "Vocês alguma vez se importaram com o que eu faço? Alguma vez perceberam minhas conquistas?"

A sala ficou em silêncio. Seus pais te olharam surpresos, mas foi Hope quem tentou intervir. "S/n, não é assim..."

"Não, Hope. Eu sei que não é culpa sua," você interrompeu, a voz tremendo. "Mas isso não torna menos doloroso. Eu me sinto invisível. Eu me sinto... nada."

Klaus franziu a testa, claramente confuso e irritado. "S/n, isso não é verdade. Nós nos importamos com você."

"Quando?" você questionou, lágrimas escorrendo pelo rosto. "Quando foi a última vez que você realmente me viu?"

Hayley deu um passo à frente, tentando acalmar a situação. "S/n, você precisa entender que Hope tem responsabilidades maiores..."

"Então eu sou menos importante?" você gritou. "Sou apenas uma sombra na vida de vocês?"

O silêncio que seguiu foi cortante. Sentindo-se completamente destruída pelas palavras não ditas e pela indiferença que sempre sentiu, você saiu da sala correndo, as lágrimas cegando sua visão.

Você correu até a porta, saindo de casa sem olhar para trás. Cada passo parecia aumentar a dor em seu peito, até que finalmente desabou no chão do jardim, soluçando descontroladamente.

Foi quando sentiu uma mão gentil no seu ombro. Olhou para cima e viu Rebekah, a tia que sempre teve um carinho especial por você. Seus olhos estavam cheios de preocupação e tristeza ao ver seu estado.

"S/n," ela disse suavemente, ajoelhando-se ao seu lado. "O que aconteceu?"

Você contou tudo a ela entre soluços, liberando anos de mágoa e dor. Rebekah te puxou para um abraço apertado, permitindo que você chorasse em seu ombro.

"Eu sinto muito, querida," ela sussurrou, acariciando seu cabelo. "Você merece ser vista e amada por quem você é. Eu te vejo, S/n. E eu te amo."

Suas palavras trouxeram um conforto que você não sentia há muito tempo. "Obrigada, tia Bekah," você disse, a voz quebrada mas um pouco mais leve.

"Vamos dar um tempo daqui," ela sugeriu, ajudando você a se levantar. "Vamos para um lugar onde você possa respirar e lembrar que é importante."

Com um último olhar para a casa, você concordou. Seguiria com Rebekah, buscando um lugar onde pudesse finalmente encontrar paz e se lembrar de seu próprio valor.

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