Natasha Romonoff

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S/n on

Corria pela cidade o mais rápido possível, a Kate havia me contado um pouco sobre os seus dias e como ela havia conhecido o famoso gavião arqueiro e estava trabalhando com ele em um caso super secreto.
Eu conheci a Kate há quase dois anos, depois que a minha mãe morreu eu me senti culpada e com raiva, eu resolvi sumir e eu acabei fazendo algumas coisas horríveis, ela ia se decepcionar se estivesse aqui, eu tenho apenas 16 anos e carrego uma culpa grande de mais, mas a Kate é como uma irmã mais velha e me ajudou bastante, eu não contei pra ela a verdadeira história, mas não porque eu não confio nela, a verdade é que eu confio minha vida a ela mas eu não me sinto confortável em falar sobre tudo aquilo que aconteceu de novo.
Quando a Kate me disse sobre suas aventuras com o Clint, eu fiquei com um certo medo e pedi pra ela não comentar com ninguém sobre mim, nem mesmo pra ele, ela ficou confusa mas entendeu, eu também disse a ela que precisa sair por um tempo e ela logo discordou, disse que era perigoso andar por aí sozinha ainda mais eu que tinha apenas 16, mas eu disse pra ela que era urgente e depois de muita insistência ela concordou e me fez prometer que mandaria mensagem pra ela todos os dias.
Estava tudo indo muito bem por alguns dias até hoje a tarde, durante uma das minhas conversas com a Kate ela me disse que a mãe dela corria perigo e que a noite durante uma festa beneficente ela e Clint iriam até lá garantir que a Eleanor iria ficar bem, e iam acabar de vez com essa história da gangue do agasalho, mas havia outro problema, ela me contou que a alguns dias a irmã da viúva-negra havia aparecido atrás de vingança pela morte da irmã e estava tentando matar o Clint, nesse momento senti meu corpo gelar e meu coração parecia querer sair pela boca, Kate mandou que eu ficasse onde estava, mas eu ignorei peguei algumas coisas e me preparei eu tinha que parar de me esconder, eu tinha que parar de ser tão covarde e tinha chegado a hora.
A festa era formal, convidados chiques de classe alta, todos com suas roupas caras e seu ar de arrogância estampado no rosto, peguei um terno e vesti o mesmo que se encaixava perfeitamente em meu corpo, eu estava com um uniforme por baixo, um uniforme feito pelo homem mais próximo de uma figura paterna que eu poderia ter tido, mas que infelizmente também não estava mais aqui, e eu me sinto culpada pela morte dele também, eu senti que todas as pessoas que se aproximavam de mim tinham fins trágicos e isso me perseguia a todo momento, e as vozes na minha cabeça insistiam em reforçar isso, e talvez seja por isso que eu esteja tão desesperada em chegar nesta festa e tentar impedir que a Kate e o Clint morram também.
O lugar onde eu estava não era tão longe então eu não tive que correr por muito tempo.
Acabei de chegar no grande edifício onde a festa acontecia, consegui entrar facilmente e começei a caminhar entre todas aquelas pessoas tentando fazer com que a Kate não me visse ali, o que foi impossível já que em meio a tantas pessoas eu esbarrei justamente nela.
-O que você está fazendo aqui?_Perguntou assim que me puxou pra um canto.
-Olha eu sei que você me mandou ficar onde eu estava, mas eu fiquei com medo de que algo acontecesse com você e com o tio Clint e..._Falei mas fui interrompida por ela
-Espera "tio"? Como assim tio?_Perguntou
-Eu tenho muito coisa pra te contar mas aqui não é um bom momento, e eu prometo que te conto tudo outra hora_Falei
-O que tem nessa bolsa?_Perguntou
-Nada demais só uma roupa mais confortável_Falei
-Tudo bem, pega isso, é uma escuta, quero que se proteja e qualquer coisa me chama tá legal?_Perguntou e eu concordei pegando o objeto e colocando em meu ouvido.
-Droga_Kate falou e eu olhei pra mesma direção em que ela olhava vendo uma mulher loira que logo reconheci, Kate mandou que eu ficasse lá e saiu.
Depois de alguns minutos escutei um barulho de tiro e tirei o terno ficando apenas com o uniforme, abri a bolsa e peguei meu arco e flecha e também a máscara coloquei a mesma e começei a correr ajudando a esvaziar o local, não estava vendo a Kate e isso me angustiva, depois de esvaziar o local vi a Kate e fui ajudá-la com a gangue do agasalho, o local virou uma zona, alguns minutos depois vi que o Clint estava pendurado em uma árvore de Natal, tava tudo acontecendo muito rápido, Kate derrubou a árvore com o Clint em cima e logo a gangue do agasalho cercou ele, Kate desceu pra ajudá-lo e eu fiquei aqui na parte de cima, eram muitos mas conseguimos derrubá-los graças as flechas especiais do tio Clint, Kate foi atrás da mãe dela enquanto eu fui ver se estava todo mundo seguro.
Depois de verificar e ter certeza de que o lugar todo havia sido evacuado voltei meu olhar pra onde Clint estava e vi o mesmo no chão e uma figura que logo reconheci ser Yelena, começei a correr até lá.
-PARA!!_Gritei assim que vi a mesma acertar o Clint com um bastão, mas ela me ignorou e quando ia bater novamente eu a empurrei pra longe e me virei pro Clint.
-S/n?_Perguntou surpreso
-Oi tio Clint_Falei, antes que pudesse dizer alguma coisa senti meu corpo ser empurrado pra longe.
-Olha só garoto, agora vc me irritou_Yelena falou e eu dei um sorrisinho por debaixo da máscara, o modificador de voz do meu traje dava a impressão de que eu era um garoto.
-Olha só você não quer fazer isso_Falei me levantando e ela veio até mim, começamos uma luta corporal mas ela era muito bem mais treinada que eu então eu estava levando uma surra, o tio Clint tentou separar mas ela o imobilizou com um dardo paralisante.
-E o que te faz pensar isso?_Perguntou
-Porque você não é assim_Falei quando ela me jogou no chão, eu já não aguentava mais apanhar.
-Você não me conhece_falou caminhando em direção ao tio Clint, o efeito do dardo parecia estar passando mais ele ainda não conseguia se mexer muito bem, ela logo acertou um chute em suas costelas.
-Para, por favor para_implorei chorando, mas novamente ela me ignorou e acertou outro chute.
Eu não tinha forças pra impedir então memórias da minha mãe se passaram na minha cabeça e a lembrança das histórias que ela me contava sobre Ohio e sobre tudo que fazia com a sua "irmã" mais nova, eu precisava atrair a atenção da Yelena e a única coisa que passou pela minha cabeça foi trazer uma lembrança da minha mãe, então foi isso que eu fiz, retirei a máscara e assoviei.

A imaginação transformaOnde histórias criam vida. Descubra agora