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Saímos procurando de onde vinha esse cheiro tão gostoso, Nyxs abraçada a sua avó, distribuía beijos nela, e sorrisos para mim. Não demorou muito para encontrarmos a barraca dentro do clube.
No local onde o cheiro estava mais forte ficava dentro de em um park aquático luxuoso, piscinas imensas e um toboágua maior ainda ocupava o espaço onde antes existia uma vegetação própria das dunas.―Olha só isso, Esther, arrancaram a vegetação, não se vê um cipó de salsa, nem hum pé de ciúme, o Darius é um irresponsável por permitir que destrua toda essa beleza.
― Ele nunca teve Juízo, e não e nem pelo dinheiro que os lobos daqui não dá muito importância, é só pelo prazer das festas.―Esther desviou do banhista untado de protetor solar, estranhando por ser comecinho do dia, sua cara demonstrava o desagrado.
Mesmo revoltada com tudo que tinham feito ao terreno continuei andando no parque, a parte dos brinquedos estava fechado, mas, a piscina com borda infinita, este espaço estava aberto e lotado, com humanos e lobos circulando por todo lugar, com taças imensas de bebidas coloridas, havia mesas simples fixadas ao lado de coqueiros, uma parte rústica e uma moderna, com carregadores de celular com várias entradas, demoramos para conseguir uma mesa vazia, a garçonete muito prestativa nos levou a uma, não sei nem de onde tirou, mas arranjou um cantinho ao lado da piscina, quando sentamos nos ofereceu o cardápio.
―Não vai ser preciso, eu vou querer uma porção dessa coisa gostosa que está cheirando por toda parte. - Passei o cardápio para as mãos da minha beta enquanto falava com a moça.
―Eu sei de qual cheiro a senhora está falando, é nosso prato da casa, uma peixada cozida no leite de coco com camarão e castanha gratinada, acompanhada de pirão de farinha branca e patinhas de caranguejo, a porção grande serve até quatro pessoas. A senhora quer mais alguma coisa? - O sorriso aberto que eu exibia, até mesmo um cego saberia que eu tinha gostado do prato.
―Eu quero água de coco. - Esther pediu, esperando Nyxs que não pediu nada.
A garçonete saiu para providenciar nossos pedidos, aproveitei para dar uma boa olhada nos frequentadores do ambiente, nas várias mesas coloridas e com um número separando os locais, talvez fosse para identificar quem podia esbanjar dinheiro ou não, pelo que dava para observar no consumo das mesas, erroneamente, tinham nos colocados no lado das pessoas que esbanjam dinheiro. Em uma das piscinas, mais adiante, era local propício para encontros amorosos, para namorar, por ser todo romântico lá longe, dentro da piscina tinha um casal abraçado, cada um com uma taça de bebida azul na beira da piscina que não tinha sido tocada, o gelo quase no fim boiando no líquido, enquanto o casal se olhava e se beijava. Em outras mesas, mulheres elegantes flertavam com homens, que jogavam sinucas bem próximos ou com o pessoal da banda que cantava reggae de boa qualidade.
―Bonito aqui, não é? - Os olhos da Nyxs brilhavam olhando tudo.
―Muito lindo, como tudo aqui, essa ilha toda é linda, eu só não sabia que estava tão moderna, da última vez que estive aqui não tinha nada disso, nem casa tinha direito.
―Parei de falar quando a moça chegou com a bandeja, realmente o cheiro era uma delícia.
―Por favor, só precisamos de talheres, pode levar os pratos. E me traga um caldo de peixe e uma porção de batatas fritas. - Pedi. A moça sorria ao voltar para os lados da cozinha.
Após ficarmos a sós, cada uma pegou seu talher e guardanapo, e começamos a devorar os pratos que a moça colocou ao lado, só fazíamos rodar a travessa na mesa quando queríamos um pedaço da outra ponta. O molho à base de coco ralado, creme de leite e legumes dava ao ensopado de peixe uma maciez sem igual, num instante devoramos tudo, inclusive o caldo e as batas que vieram rápido, sob o olhar dos clientes, que pararam o que faziam para nos observar comer, que olhassem, eu não dava a menor importância, quando me senti saciada, limpei a boca no guardanapo e esperei minha beta e Nyxs terminarem para pedir a conta.
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🏳️🌈Bruxas e Guerreiras vol.03
Ficção GeralSINOPSE Com seu povo e suas tradições, Nara Shiva aprendeu desde que nasceu, que a morte nada mais é que a metamorfose do organismo vivo, do corpo da carcaça, as lobas não são e nunca foram nunca foram humanas. O espirito de uma loba espera anos...