Amizade Colorida - Marina

thirty one

Acho que sexo com a Carina mesmo que por telefone era o que eu precisava pro dia de hoje, tinha tido uma noite péssima após a conversa com a Jules ontem e por finalmente ter tomado coragem de contar tudo o que o James havia feito comigo, foi doloroso ter que reviver tudo mais uma vez, foi pesado ver a expressão de decepção dela ao ouvir tudo que o irmão foi capaz de fazer, mas eu precisava daquilo e ela tinha o direto de saber.

Ouvi batidas na porta e fui abrir e meus olhos logo se fixaram na miniatura ruiva parada com os olhinhos brilhando e pijama de monstrinho na minha frente.

— Tante Maya — Sophie disse agarrando minhas pernas.

— Ei raposinha! você está gigante!!!

— Papa disse que mais um pouquinho eu vou estar do tamanho dele — ela falou.

— As vezes seu pai tem razão — apertei o nariz dela — E seu inglês está ótimo sabia?

— Eu sei — ela falou — Eu me dedico bastante.

— Modesta como sempre — falei tirando uma risada dela.

— Depois você por ir até o meu quarto, preciso te mostrar o meu, o meu... — ela apertou a testa tentando lembrar a palavra — cerveau jouet eu não sei como se fala isso em inglês.

— Cérebro de brinquedo — eu expliquei — Sua mãe deve amar esses seus brinquedos — Falei enquanto terminava de pentear o cabelo.

— Tante essa é a sua namorada?? — ela perguntou e quando me virei ela estava com o meu celular na mão.

— O que? — peguei rapidamente da mão dela vendo que a conversa da Carina estava aberta — Ela é uma amiga.

— Achei que fosse namorada, tinha um emoji de carinha apaixonado, mas depois tinha um emoji que significa delicioso, deveria ser algum doce que vocês estavam conversando — ela disse sentando na beirada da cama — Você sabia que mulheres podem namorar não sabia? eu gostaria que você namorasse uma mulher, seria melhor que o tante James, ele é um chato.

— Sophie não está cedo pra você encher a cabeça da Maya falando milhões de coisa no ouvido dela?? — Jules disse aparecendo na porta do quarto.

— Tante Maya me entende maman — ela disse revirando os olhos.

— Claro que te entende, vocês são duas malucas — Jules falou — Maintenant, prends ton sac à dos et descends, ton père est déjà là.

— Em inglês mamãe, tante Maya precisa entender — ela disse em seguida virou para mim — Jules disse que eu preciso pegar a minha mochila e descer porque meu papa já veio me pegar pra me levar pra escola, e eu tenho que ir pois os cadavres pour autopsie vão precisar de mim no futuro, até mais. — ela disse saindo correndo do quarto.

— O que ela disse? — perguntei rindo.

— Que os cadáveres para a autópsia vão precisar dela no futuro — Jules disse com cara de nojo.

— Eu amo que ela é seu carma — falei e ela me jogou uma almofada.

— Cala a boca Maya — ela falou.

— Meus resultados chegaram? — perguntei.

— Você está com dor? — ela me olhou preocupada.

— Pouco, eu estou realmente ansiosa na verdade — falei.

— Maya — ela mudou o tom e eu sabia que não seria notícias boas — Eu estava lendo os seus exames.

— Piorou, não é? fala de uma vez — pedi ansiosa.